Depois da ausência de propostas para o leilão do trem de alta velocidade, que vai ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, o governo decidiu hoje (11) fatiar a licitação do projeto em duas etapas: a primeira vai definir a tecnologia e o operador do trem-bala e a segunda escolherá a empresa responsável pela construção do projeto.
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse que as empresas estrangeiras detentoras da tecnologia não conseguiram formar consórcios com empreiteiras, o que levou ao fracasso do leilão. Com a divisão do edital, o governo espera um aumento de competitividade na licitações, principalmente para a escolha da tecnologia e do operador.
O que realmente transparece ao leigo é que o financiamento público ao trem de alta velocidade rareou. Sem o dinheiro do Governo e algum subsídio, é lógico, fica difícil que as empreiteiras nacionais e internacionais queiram encarar a obra, que deve custar bem acima do US$30 bilhões previstos inicialmente. Quem sabe na Copa de 2060?
