Conselho de Medicina e Bolsonaro se voltam contra Governadores e os médicos formados no Exterior.

O médico corporativista e o presidente genocida unidos contra governadores do Nordeste e o Revalida.

O presidente Jair Bolsonaro compartilhou neste domingo (3.mai.2020) em seu perfil no Twitter um vídeo em que o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Ribeiro, critica pedido dos governadores para validar temporariamente o diploma de profissionais formados no exterior durante a pandemia.

Ele diz ver como “traição desses governadores, com argumentos falaciosos, se aproveitando do momento de maior ameaça da nossa sociedade”.

Segundo Mendes, os mandatários nordestinos se aproveitam da emergência sanitária para flexibilizar normas no Brasil. “Não existe nenhuma fundamentação na fala desses governadores no sentido de que esses 15.000 brasileiros formados no exterior por uma necessidade da população brasileira, venham atender no Brasil”. Para ele, o tentam criar  casuísmos para legitimar os novos profissionais no Brasil. A crítica foi endossada por Bolsonaro.

A ideia de um Revalida temporário se deu em ofício enviado ao Ministério da Saúde. O objetivo é agregar mais 15.000 mil médicos no atendimento da rede pública de saúde no Brasil.

No texto, o grupo de governadores sugere “a adoção de medidas por este Ministério para a integração dos médicos formados no exterior, mesmo sob supervisão, adotando-se processo de validação dos diplomas, por meio de programa de complementação curricular e de avaliação na modalidade ensino-serviço, a ser realizado pelas universidades públicas, inclusive as estaduais”.

Otto Alencar é ameaçado por emenda ao “Revalida”

otto

O senador Otto Alencar (PSD – BA) estaria sendo vítima de ameaça de morte após ter apresentado uma emenda ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida).

A emenda apresentada pelo senador, que é titular da comissão e relator do projeto de lei, sugere a exigência de residência médica para formandos em medicina no exterior por período mínimo de dois anos, no país do curso concluído ou em um terceiro país. As ameaças foram feitas através do Facebook por um usuário da rede social.

De acordo com a assessoria de imprensa do político, uma das ameaças diz:

“E se prepara se este projeto passar eh (sic) melhor o senhor aumentar a quantidade de seguranças a sua volta e olhe la (sic) ainda”.

Em outra mensagem vinda do mesmo perfil, as ameaças continuam:

“[…] não serão poucas as milícias formadas por médicos de origem brasileira formados no exterior que irão se originar querendo lhe matar e será bem feito, porque de políticos como o senhor o povo brasileiro está de saco cheio, e agora a população está prestes a começar a queimar vivo imundícias como o senhor”.

O caso está sendo apurado pela Polícia do Senado.