Produtores relatam resultados do Programa Fitossanitário

foto abapaOs encontros promovidos pela Abapa, reúnem produtores de algodão, gerentes de fazendas, consultores e técnicos do programa. Por Cristiani Barilli, da ABAPA.

Com o objetivo de trocar experiências e ouvir relatos sobre o combate e controle de pragas, a Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), tem promovido uma série de encontros entre produtores de algodão, gerentes de fazendas, consultores e técnicos. A ação faz parte do Projeto de Monitoramento e Controle de Pragas do Algodoeiro, através do Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia.

Além do momento de reunião, os grupos percorrem fazendas e visitam as lavouras. Recentemente, os núcleos Estrada do Café e Anel da Soja visitaram as fazendas Decisão, Santo Antônio, Campo Aberto e Palmares II. No último dia 10 de fevereiro, o núcleo Roda Velha de Baixo, também se reuniu na Fazenda Charrua, município de Riachão das Neves.

O coordenador operacional do Programa Fitossanitário da Abapa, Antonio Carlos Araújo, ressaltou sobre a importância dos encontros. “Vimos nesses momentos a importância dos trabalhos de monitoramento, auxílio, incentivo e das recomendações preconizadas pelo Programa Fitossanitário. Os relatos feitos pelos participantes só intensifica a importância desse procedimento”, disse o coordenador.

Dados e números

Durante as visitas, foram apresentados dados de safra, destruição de soqueiras de algodoeiros, índices de bicudos, dentre outras informações. Para a safra 2013/14 haverá um acréscimo em torno de 14% em relação à safra 2012/ 2013. Com uma área cultivada de algodão de aproximadamente 316 mil hectares em todo o estado, sendo 304 mil ha na região Oeste e 12 mil ha na região Sudoeste.

Em relação aos tipos de destruição de soqueira adotados pelos cotonicultores, na safra de 2011/12, utilizou-se 39,04% pelo método químico e 60,96% pelo método mecânico, enquanto que na safra 2012/13, foram 10,2% químico e 89,8% mecânico. Notando-se que, as novas tecnologias de cultivares de algodoeiros resistentes a alguns herbicidas, dificulta a destruição química.

Situação atual

Atualmente, 17 núcleos do Programa Fitossanitário do Oeste Bahia são assistidos pela equipe técnica do Projeto de Monitoramento e Controle de Pragas de Algodoeiro. Os dados chamam a atenção para a situação atual  dos núcleos, com semeadura em  áreas livres de rebrotas e tigueras, com manejo em pós-emergência alcançando boa eficiência na maioria das  propriedades.

Antonio Carlos destaca o alto índice de capturas de bicudos nos armadilhamentos de pré-safra em toda região Oeste, bem como, as pressões de outras pragas como a Helicoverpa, plusias e spodopteras. “Acreditamos que para esse momento as armadilhas e o monitoramento são importantes ferramentas para o manejo de pragas e doenças servindo de alerta para as medidas de controles”, destacou o coordenador.

Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia inicia sua segunda fase

As equipes de campo do Programa Fitossanitário da Bahia já iniciaram a segunda fase do Programa com visitas às propriedades do Oeste do Estado para monitorar as lavouras de milho, algodão e soja. O objetivo é verificar se as diretrizes apresentadas na primeira fase estão sendo colocadas em prática e se haverá a necessidade de ajustes.

celito-bredaSegundo o coordenador do grupo técnico do Programa Fitossanitário da Bahia, Celito Breda, a segunda fase será direcionada para a realização de adequações. “Precisamos ver se o calendário de plantio proposto está funcionando e verificar se o refúgio para proteção de biotecnologias (OGM´S) será mandatório com 20% de plantas não Bt para o milho, 20% para o algodão e 50% para a soja, como foi preconizado no Programa Fitossanitário”, disse Breda, acrescentando que, ainda nesta fase, “será verificada a necessidade de utilização de novas ferramentas de manejo de pragas e a flexibilização para o cultivo irrigado durante o vazio sanitário”.

Formadas por agrônomos e técnicos agrícolas, as equipes vão percorrer os 2,2 milhões de hectares cultivados no Oeste da Bahia para oferecer orientação nas áreas técnica e de destruição de restos culturais e de plantas voluntárias. A área monitorada compreende propriedades dos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Cocos, Jaborandi, Correntina, Formosa do Rio Preto e Riachão das Neves. Elas estão distribuídas em 20 núcleos. Continue Lendo “Programa Fitossanitário do Oeste da Bahia inicia sua segunda fase”