O presidente Jair Bolsonaro e seus R$20 bilhões, amparado por Aécio Neves, Eduardo Cunha e ACM Neto, elegeram ontem Arthur Lira do PP de Alagoas, para a presidência da Câmara Federal.
Primeira providência do novo presidente: numa penada, anulou a eleição da Mesa Diretora e amanhã vai formar uma chapa com gente mais chegada.
A decisão polêmica não ficará assim: prejudicados já decidiram entrar no STF contra a decisão arbitrária.
Lira resolveu também desmanchar o bloco formado por Baleia Rossi, não reconhecendo-o como frente parlamentar na Câmara, uma maneira de dividir para governar.
Não sei não, mas a eleição da velha raposa, de cauda peluda, vai trazer problemas para Bolsonaro na primeira divergência.
O Presidente da República, conhecedor dos meandros da Câmara e seus 300 picaretas (302 na verdade), sabe que vai se tornar refém de Lira e dos seus apoiadores. Essa turma quer dinheiro e poder e vão exigir, todo o dia, mais e mais de Jair.
Duvido que eles queiram chegar em 2022 apenas como “chorus line” de Bolsonaro. Virão para o Centro do palco, como protagonistas, e criarão a maior diversidade de problemas para a república fundamentalista-miliciana de Bozoró.