Duas ou três palavras importantes sobre o massacre da Favela do Alemão

Reinaldo Azevedo: “Moro quer ser o chefe de Bolsonaro.”

“O Partido da Polícia (Papol) arreganha os dentes. É composto por setores do Ministério Público, da PF, do Judiciário e, agora se sabe, da Receita Federal.

E já ameaça abocanhar o calcanhar de Jair Bolsonaro. Fiquem atentos! Os eventos deletérios já estão em curso, e a reforma da Previdência, vital para a sobrevivência política do presidente, também é território de luta.”

Veja a íntegra do artigo de Reinaldo clicando aqui.

Jornalista diz que Bolsonaro será o laranja do Governo

O jornalista Reinaldo Azevedo, demitido da Rede TV na semana passada por evidente pressão do Planalto, exorcizando a avalanche da burrice que inundou os porões do Planalto:

“Bolsonaro só tem salvação se virar laranja do próprio governo. Os generais que se encarreguem. Medida essencial para tanto é fazer ao longo do ano uma faxina na Esplanada dos Ministérios, com a demissão de todos aqueles que exibem sinais evidentes de demência política”, diz o jornalista.

Laranja é uma expressão forte nestes tempos de forte evolução cítrica. Acredito que o termo correto seria marionete, depois das competentes ações verde-oliva de tutela, curatela e interdição.

O PT prefere o suicídio a escolher um poste com chances

Reinaldo Azevedo, hoje na Folha (para assinantes), encarnando a figura do ombudsman do PT:

Há petistas apostando estupidamente no apocalipse. E o suicídio como saída moral.

Na cabeça dos fanáticos, mantida a inelegibilidade de Lula, o partido não apresentaria uma alternativa.

A esquerda é propensa a crenças escatológicas, finalistas. Há, sim, petistas a vislumbrar uma espécie de Apocalipse, com uma era posterior de redenção dos bons e de danação dos maus. A trombeteira é a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente da legenda.

O famosinho da direita, Reinaldo Azevedo, aponta as mazelas da alta magistratura

Por Reinaldo Azevedo, em seu blog hospedado na Rede Teve/UOL.

Como é? Nada menos de 26 ministros de tribunais superiores são donos de imóveis em Brasília, mas, mesmo assim, recebem o auxílio-moradia, de R$ 4.377,76?

Que espetáculo deprimente!

Como é? O juiz Sérgio Moro, o nosso Galaaz, o Cavaleiro do Santo Grau, tem apartamento próprio em Curitiba, mas, mesmo assim, também recebe o auxílio-moradia? Sua inquieta mulher poderia dizer: “Moro com ele em nosso imóvel, mas recebemos a graninha”.

Como é? Deltan Dallagnol, o implacável, recebe auxílio-moradia (4.377,73), auxílio-pré-escola (R$ 1.398) e auxílio-alimentação (R4 884,00)? O procurador-estrela também tem imóvel próprio. E mais de um. Comprou, por exemplo, dois apartamentos em Ponta Grossa que integram o Programa Minha Casa, Minha Vida. Um deles por R$ 80 mil. Outro, por R$ 76 mil.

Como o dinheiro do auxílio-moradia não sai com carimbo, então ele integra a poupança do buliçoso-rapaz. Logo, o Estado brasileiro não paga a Dallagnol auxílio-moradia, mas auxílio-propriedade.

E assim é com milhares de outros membros do Judiciário e do Ministério Público.

Nesta quinta, enquanto Cármen Lúcia erguia uma estátua ao óbvio em Brasília, na abertura dos trabalhos do Supremo, entidades que representam os juízes e membros do Ministério Público protagonizavam um espetáculo deprimente. Sim, já tratei do assunto aqui, mas volto ao caso. Em seu discurso, a ministra afirmou que decisões do Judiciário têm de ser respeitadas. Bem, quem diria o contrário? Mas a ministra também poderia ter lembrado a seus pares que essa mesma Justiça tem de se fazer respeitar.

Ilustres figuras do Judiciário e do Ministério Público estão inconformadas com a imprensa. Enquanto o jornalismo fustiga os políticos — por bons e também por maus motivos, deixo claro —, os doutores não se abalam. Ao contrário. Procuradores usam os repórteres como seus aliados no que consideram a guerra contra a corrupção. Da mesma sorte, os magistrados cantam, quando interessa, em prosa em verso a liberdade de imprensa. Desde que empregada para radiografar o Legislativo e o Executivo.

Mas basta que o jornalismo resolva jogar os holofotes no próprio Judiciário e seus impressionantes privilégios, aí o coro começa a gritar: “Conspiração! Estão querendo acabar com a Justiça e com o MP porque nós denunciamos a corrupção”. Com o devido respeito, uma ova!

Qual é a alegação principal dos doutores? Ah, trata-se de uma questão de isonomia, já que deputados e senadores gozam do benefício. De resto, alegam, o ganho está previsto em lei. É preciso recuperar os fatos. Brasília reúne parlamentares de 26 outras unidades da Federação, além dos representantes do Distrito Federal. O sujeito se desloca de seu Estado de origem para morar na cidade. Vá lá… O apartamento funcional ou o pagamento de um valor correspondente ao aluguel é, sim, um privilégio, mas ainda dá para engolir, tomando-se um Engov antes e outro depois. Vamos convir: o sujeito é político porque quer. Nós a tanto não o obrigamos.

Da mesma sorte, tolerava-se o auxílio-moradia a juízes que fossem deslocados para cidades outras, que não aquela em que tinham firmado residência… Tá… Vai o ministro Luiz Fux, do Supremo, e, numa canetada indecente, viu uma discriminação odiosa no fato de alguns juízes receberem o auxílio, e outros não. E, generoso que é com o dinheiro do povo brasileiro, resolveu praticar igualdade às nossas custas: estendeu a mamata a todos os juízes e membros do MP, num total de 31 mil pessoas. Custo anual da brincadeira: R$ 1,6 bilhão.

A Folha revelou os respectivos nomes dos 26 membros de tribunais superiores que levam a grana. Nenhum deles ousou nem mesmo defender o indefensável. Limitaram-se a dizer que tocavam conforme a música. Se a Justiça, que é o Poder que eles próprios integram, mandou pagar, então, ora essa!, eles recebem…

Essa turma é sempre muito ligeira em fazer a distinção entre o legal e o moral quando estão em jogo os interesses alheios. Quando falam os seus próprios, a legalidade (embora duvidosa) enverga automaticamente as vestes da moralidade.

As entidades que representam juízes e procuradores não se limitaram a defender o indefensável privilégio. Também promoveram um berreiro contra a reforma da Previdência. A conta que mais escandalosamente agride os cofres públicos; a despesa que provoca o maior rombo do caixa… Bem, os nossos togados querem que tudo fique como está — ao menos no que lhes diz respeito.

“Conspiração!”, gritam alguns, tentando enganar a opinião pública. “O PT e os políticos estão por trás de tudo isso! Esse tema só está aí porque Lula foi condenado… “.

Farsa! Mentira! Vigarice!

Convido os leitores deste blog a fazer uma pesquisa para saber desde quando trato deste assunto nesta página.

Não há conta de corrupção que custe tão caro ao povo brasileiro como a da Previdência. Aqueles que levaram a classe política e a própria política à falência pretendem exibir suas virtudes de grandes patriotas. Desde que ninguém toque nos seus privilégios.

É asqueroso!

A propósito: será que, a exemplo de Jair Bolsonaro, esses felizes proprietários que recebem o auxílio-privilégio também o fazem por canibalismo, para “comer gente”?

*
Segue a lista dos ministros de tribunais superiores que, mesmo morando em residência própria em Brasília, recebem o auxílio moradia:
Dos 33 do Superior Tribunal de Justiça, 12 estão nessa condição:
– Assusete Dumont Reis Magalhães;

– Fátima Nancy Andrighi;
– Francisco Cândido de Melo Falcão Neto;
– Humberto Eustáquio Soares Martins;
– Laurita Hilário Vaz;
– Luiz Alberto Gurgel de Faria;
– Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues;
– Nefi Cordeiro;
– Reynaldo Soares da Fonseca;
– Ricardo Villas Bôas Cueva;
– Rogerio Schietti Machado Cruz;
– Sebastião Alves dos Reis Júnior

Dos 26 ministros do TST, são 11:
– Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira;
– Augusto César Leite de Carvalho;
– Delaíde Alves Miranda Arantes;
– Douglas Alencar Rodrigues;
– Guilherme Augusto Caputo Bastos;
– João Batista Brito Pereira;
– Kátia Magalhães Arruda;
– Lelio Bentes Corrêa;
– Maria de Assis Calsing;
– Mauricio José Godinho Delgado;
– Renato de Lacerda Paiva

Dos 15 do Superior Tribunal Militar, são 3:
– Artur Vidigal de Oliveira;
– José Coêlho Ferreira;
– Francisco Joseli Parente Camelo

Reinaldo Azevedo, o ídolo dos coxinhas, se revolta contra “Operação Carne Fraca”

Por Reinaldo Azevedo

É uma vergonha, um descalabro, um assombro mesmo!, o que se deu na “Operação Carne Fraca”. Dá para entender por que setores autocráticos da burocracia, com o apoio da direita xucra, tanto rejeitam um projeto que puna abuso de autoridade. Escrevi um texto bastante ponderado a respeito, com as “informações” fornecidas pela PF. Destaquei que a carne brasileira era considerada uma das melhores do mundo e que isso se conquistou com investimento e tecnologia. Mas como ficar imune àquela avalanche, que viria a se mostrar uma coleção formidável de sandices?

De todo modo, penitencio-me, sim, porque comentei com amigos, com a minha mulher e até com algumas autoridades que via um enorme exagero em tudo. E isso já na sexta. Mas não escrevi. Não que tenha me acovardado — nada a perder senão os grilhões com que tentam atar-nos os inimigos. É que a operação denunciava o quase nefando, o que não pode ser pronunciado: venda de carne podre, uso de produtos cancerígenos, emprego de papelão em embutidos, uso de carne proibida em linguiça… A dúvida não deixou de martelar.

Bem, já dá para saber. 1 – A cabeça de porco — há excelentes restaurantes que fazem uma bochecha que é de comer rezando… — pode ser usada no processamento de embutidos; 2 – o tal papelão misturado à carne era uma referência à troca de embalagens plásticas por embalagem de… papelão; 3 – os ácidos ascórbico (vitamina C) e sórbico (um conservante) não são produtos cancerígenos; 4 – “carne podre” é uma gíria para se referir à utilização de produto que não tenha sido inspecionado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal); não é sinônimo de “carne putrefata”.

Mas isso ainda é pouco. Tratou-se da maior operação da história da Polícia Federal, envolvendo 1.100 homens. Há 4.800 estabelecimentos que processam carne no país. Sabem quantos estavam sob suspeita, e isso não ficou claro em nenhum momento? Apenas 21: ou 0,437%. É importante que você tenha a dimensão, leitor, do que isso significa. Se você pesar 70 kg, 0,437% do seu peso corresponde a 306 gramas, menos que seu almoço. Entendeu? Mas calma! Desses 21, três unidades foram interditadas: 0,0625% — ou 43,75 gramas, mais ou menos umas quatro folhas de alface.

Atenção! A Polícia Judiciária Federal armou um salseiro sem precedentes na história para punir eventuais práticas criminosas que, se aconteceram, são absolutamente marginais. As eventuais falhas de fiscalização parecem ser localizadas. E devem ser combatidas com dureza.

Não obstante, o que se viu? Queiram ou não, toda a carne consumida no país e também a exportada foi posta sob suspeição. Por quê? A meu ver, por irresponsabilidade, por açodamento, por gosto pelo espetáculo, por vedetismo mixuruca. As ações da BRF e da JBS despencaram. Quem vai arcar com esse prejuízo? Bem, se essas empresas decidirem acionar o estado, o que a Polícia Federal vai dizer à sociedade?

O Brasil disputa a liderança mundial na exportação de carne e é líder mesmo em alguns setores. Seu produto é considerado de alta qualidade, e não foi fácil ganhar esse reconhecimento.

No ano passado, a exportação de frango (US$ 6,849 bilhões), bovinos (US$ 5,5 bilhões) e suínos (US$ 1,483 bilhão) rendeu ao país US$ 12,349 bilhões. Não é segredo para ninguém que, seja nos anos falsamente dourados de Lula, seja agora, é o agronegócio que impede o país de ir para a pindaíba.

O espalhafato feito pela Polícia Federal certamente deixou chocados e temerosos os brasileiros, mas a repercussão maior se deu mundo afora, especialmente naqueles países que compram o produto brasileiro.

Quem vai impor a disciplina a essa gente? Não sei. Coisas nada corriqueiras estão em curso. E vou falar delas.

A propósito: e se a PF, na próxima, decidir dançar o “cancan”? Todos com as pernocas de fora e para o alto. Pode atrair até mais cobertura da “mídia”.

Discrepância em salários podem levar mulheres de militares às ruas.

O colunista Reinaldo Azevedo publica em Veja longo artigo onde destaca as discrepâncias de salário entre um gráfico do Senado e um almirante, comandante de porta-aviões por exemplo. Clique no link e leia.

O que o artigo não fala é que um operário que ganha entre 15 e 20 vezes menos que o almirante e o gráfico pode ser o maior problema social do País no momento. Mantido no analfabetismo e no seu círculo de giz, o operário precisa de inclusão social para a transformação do Brasil.

Dilma reiniciará a faxina?

A oposição irá solicitar uma investigação contra o ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), acusado de ser o mentor e beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo, de acordo com reportagem publicada na edição da revista VEJA que chegou neste sábado às bancas. Repetindo a estratégia usada contra os outros ministros envolvidos em escândalos no governo Dilma Rousseff, os líderes do PSDB e do PPS na Câmara, os deputados Duarte Nogueira (PSDB), e Rubens Bueno (PPS), afirmaram que vão entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República para apurar a participação do titular da pasta.

O jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja, comenta:

“Ou Dilma acha a vassoura ou será assediada pela sujeira”.

Modestamente, seríamos mais incisivos: “Será assolada pela sujeira”. Se Dilma encarnar a faxineira novamente poderá se apresentar, de maneira incontestável, como candidata em 2014. É a alternativa que ela tem à pressão das viúvas de Lula e da orgia desenfreada que o PT criou no Governo, na base do “os companheiros tudo podem desde que seja para fins certos.”

Violência na Bahia é a quinta maior do Brasil.

1 Alagoas 66.2
2 Esp. Santo 56.6
3 Pernambuco 51,6
4 Rio 45,1
5 Bahia 32,8
6 Rondônia 30,3
7 D. Federal 28,0
8 Paraná 27,1
9 Sergipe 26,9
10 MG do Sul

25,2

O colunista e bloguista de Veja, Reinaldo Azevedo, analisa longamente artigo da Folha de São Paulo sobre variações do índice de mortes violentas por 100 mil habitantes do estado de São Paulo. Junto publica tabela com os índices de outros estados. Alagoas, é o primeiro colocado. E a Bahia ocupa um honroso 5º lugar, com 32,5 mortes violentas por 100 mil habitantes. Três vezes mais que São Paulo ou uma taxa de 300%. É o resultado de longos anos de política de segurança pública equivocada e leniente. Agora com a entrega de 64 viaturas policiais, das 400 prometidas, tudo vai se resolver. Com certeza.

A fina ironia de Reinaldo Azevedo


Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo, o ácido colunista e blogueiro da Veja, mostra, no texto abaixo, a intangibilidade da pretensa segurança que o Estado nos propõe e as bobagens que aparecem na imprensa quanto à liberação das drogas e outras idéias ocidentais, cristãs e anglófilas:

“Suponho que, se legalizadas as drogas, continuarão proibidas outras modalidades de crime: assaltos, roubo de carros, pedofilia, tráfico de órgãos, de armas… Qual é a fantasia dos não-proibicionistas? Garotinhos dos morros, ao cair da tarde, andariam pelas praias da Zona Sul do Rio vendendo suas trouxinhas aos bacanas que aplaudem o ocaso… Não será assim. Os que estão envolvidos com o narcotráfico não costumam ter qualquer amor especial pela droga ou vinculação moral com ela. Estão nessa porque ela é proibida. Quando não for mais, mudarão de ramo e vão atuar, como direi?, em outras proibições. Sei: é difícil para certa mentalidade considerar que o crime é, sim, uma escolha, uma opção.”