Segundo Luiz Carlos Weinschütz, coordenador do Cenpaleo, o aparecimento das rochas, efeito da grande seca que assola a região, trouxe à tona um novo local de ocorrência dos fósseis de répteis que viveram na região há mais de 280 milhões de anos. “Apesar de estarmos vivenciando este período de seca, essa é uma importante descoberta científica para a região.”
Os mesossauros viveram cerca de 280 milhões de anos atrás, portanto, bem antes dos dinossauros (230 a 65 milhões de anos). Quando esses répteis estavam vivos, a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Índia e à Austrália, formando o continente Gondwana (parte sul do supercontinente Pangeia). Eles tinham hábito aquático, mediam até 1 metro de comprimento e viviam em grandes lagos de água salobra a salgada. Provavelmente se alimentavam de pequenos crustáceos.
A seca na Região Sul, neste verão, uma das maiores já ocorridas, pode se repetir no verão 2020-2021, com o resfriamento das águas do Pacífico e a ocorrência do fenômeno climático La Niña, segundo previsão de institutos de pesquisas meteorológicas norte-americanos.