Sandro Régis chama Wagner de “governador ditador”

O líder do PR/PSDB na Assembleia, deputado Sandro Régis, afirmou que a decisão em cortar os salários dos servidores da educação, suspensa ontem, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, é uma ação de um “governador ditador”.

“Ao invés de sentar com os professores para negociar e por um fim neste impasse, que já dura 63 dias, com prejuízos incalculáveis a mais de 1 milhão de estudantes, o Governo do Estado comemora a decisão pelo corte dos salários dos docentes”, criticou Régis.

O parlamentar novamente censurou a conduta do governador Jaques Wagner diante da greve, e classificou o corte dos salários dos professores como uma injustiça, uma vez que é de natureza familiar e o meio de sobrevivência desses trabalhadores.

 “Esse jamais deveria ter sido o caminho para se tentar a finalização de um movimento grevista. Muito me admira o governador Jaques Wagner ser o responsável pelo corte dos salários dos professores, uma vez que quando ele ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados discursou em favor do movimento grevista do magistério baiano.

 Naquela época Wagner disse até que milhares de famílias enfrentavam o fantasma da fome com o corte do pagamento pelo governo na época”, ironizou Sandro Régis.

Professores federais da Bahia resolvem não aderir à greve.

Os docentes dos campi da UFBA, UFRB e do IFB, afiliados à APUB – Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia -optaram por não aderir à paralisação das universidades federais deflagrada no dia 17 de maio em diversas regiões do País.

Dos 813 votos válidos, a APUB divulgou, em seu site oficial, que 415 foram contra e 390 a favorà paralisação das atividades. Os demais foramnulos ou brancos.

No Brasil das 99 universidades federais existentes, 50% delas aderiram total ou parcialmente aomovimento grevista, que reivindica reestruturação da carreira de professor universitário, melhorescondições de trabalho e reajuste salarial.

Em reunião, no último dia 05, os professores grevistas e o ministro da educação, Aloízio Mercadantenão avançaram nas negociações.

Professores estaduais

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta sexta-feira (8) a suspensão de liminar da Procuradoria Geral do Estação (PGE) e manteve a decisão da desembargadora Lícia Laranjeira que determina o pagamento do salário cortado dos professores da rede estadual, em greve há 59 dias. A decisão foi publicada no site do STF.

Segundo Rui Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), o estado agora tem 72 horas para confirmar o pagamento dos salários, que foram cortados em abril.

A Procuradoria recorreu da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia que determinava o pagamento dos salários considerando-a “contraditória”, já que a própria Justiça caracterizou a greve dos professores da rede estadual como ilegal, ainda no mês de abril.

O comando de greve se reúne no hoje, sábado, para elaborar uma contraproposta  ao governo e tentar dar fim à paralisação. Ontem, eles se reuniram o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, pedindo que este interfira para que o governo volte à mesa de negociação.