Encontrados os membros do PM esquartejado.

Texto e reprodução de Eduardo Lena, do jornal Nova Fronteira.

Familiares de Renato da Silva Oliveira, 31 anos, policial militar lotado em Luís Eduardo Magalhães, encontraram no rio Grande, por volta das 03h05, os braços e pernas do PM que foi esquartejado na noite de ontem, 23, em Barreiras. A cabeça foi achada num canal de esgoto nas proximidades do Colégio Batista e o corpo nas águas do rio Grande, na área pertencente a Universidade Federal da Bahia, na região do loteamento Recanto dos Pássaros.

O corpo estava despido, totalmente esquartejado, com os braços amputados na altura dos ombros e as pernas decepadas na região do joelho. A vítima ainda apresentava um corte de aproximadamente 40 cm na região da barriga, por onde as vísceras estavam expostas e duas facadas nas costas, altura dos rins.

Os membros de Renato foram encontrados aproximadamente 100 metros acima de onde estava o corpo. Suspeita-se que tanto os membros, como o corpo tenham sido desovados no mesmo local e que o corpo tenha descido com a força da correnteza.
Segundo um dos tios de Renato, ele, acompanhados de primos do PM, pediram a ajuda de um areeiro e subiram as margens do rio em procura dos restos mortais. “Em determinado momento visualizamos no fundo do rio um objeto esbranquiçado. Ao nos aproximarmos percebemos que se tratava dos restos mortais de meu sobrinho”, disse o tio, que não quis se identificar.

Na parte da manhã também foi encontrado incendiado o carro do PM. O carro estava às margens da BA 455, rodovia que liga Barreiras a Catolândia, distante cinco KM do centro da cidade.

Soldado PM, lotado em Luís Eduardo, é a vítima do bárbaro assassinato de Barreiras.


Foi identificado o corpo encontrado hoje em Barreiras: Renato da Silva de Oliveira, soldado PM lotado na 5ª Companhia de Polícia Militar, de Luís Eduardo, que foi decapitado e teve as pernas separadas. O torso e parte das pernas já foi encontrado dentro do Rio Grande e a equipe dos bombeiros procura agora pelas pernas. 

O delegado Rivaldo Luz deve avocar para a sua jurisdição o inquérito policial, pois a atividade do militar era exercida em Luís Eduardo Magalhães. O soldado PM Renato se encontrava fragilizado por uma separação conjugal e por problemas de saúde com a mãe, internada em Brasília. O carro do policial foi encontrado completamente carbonizado. Fotos de Sigi Vilares e Nei Vilares.