
A Audiência Pública que será realizada nesta segunda-feira para discutir se o Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha deve ser doado ou não, é apenas mais um ato da peça de ficção teatral que se criou, com vários protagonistas: a prefeita Jusmari Oliveira, a Plus Engenharia, de Recife, (www.plusengenharia.com), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o Partido Socialista Brasileiro(PSB).
Vamos primeiramente qualificar os atores: Jusmari Oliveira, a grande estrela da peça, quer alienar o Parque de Exposições e certamente vai levar grandes vantagens, de toda a ordem, nessa alienação e a primeira foi a tomada do PSB em Barreiras.
Oziel Oliveira é o dramaturgo, diretor de cena e o grande articulador do negócio.
A Plus Engenharia é a maior interessada na área do Parque e politicamente alinhada com o governador.
O Governador é o presidente nacional do PSB.
A Empresa e o Governador respondem por operação semelhante em Recife, onde tentam adentrar na área do Parque Caxangá, uma área central e valorizada do Recife, conforme pode se ler no link do Jornal do Commércio, daquele estado.
A similaridade da ação envolve todos os atores na mesma trama, com a participação dos respectivos legislativos. Em Barreiras, diz-se que já está acertado até o valor que os vereadores receberão para aprovar o projeto e entregar a área pública à empresa e ao Governador de Pernambuco. Não é pouco. Dá para fazer uma abastada campanha pela reeleição em 2012.
Outro detalhe importante: uma cláusula do contrato de doação garantiria à empresa usar o terreno como garantia para empréstimos. Ou seja: os interessados estão fritando o porco com a própria banha do animal sacrificado.
Então se conclui que a audiência pública é apenas uma cortina de fumaça, um entreato, no qual os atores trocam de roupa e aparecem em outros papéis, não menos relevantes, mas sempre com o tom conspiratório do primeiro ato, espinha dorsal da peça. Jusmari não releva o clamor público contra a alienação do parque e, experiente, sabe medir vantagens e desvantagens que terá com a operação.
Explica-se, também, porque, ao arrepio de qualquer pudor político, tomou-se a legenda do PSB, em Barreiras, de Regina Figueiredo, por uma decisão do presidente nacional do Partido. Regina já retomou, através de liminar, a presidência da Agremiação, mas a decisão pode ser revertida em instâncias superiores, principalmente com o uso da força de Eduardo Campos junto ao Governo Federal.
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