
A primeira batalha foi a do IBOPE: os brasileiros preferiram ver o futebol na Globo (36%), ao debate entre os políticos na Band (6%). Mas serviu para avaliar que Dilma Rousseff vai fugir sempre dos debates polêmicos, como o serviço da dívida brasileira, a chaga aberta do País, o domínio do sistema financeiro e a política de juros do Banco Central. Porque é pouco articulada para expor o seu pensamento. O grande destaque foi mesmo Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, o grande questionador dos dois candidatos melhor posicionados nas pesquisas, Serra e Dilma. Serra também colocou o dedo em outra ferida aberta do atual Governo: “Quero saber como o Brasil vai crescer de maneira sólida, se, depois de oito anos, em área em que você teve atuação decisiva (a infraestrutura), temos no país vinte aeroportos engarrafados e somos 125º lugar em matéria de ruindade de portos”. E foi mais longe, citando o caso da Bahia: “Vá até Salvador e veja o que é um porto congestionado. Baianos mandam mercadorias para Suape, em Pernambuco, ou para Santos”.

Foi o primeiro debate, mas já deu para sentir que Dilma deverá perder terreno ao longo da campanha em outros eventos semelhantes. Pode tirar vantagem é nos 3 minutos a mais no tempo da propaganda política, arrastando a política do “porque me ufano de fazer justiça social”. O que não é toda a verdade, pois o Governo Lula poderia ter feito muito mais do que distribuir pequenas melhorias de renda aos miseráveis, principalmente na área de educação e saúde, depois de tomar as rédeas do País dentro de uma economia estabilizada.
Também no portal do Jornal O Globo foi publicado um resumo interessante do debate. Acesse clicando o link.
