Bolsonaro quer reduzir ICMS sobre combustíveis. Estados pedem redução de impostos federais.

Em resposta às críticas de Jair Bolsonaro, que responsabilizou os estados pela manutenção do preço da gasolina em níveis elevados, governadores pediram nesta segunda-feira (3) ao presidente que reduza os tributos federais sobre combustíveis e reveja a política de preços da Petrobras.

“Consideramos que o governo federal pode e deve imediatamente abrir mão das receitas de PIS, COFINS e CIDE, advindas de operações com combustíveis”, diz o documento assinado por 22 dos 27 governadores, incluindo todos os estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Ficaram de fora da lista Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Acre e Tocantins.

“O governo federal controla os preços nas refinarias e obtém dividendos com sua participação indireta no mercado de petróleo –motivo pelo qual se faz necessário que o governo federal explique e reveja a política de preços praticada pela Petrobras”, afirmam os signatários.

Boa notícia: a “marvada” da pinga agora ficará mais em conta.

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Os micro e pequenos produtores de cachaça terão redução de cerca 40% nos impostos sobre a bebida quando o setor retornar ao Simples Nacional, regime tributário simplificado para pequenos empresários. A estimativa é do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). A inclusão da bebida, ao lado do vinho e da cerveja artesanais, foi sancionada pelo presidente Michel Temer em 27 de outubro.

O aval de Temer foi dado em meio a um pacote de medidas do governo chamado Crescer sem Medo. A possibilidade de opção pelo Simples começa a valer somente em 2018. As medidas também ampliaram de 60 para 120 meses o prazo de parcelamento de dívidas por empresas optantes do Simples e elevou de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões o teto de faturamento para participar do regime.

O diretor executivo do Ibrac, Carlos Lima, destaca que a cachaça saiu do Simples Nacional em 2001, junto com outros setores. Na avaliação dele, a resistência ao retorno da atividade ao regime simplificado tem relação com preconceito, pelo fato de tratar-se de uma bebida alcóolica.

De acordo com Lima, atualmente há cerca de 1,5 mil fabricantes de cachaça registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desses, 90% são micro e pequenos produtores. Ele acredita, contudo, que o retorno ao Simples em 2018 aumentará essa contagem.

“O censo agropecuário do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] de 2006 levantou 11.124 [produtores de cachaça]. Ou seja, temos uma informalidade de cerca de 80%. Com certeza [o número de produtores clandestinos] vai diminuir com a possibilidade de aderir ao Simples”, diz.

Para Lima, a redução da informalidade trará benefícios. “Com isso, é possível aumento da arrecadação tributária e da qualidade da cachaça. Esses produtos informais não estão sujeitos a um controle de qualidade. Agora, passarão a ser fiscalizados pelo órgão competente”, ressalta. Da Agência Brasil.

Governos estaduais fazem pouco caso da redução tarifária de energia

Do jornalista Leandro Mazzini, em seu blog Esplanada, hoje:

“Os congressistas vão fechar o cerco às distribuidoras de energia para validar o anúncio da redução da conta de luz, promessa da presidente Dilma. Farão audiências para acompanhar a nova política de revisão tarifária, que será implantada por resolução pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, a mesma que tem autorizado reajustes além do acordado por pressão das distribuidoras. No dia do anúncio de Dilma, a CEMAT, de Mato Grosso, aumentou em 9,54% as tarifas para o cidadão.

Do meu, não!

Apesar do avanço do governo para reduzir os encargos, por ora nenhum governador se antecipou a reduzir os ICMS sobre a tarifa de luz, temendo perderem receita.

Curto-circuito

Dudu da Fonte (PP-PE), que presidiu a CPI da Conta de Luz em 2009, propôs projeto (4034/12) que cria conselho das agências reguladoras, para fiscalizar os agentes.”