Uma homenagem ao 20 de setembro, Data Magna do Continente de São Pedro, e a toda essa gauchada que se espalhou pelos gerais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Minas e Gerais e Bahia. Como sempre se disse, trazemos o Rio Grande apresilhado na cincha.
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O aniversário da República Riograndense.
Comemora-se hoje, no Rio Grande do Sul, o 175º aniversário da Revolução Farroupilha, que propugnava a instalação do primeiro estado republicano na América do Sul: a República do Piratini. Os feitos heróicos dessa guerra fratricida, que durou 10 anos, são lembrados diariamente por gaúchos de todas as querências.
Foi de 1835 a 1845: é o conflito armado mais duradouro que ocorreu no continente americano.
A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas. Inspirou-se na recém finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.
Teve como líderes: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Davi Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse à carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália. A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se regimentos de Lanceiros Negros, os mais aguerridos.
Os gaúchos, fazedores de pátria a lança e a pata de cavalo, não se esquecem de suas tradições. Que sirvam suas façanhas de exemplo à toda a terra, como diz o Hino Riograndense.

