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Operação Faroeste: em conversa gravada, juiz negocia altos valores de propina.

Preso desde o mês passado no âmbito da Operação Faroeste, que investiga a venda de sentenças judiciais na Bahia, o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio teve a situação agravada porque foi grampeado por um suposto comparsa, o advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, que também é alvo da investigação.
A Polícia Federal encontrou no carro do defensor um pen drive no qual ele registrava conversas com o magistrado sobre valores. A transcrição dos diálogos está em relatório da PF que foi obtido pelo jornal O Globo.
Nos diálogos, cujo conteúdo foi divulgado pelo jornal carioca, os dois falam abertamente em números. “Você fala é uma porradinha boa. O que você quer dizer o que com isso?”, diz o advogado conversando sobre um dos processos. “Não lembro, mas eu acho que era por volta de uns 20 a 30 milhões”, responde o juiz.
“Eu acho que a gente falou que ia melhorar pra mim… Por exemplo, outra foi 18, né?”, diz o juiz Sérgio Sampaio em outra passagem da mesma conversa. “Hum, hum”, responde o advogado.
O juiz também cita valores que seriam para o advogado: “Aí fala, tem 10 milhões por fora pra você. É um milhão de sacas e tem 10 milhões pra você, por fora. Você entendeu minha lógica?”, diz um dos trechos.
Segundo a denúncia feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a Operação Faroeste, grupo formado por juízes e advogados atuava em organização criminosa instalada dentro da Justiça baiana, supostamente vendendo decisões que teriam permitido grilagem de cerca de 366 mil hectares de terra no oeste do Estado.
Além do juiz Sérgio Sampaio e do advogado Júlio César Ferreira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou outras 13 pessoas. Por ordem do ministro do STJ, Og Fernandes, seis magistrados foram tirados de suas funções por 90 dias, inclusive o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Gesivaldo Britto.
O Magistrado se encontra detido em unidade da Polícia Militar da Bahia. Sua prisão, efetivada pela Polícia Federal, aconteceu em Barreiras, quando ele se deslocava para Formosa do Rio Preto.
Do Globo, com edição do Metrópoles e O Expresso.
Presidente da Câmara cai na malha fina dos delatores

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a negar hoje (17) que tenha recebido propina do empresário da Toyo Setal Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que julga as causas ligadas à operação, Camargo disse que Cunha pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.
“Qualquer coisa que seja a versão que está sendo atribuída é mentira. É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que ele delatou, ele por si só já perde o direito à delação”, disse Cunha, ao falar com os jornalistas.
O presidente da Câmara também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter “obrigado” Camargo a mentir. “É muito estranho, às vésperas da eleição do procurador-geral da República e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional, que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito desejado pelo procurador-geral da República, ou seja, obrigar o delator a mentir”, disse Cunha, ao ler trecho de uma nota que divulgou à imprensa. O mandato de Janot na Procuradoria-Geral da República (PGR) acaba no dia 17 de setembro e ele pode ser reconduzido ao cargo pela presidenta por mais dois anos.
Eduardo Cunha disse ver no depoimento uma ação da PGR em articulação com o Planalto para constranger o Congresso Nacional sobre um eventual pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Há um objetivo claro de constranger o Poder Legislativo, que pode ter o Poder Executivo por trás, em articulação com o procurador-geral da República”, afirmou.
Jabá!
Agora sim, os americanos acertaram: na terra da propina, ofereceram um Boeing 747-800, zero km, o que de mais moderno existe em aviação de passageiros no mundo, para uso da Presidência da República, para que Dona Dilma decida comprar os 36 F-18. É o mesmo aparelho do Air Force One, sem as defesas eletrônicas e anti-míssil.
É um negócio de US$ 10 bilhões, com os quais o Brasil já poderá atacar Uruguai, Argentina, Bolívia e Paraguai.


