A frase é atribuída ao controverso filósofo político florentino, Nicolau Maquiavel, nascido no fim do século 15.
É o que está acontecendo hoje no Brasil.
Governadores adversários do Governo Central são investigados pela Polícia Federal, agora sob nova direção; o Procurador Geral da República luta contra a CPI e a investigação do Supremo do “Gabinete do Ódio”, dos porões do Palácio do Planalto; bandidos do Centrão, condenados e em liberdade provisória, vem a público promover a luta armada na defesa de um regime de força; e até as medidas de isolamento social tomada por governadores são rejeitadas em juizados federais de primeira instância.
Jair Bolsonaro vai conseguir o que deseja: um regime de exceção, mesmo que para isso seja necessário o confronto armado.
Lembro-me dos primeiros meses de 1964. Tinha 15 anos. E lembro, como se fosse hoje, a distribuição de armas promovida pelos golpistas. Eram prosaicos rifles 22 e as famosas papo-amarelo, calibre 38.
Como naqueles dias, estamos na hora do crepúsculo. E esta noite que se avizinha tende a ser longa e cruenta.