Segurança Pública de Luís Eduardo continua de pires na mão.

Como se costuma dizer, um grande acidente sempre é o resultado de pequenos incidentes, fadiga de equipamento, defeitos técnicos e falhas humanas. O que está acontecendo na custódia da Delegacia de Polícia Civil de Luís Eduardo, que culminou com a rebelião registrada ontem, repete-se em todas as delegacias do Estado e do País.

A rebelião é o resultado de imobilidade do Estado, que não providencia instalações adequadas ao número de detidos; à falta de pessoal e aos desvios de função de policiais que fazem as vezes de carcereiros, quando deviam estar na rua fazendo suas investigações; à Justiça que demora à julgar, também por falta de pessoal e de mais magistrados.

Há pouco, a Delegacia de Luís Eduardo recebeu dois novos policiais. Logo após, dois agentes foram transferidos. Isto é: ficou como estava.

A reforma do prédio administrativo da Delegacia é emblemática. Depois de quase dois anos, nos quais  foi providenciada verba com origem nas ações do Conselho  Comunitário de Segurança e com parceria assegurada do Município, ainda não foi liberado o projeto de construção. As novas viaturas da Polícia Militar e a reforma de antigas são custeadas pela comunidade. O depósito de veículos apreendidos foi feito com recursos da comunidade. A Prefeitura Municipal coopera com funcionários administrativos e material de escritório.

A construção de um presídio em Luís Eduardo foi prometida. Promessa que pouco se sabe quando será cumprida.

O resumo da ópera: a Segurança Pública em Luís Eduardo, obrigação exclusiva do Estado, está com o pires na mão, à espera de qualquer tipo de ajuda.