Mapa das queimadas na Amazônia coincide com áreas de mineração

 

 

 

Por Marco Weissheimer, no SUL 21

De um total de 9.072 focos recentes de queimadas na Amazônia (áreas em vermelho), 5.112 ocorreram em áreas indígenas com incidência mineral. (Foto: Divulgação/MAM)

No dia 1° de outubro, o presidente Jair Bolsonaro recebeu, em Brasília, uma comitiva de representantes da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, do Pará, que foram pedir proteção contra investidas da Vale em uma área explorada por eles.

Neste encontro, Bolsonaro proferiu uma frase que acabou ganhando repercussão internacional:

“O interesse na Amazônia não é no índio, nem na porra da árvore, é no minério”, disse.

O presidente brasileiro também reafirmou o interesse de seu governo em liberar a mineração em terras indígenas. Bolsonaro já defendeu a abertura de várias “mini Serras Peladas” na região.

O Ministério das Minas e Energia anunciou que pretende concluir até o fim deste mês a proposta que prevê mineração em terras indígenas.

Essas áreas, na verdade, já vêm sendo objeto de cobiça do setor minerador, que vê nos territórios indígenas um obstáculo para ampliar a exploração de uma série de minérios, entre eles o ouro.

Pensa que é só no Brasil? Queimadas podem atrapalhar GP de Fórmula 1 de Singapura.

A organização do Grande Prêmio de Singapura anunciou que há um “planejamento caso a situação se agrave” depois que uma fumaça altamente tóxica provocada por queimadas cobriu a cidade na última semana.

Queimadas e incêndios florestais na Indonésia causaram uma grande nuvem de fumaça sobre Singapura, colocando em estado de alerta a corrida deste final de semana caso os níveis aumentem ainda mais.

A Agência Nacional do Meio-Ambiente de Singapura emitiu um comunicado no último domingo alertando que “houve uma piora nas condições da neblina em Singapura” devidos aos ventos ne região e que “espera-se que as condições continuem”.

Os organizadores da corrida em Singapura confirmaram um planejamento caso a situação se agrave e anunciaram que trabalharão “em estreita colaboração com as agências relevantes antes de tomar qualquer decisão” sobre a corrida deste domingo.

“O plano foi formulado e ajustado com as partes interessadas, órgãos do governo e a comunidade da Fórmula 1”, disseram os organizadores do Grande Prêmio à ‘AFP’.

“No caso em que a fumaça atrapalhe a visibilidade, saúde pública ou problemas operacionais, o GP de Singapura trabalhará em estreita colaboração com as agências relevantes antes de tomar qualquer decisão coletiva sobre o evento”.

‘Nossa casa está queimando’, diz Macron sobre a Amazônia

O presidente da França afirmou nesta quinta que o G7 precisa discutir os incêndios na Amazônia.

O encontro está previsto para este fim de semana, em Biarritz, no sudoeste francês.

Emmanuel Macron chamou as queimadas de ‘crise internacional’.

Foto via @portalR7

Ma fé, ignorância e preguiça no coração das queimadas que o Governo faz questão de desconhecer.

 

Que Deus se apiede do futuro desta Nação, que, por inspiração de um “Napoleão de Hospício”, está acabando com um dos seus principais patrimônios, a floresta e a biodiversidade. Reportagem da DW, com edição de O Expresso.

Na Amazônia, focos de incêndio nos primeiros 20 dias de agosto superaram marcas registradas nos últimos nove anos. Em entrevista à DW, pesquisador do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais aponta que cenário pode ser ainda pior até o fim do ano.

Dados do INPE apontam que as queimadas no Brasil aumentaram 83% quando comparadas as ocorrências registradas entre janeiro e 18 de agosto de 2019 às do mesmo período no ano passado.

Segundo o Programa Queimadas do Inpe, nos primeiros oito meses deste ano foram registrados 72.843 focos de queimadas contra 39.194 no ano anterior.

Apenas na região Amazônica, foram detectados 22 mil focos incêndios florestais entre 1° de 19 de agosto, superando marcas dos últimos nove anos, que ainda consideravam o total de dias do mês.

Nos primeiros 20 dias de agosto, o Pará registrou 7.130 focos de incêndio e o Amazonas conta até agora com 5.305 focos – taxa mais alta verificada no Estado desde 2005. Mato Grosso e Rondônia são os próximos no ranking, com 4.905 e 4.424 focos de queimadas respectivamente.

Sete vezes ao dia, imagens de pelo menos oito satélites são atualizadas no sistema para indicar os focos detectados. As informações são públicas e podem ser consultadas livremente.

Em áreas de monitoramento especial, como unidades de conservação, e-mails de alerta são enviados aos órgãos responsáveis seis vezes ao dia – ou em forma de resumo diário às 23h20 (horário de Brasília).

Os satélites usados no programa têm capacidade de detectar frentes de fogo a partir de 30 metros de extensão por 1 metro de largura. É na temporada de seca na Amazônia que os números disparam, entre junho e outubro.

Proibidas pela legislação de uma forma geral, as queimadas provocam morte de animais e devastação da vegetação, deixam o solo mais pobre e reduzem a absorção de água pelo solo.

Em entrevista à DW Brasil, Alberto Setzer, pesquisador do Inpe e coordenador do Programa Queimadas, alerta para novos recordes no número de focos de incêndio em 2019.

DW Brasil: Como vocês têm percebido pelo monitoramento o comportamento do fogo na Amazônia nesta temporada de seca?

Alberto Setzer: : Os dados estatísticos mostram que na Amazônia Legal e Bioma Amazônia estamos próximos das médias no período de seca (junho a outubro).

Já no período específico de 1° de janeiro a 19 de agosto de 2019, as detecções de focos de queimadas/incêndios que consideram os Estados da Amazônia e o restante do Brasil já são as maiores em anos recentes.

Especificamente na Amazônia, 2019 também está sendo mais seco que o normal. Então são esperados totais anuais próximos ou mesmo superiores a 2017, um dos anos com maior registro de focos na região.

Qual tem sido o impacto desses incêndios florestais na região e em outras partes do país?

Pelo o que se acompanha na mídia, o impacto está sendo negativo com dezenas de milhares de internações em hospitais devido a problemas respiratórios causados pela fumaça das queimadas/incêndios, mortes em acidentes rodoviários e em áreas rurais, perdas de propriedades e plantações, interrupção do tráfego aéreo, etc.

Vários Estados declararam situação de emergência devido ao uso indevido do fogo, como Acre, Amapá, Pará, Maranhão, Rondônia. A fumaça alcança outras regiões, algumas distantes milhares de quilômetros. Mantemos alguns exemplos no nosso mostruário de validações.

O que é possível comentar sobre as causas dos incêndios a partir das observações ?

A causa em 99,9% dos casos é a atividade humana – proposital ou acidental. Costumo fazer menção a José Bonifácio de Andrada e Silva (estadista do Império), que há uns 200 anos referiu-se às queimadas como “resultado da ignorância aliada à preguiça e à má fé”.

Como hoje em dia os efeitos das queimadas são amplamente conhecidos, precisamos apenas alterar a sequência e nos referirmos às queimadas como “resultado da má fé associada à preguiça e à ignorância”.

Como os dados do programa de monitoramento de queimadas têm sido usados?

Eles são usados amplamente nas operações e na gestão administrativa de combate às queimadas, para autuar infratores, e em trabalhos científicos diversos.

Iniciativas como o Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional e Federal em Brasília (Ciman) são alimentadas e mantidas pelos dados de queimadas do Inpe. Entre os inúmeros usuários destacam-se as secretarias estaduais de meio ambiente, Ibama, ICMBio, ANEEL, ONS, Corpo de bombeiros, Polícia Ambiental, Serviços Florestais estaduais, entre outros.

Possivelmente, nenhum outro trabalho técnico/científico no país é tão utilizado como os dados e resultados gerados pelo Programa Queimadas do Inpe.

O programa já recebeu recursos do Fundo Amazônia e também de parcerias de cooperação técnica internacional de agências alemãs. Há algum risco de sofrer com o corte de verbas anunciado pelos governos da Alemanha e Noruega?

Por enquanto não temos nenhuma informação a respeito. O apoio nos últimos que tivemos da Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e Banco de Desenvolvimento Alemão (KFW), do Banco Mundial e do Fundo Amazônia para o Programa Queimadas foram para projetos que já se encerraram.

São Paulo, Capital: a noite chega às 14h30m com a fumaça das queimadas.

Do G1, com edição de O Expresso.

As queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018, se compararmos o mesmo período de janeiro a agosto – foram 71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano passado.

Esta é a maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite.

Ventos que seguiam para uma frente de baixa pressão criaram um rio de fumaça em direção sul-sudeste, depois de deixar inoperante o aeroporto de Porto Velho no domingo. A região tinha sido tomada pela fumaça. Bombeiros e brigadistas relatam a morte de dezenas de milhares de animais selvagens e índios estão assustados em suas aldeias.

É um dos maiores desastres ecológicos da história do País.

Cinco estados tiveram um maior aumento no número de queimadas no Brasil desde o início do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado: Mato Grosso do Sul, com uma alta de 260% em relação a 2018; Rondônia, com 198%; Pará, com 188%; Acre, com 176%; e Rio de Janeiro, com 173%. Se tomarmos como base apenas o número, Mato Grosso é líder, com 13.641 focos, o que representa 19% do total nacional.

Nas últimas 48h (contadas até 19 de agosto), o Brasil teve 5.253 focos de queimadas detectados pelo sistema do Inpe.

Bolívia, Peru e Paraguai seguem com 1.618, 1.166 e 465, respectivamente.

No sábado (17), o aeroporto internacional de Viru Viru, na Bolívia, chegou a ser fechado devido à baixa visibilidade.

 

SAMU socorre vítima de queimadas.

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Um cidadão que combatia queimadas na área da Cachoeira do Acaba Vidas foi socorrido hoje, já na zona urbana de LEM, com queimaduras graves. Ele foi conduzido a UPA, estabilizado e deve ser internado no Hospital do Oeste. O cidadão de prenome Amaral informou que existe outro combatente voluntário do fogo desaparecido na região do Anel da Soja. O fogo está se disseminando por várias fazendas da região.

A SAMU deslocou-se pela BR 242 para encontrar veículo que socorria o acidentado e dar os primeiros socorros.
A SAMU deslocou-se pela BR 242 para encontrar veículo que socorria o acidentado e dar os primeiros socorros.

TCM rejeita contas de Senhor do Bonfim e mais três municípios

Na sessão desta quinta-feira (28/11), o Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou, porque irregulares, as contas da Prefeitura de Senhor do Bonfim, correspondentes ao exercício de 2012, da responsabilidade de Paulo Batista Machado.

O Conselheiro Francisco Netto, relator do parecer, solicitou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual contra o ex-prefeito, além de imputar ressarcimentos à conta do FUNDEB no valor de R$ 3.189,67, por desvio de finalidade, e de R$ 40.186,38 aos cofres municipais, por saída dos numerários sem comprovação documental, ambas com recursos pessoais. Também foram imputadas multas no importe de R$ 50.400,00, por extrapolar o limite de despesas com pessoal, e de R$ 8.000,00, pelas diversas falhas destacadas nos apontamentos técnicos.

A análise das contas verificou a ausência de saldo suficiente para cobrir os Restos a Pagar inscritos no exercício financeiro, resultando numa indisponibilidade de R$ 418.668,29, em descumprimento ao art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A administração não investiu o mínimo de 25% exigido no art. 212, da Constituição Federal, na manutenção e desenvolvimento do ensino, tendo aplicado o montante de R$ 26.165.486,21, equivalente a apenas 23,50%.

Também influíram para a reprovação das contas do ex-prefeito bonfinense, a extrapolação do limite de 54% para despesa total com pessoal, vez que foram dispendidos R$ 53.220.475,34, correspondentes a 56,42% da Receita Corrente Líquida de R$ 94.277.675,59. O fato foi agravado em razão da reincidência, pois em 2011, já havia cometido igual ilícito, gastando 55,40%

Graves irregularidades provocam rejeição das contas de Itanagra
A relatoria reprovou as contas dos dois gestores, Percídio dos Santos e Valdir de Souza, em razão do descumprimento dos índices em educação, saúde, pagamento do magistério e gastar com pessoal montante superior à receita corrente líquida municipal.

Ex-prefeito de Queimadas tem contas rejeitadas por múltiplos ilícitos
Paulo Sérgio Brandão Carneiro violou várias normas legais, extrapolando em despesa com pessoal, baixa aplicação de recursos na Educação e no pagamento ao magistério público, além de não apresentar diversos documentos de despesas. Foi direcionado ao Ministério Público, sofreu multas e só de ressarcimentos, com recursos pessoais, foi penalizado em mais de R$ 420 mil.

Nova Canaã: contas da Prefeitura são reprovadas pelo TCM
O gestor Marival Fraga teve determinação de representação ao MP, ressarcimento ao erário em valor superior a R$ 850 mil e duas multas pelas irregularidades praticadas.

MST já invadiu 8 prefeituras baianas

Oito prefeituras baianas já haviam sido ocupadas nesta terça-feira (10) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), segundo o jornal A Tarde.

As sedes dos Executivos municipais em Prado, Itabela, Igrapiúna, Camamu, Queimadas, Rodelas, Curaçá e Santa Brígida foram tomadas pelos militantes, que prometem ocupar mais 22 prefeituras até o próximo dia 20.

As ações do MST estão incluídas na “jornada pela educação”, realizada pela primeira vez em janeiro de 2011. Na ocasião, o movimento prometeu se instalar em 30 prefeituras, mas ocupou apenas quatro: Prado, Itabela, Mucuri e Itamaraju. Os integrantes do MST cobram melhorias na educação e na infraestrutura dos assentamentos rurais, principalmente em aspectos como o transporte escolar e reforma de escolas.