Fazendeiro é preso, acusado de matar quilombola.

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O fazendeiro Jayme Oliveira do Amor foi preso em operação deflagrada pelo Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (GEMACAU), e está em prisão domiciliar, informou a Polícia Civil nesta quinta-feira (10). Ele foi detido na terça-feira (8) e conseguiu o recurso com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Segundo investigação policial, ele é suspeito de ter participado de ações que resultaram no desaparecimento de membro da comunidade quilombola Boa Vista do Pixaim.

Policiais civis de Salvador, Barreiras, Itabuna e Luís Eduardo Magalhães participaram da ação. A operação intitulada “Compadre D´Água” foi realizada em Muquém do São Francisco, região do Vale São Francisco, Morpará e Salvador. Além dele, mais duas pessoas tiveram prisões temporárias decretadas e estão detidos.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça de Ibotirama, em imóveis no município de Morpará, na Fazenda Pixaim e no Frigorífico Frijoa – os dois últimos pertencem ao suspeito e estão localizados em Muquém do São Francisco.

Nestes locais, foram apreendidos munições, 15 armas de fogo, oito espingardas e algumas armas de fabricação artesanal, além de uma pistola e duas carabinas. Eles são suspeitos de formação de bando armado, dano qualificado, constrangimento ilegal, ameaças, sequestro e homicídio qualificado. Do G1

Governo Federal tem proposta para quilombolas de Simões Filho

O governo federal dever apresentar nesta tarde uma proposta de acordo para resolver o impasse envolvendo a comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada em Simões Filho (BA), e a Marinha do Brasil. A expectativa é dos próprios moradores, que foram convidados para reunião às 14h30 de hoje (30) na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. O governo não quis adiantar a pauta do encontro.

A área de cerca de 300 hectares (um hectare corresponde a um campo de futebol de medidas oficiais) onde funciona também uma vila militar é disputada, na Justiça, pela Marinha, que conseguiu vencer uma ação de reintegração de posse contra as 67 famílias já reconhecidas como quilombolas que vivem no local.

Foram convidados também para a reunião representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Instituto de Colonização Nacional e Reforma Agrária (Incra) e da própria Marinha, além de representantes da comunidade. Da Agência Brasil.