
O portal do jornal Nova Fronteira reproduz matéria do jornalista Eduardo Lena sobre as queixas de familiares de um acidentado no dia 3 de janeiro, na BR-242, próximo ao Country Club, em Barreiras. Os termos do email sobre o tratamento do Hospital do Oeste são de arrepiar. Os familiares retiraram o paciente para Ribeirão Preto, sua cidade de residência. Veja o texto:
Familiares de Valdomiro Rocha Gomes, 55 anos, vítima de acidente automobilístico ocorrido no último dia 03, na BR 242, em Barreiras, quando se chocaram dois veículos de passeio, um VW Santana de placa CPG 9267/Jaboticabal/SP e um Mercedes Classe A, placa JGG 3580, Brasília/DF, em que morreram duas pessoas, reclamam por email enviado a nossa redação, do péssimo atendimento que o acidentado teria recebido no Hospital do Oeste.
Leonardo Oliveira, genro da vítima, disse que Valdomiro Rocha Gomes esteve muito perto de ter que amputar a perna devido uma infecção causada por um pedaço de gaze deixado dentro de um corte existente no pé dele. “Felizmente conseguimos levá-lo para Ribeirão Preto, no interior de SP, porque se não ele estaria sem sua perna agora, uma vez que ele teve uma infecção devido a um pedaço de gaze que deixaram dentro do pé dele e um ponto mal dado que ocasionou essa infecção que por hora esta sendo tratada para não atingir o fêmur que teve fratura exposta”.
Leonardo reclama ainda que precisou agir com ignorância para conseguir um travesseiro ortopédico para seu sogro poder endireitar a coluna uma vez que ele não podia mudar de posição na cama. “Para se ter uma noção, tinha um paciente baleado ao lado da cama de meu sogro e eles deram ponto nele sem o uso de anestesia e com a bala lá dentro, e do nosso lado mesmo sem levar ele para sala de cirurgia”, desabafa Leonardo, dizendo que seu sogro dividia o quarto com outros três pacientes que aguardavam para fazer cirurgia e eles não davam uma previsão de quando iriam realizar a cirurgia, e ele, Valdomiro, teve duas fraturas expostas e uma fratura de fêmur, disseram que só estava fazendo cirurgia em caso de emergência. “Agora eu não sei mais o que é emergência ai na Bahia, se uma pessoa com fratura exposta não for emergência então é o fim do mundo. Tinha até uma perereca no quarto e estava cheio de pernilongos e sem ventilação”, comentou Leonardo.
No final do email, Leonardo ameaça. “Reze Hospital do Oeste para que meu sogro melhore por que se não vai chover processos aí para vocês”.
O HO se defende
Por intermédio de sua assessoria, o Hospital do Oeste informa que o paciente Valdomiro Rocha Gomes deu entrada na Emergência do Hospital do Oeste às 18h40 do último dia 03 de janeiro, com fratura no fêmur da perna direita. Após ter realizado os exames (ultrassonografia do abdômen, tomografia de crânio, laboratoriais) e ser avaliado por vários profissionais médicos, dentre eles neurocirurgião, cirurgião bucomaxilofacial, cirurgião geral e ortopedista, o paciente foi submetido, às 22h30, a um procedimento cirúrgico com finalidade de fixar o fêmur. Depois disso, o senhor Valdomiro Rocha Gomes foi encaminhado à clínica cirúrgica, onde permaneceu até o dia 07/01.
Conforme os registros do prontuário, a família se responsabilizou pela saída do paciente antes do período de alta médica, justificando a preferência pelo atendimento em sua cidade de origem, já que contavam com a cobertura de um plano de saúde. O HO frisa que durante todo o tempo em que o paciente permaneceu na unidade, não houve registro algum de insatisfação, por parte de seus familiares, em relação a qualquer procedimento ou postura profissional de funcionários do hospital.
A foto também é de autoria de Eduardo Lena.
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