Os produtores rurais tentam convencer o governo a criar uma autarquia para cuidar de agrotóxicos. Afirmam que a legislação brasileira é ultrapassada e que a autorização para que um novo produto seja vendido leva até seis anos. Nos Estados Unidos, sai na metade do tempo. No sonho de seus idealizadores, a autarquia seria uma forma de driblar os processo burocráticos dos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e da Anvisa. A informação é Teresa Perosa, na coluna de Felipe Patury, da revista Época.
A inabilidade do Governo em regulamentar e fiscalizar um setor tão importante quanto o de defensivos agrícolas e pecuários só tem paralelo com aquela mesma falta de trato das ONGs fundamentalistas. É preciso produzir no País com determinação e com uma visão realista do que são agrotóxicos que podem contaminar consumidores, operadores e meio ambiente. O conflito de interesses da poderosa indústria de defensivos não deve prevalecer; nem os das organizações do terceiro setor alienígenas. O que deve prevalecer é mesmo o Senhor Mercado, principalmente o europeu, que restringe uma série de agrotóxicos na agricultura. Se o Brasil pode produzir alimentos cada vez mais orgânicos, com certificação, ganhará sempre uma parcela significativa de mercado.
