Um pouco de realidade não faz mal na hora do almoço

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O Rio Grande do Sul tem um plantio de 5.400.000 hectares de arroz. Dona Dilma foi lá para dar início à colheita de arroz orgânico do MST com 4.000 hectares. Se dependesse do arroz do MST, o brasileiro estaria pagando uns 150 reais por um pacotinho de um quilo de arroz. Mais ou menos o preço do bacalhau agora na Páscoa. Tomara que o Governo não invente a mandioca orgânica. Se inventar, nosso pirão desaparece.

Tem gente que gosta muito de falar contra agrotóxicos, transgênicos e irrigação de grandes áreas. Mas na hora do almoço, enche o pratão como se fosse sua última refeição, com a certeza de que a comida continua muito barata.

Na Bahia, 496 assentamentos rurais em 196 municípios tem baixa produção e menos de uma dezena são autossuficientes. Um grande número de assentados não tem titulação, como é o caso do Assentamento Rio de Ondas, o que os impede de acesso ao crédito e ao sistema produtivo. A maioria dos assentados vive de pequenas verbas governamentais, que pingam de maneira irregular e aleatória em seus lotes e são assistidos pelas prefeituras com pesado ônus aos cofres da municipalidade.

Desde que Stalin teve um grande insucesso na desapropriação de grandes áreas na Russia, mesmo com a morte de um número estimado de 30 milhões de camponeses, está provado que a agricultura só funciona com a iniciativa privada e com agricultores capacitados através de uma sólida herança cultural.

É emblemática a história da imigração de agricultores italianos e alemães no Rio Grande do Sul e São Paulo. Seguida da migração para o Paraná e daí para os estados do Centro Oeste, do Nordeste e do Norte. Feita sempre sem o auxílio oficial. E sempre com resultados positivos como podemos ver na região do Matopiba e especialmente no Oeste baiano.