O bicho vai pegar?

Do blogueiro e presidente do PTB, Roberto Jefferson, o denunciante do Mensalão:

“Roberto Gurgel enviou o depoimento de Marcos Valério, no qual ele acusa Lula de ter contas pagas pelo esquema do mensalão, à 1ª instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado.

A decisão foi em tudo ruim para Lula: será obrigado a se deslocar para BH e a denúncia anexada a processo mais denso, o do BMG, no qual diretores do banco são acusados pelo MP de beneficiar o PT e Valério “mediante empréstimos simulados”.

Para complicar, Valério teria dito em depoimento que Lula autorizou a operação. Se Lula for indiciado, o bicho vai pegar.”

Locare Mod 2

Mais um corrupto acossado

cigarro-renamO procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pegou, “de sem pulo”, de fora da área. E colocou no ângulo, lá onde a coruja dorme. O verdugo dos mensaleiros encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (25), denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por supostamente apresentar notas fiscais frias na tentativa de negar o pagamento de despesas pessoais por um lobista, em 2007.

Na época, para não ser cassado, o peemedebista renunciou à presidência do Senado, posição cobiçada por ele novamente e para a qual é favorito. O caso tramita no Supremo desde 2007 com o número 2593 e relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

Desde então, Calheiros já teve, por exemplo, seus sigilos fiscal e bancários quebrados por ordem da Corte. Porém, a investigação estava sob a responsabilidade do procurador-geral desde abril de 2011. Neste período, Gurgel não fez mais nenhum pedido ao relator.

A Procuradoria não informará quais crimes foram imputados a Calheiros, já que o inquérito corre sob segredo de Justiça. Informações da Folha e do Bahia Notícias, editadas por este jornal.

standbyte janeiro

Marcos Valério entrega Lula numa bandeja, com maça na boca e tudo o mais

Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado
Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse no depoimento prestado em setembro à Procuradoria-Geral da República que o esquema do mensalão ajudou a bancar “despesas pessoais” de Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio a uma série de acusações, também afirmou que o ex-presidente deu “ok”, em reunião dentro do Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada.

Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados são pagos pelo partido. Também deu detalhes de uma suposta ameaça de morte que teria recebido de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo que hoje dirige o instituto do ex-presidente, além de ter relatado a montagem de uma suposta “blindagem” de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel. Por fim, acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE). Veja a íntegra da matéria no site de O Estado de São Paulo, com foto de Dida Sampaio.

 

cidade do automóvel 600x400

Marcos Valério começou a abrir o bocão

Parte da República que havia se recolhido mais cedo começa a acordar com a notícia de que o ex-publicitário mineiro Marcos Valério, um dos operadores do mensalão do PT, contou parte do que nunca tinha contado antes em depoimento prestado à Procuradoria Geral da República.

O jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição desta terça-feira, trará as revelações feitas por Valério a Roberto Gurgel, procurador geral da República. Elas comprometem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornalista Ricardo Noblat.

Dorme a pátria enquanto a canalha surrupia os cofres públicos

Roberto Gurgel, procurador da República, ontem, citando o petista Chico Buarque, em sua estrofe ímpar e única:

“Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”

Pelo jeito continua dormindo, pois nos últimos dias a CPI do Cachoeira conseguiu comprovar a transferência de mais 72 milhões de reais da Delta, de Fernando Cavendish, para empresas-fantasma de Carlinhos Cachoeira entre 2009 e 2012. Dinheiro público, que o contribuinte suou para ganhar, financiando mulheres caras e a boa vida do contraventor.

Gurgel diz que foi atacado pelos mensaleiros

Roberto Gurgel, procurador geral da República, hoje, ao final de 5 horas de acusação aos mensaleiros, quando pediu a condenação e a prisão de 36 dos 38 indiciados:

“Em 30 anos de Ministério Público, completados no dia 12 de julho último, jamais enfrentei, e acredito que nenhum procurador-geral anterior, nada sequer comparável à onda de ataques grosseiros e mentirosos de caudalosas diatribes e verrinas, arreganhos de toda espécie, por variados meios, por notórios magarefes da honra que não possuem, tudo a partir do momento em que ofereci as alegações finais nesta ação penal, tudo evidentemente para constranger e intimidar.”

Se Gurgel não conseguir a condenação dos mensaleiros, pelo menos fez uma tropa de advogadinhos correr aos dicionários para entender o que estava dizendo.

Charge do grande Frank Maia.

Denúncia do Mensalão do DEM é confirmada pela PGR.

Depois de quase três anos de investigações, o Ministério Público denunciou nesta semana 38 pessoas envolvidas na Operação Caixa de Pandora, que apurou esquema de corrupção na gestão de José Roberto Arruda no governo do Distrito Federal (GDF). A informação foi confirmada nesta sexta-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Segundo o procurador, as apurações provaram que empresas beneficiadas em contratos sem licitação com o GDF pagavam propina a políticos aliados do governo. Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa (empresários) e passiva (políticos) e lavagem de dinheiro.

Gurgel informou que o líder do esquema era o próprio Arruda e que Durval Barbosa foi confirmado como um dos operadores do esquema. A denúncia também envolve deputados distritais e empresários. Apesar de não divulgar quanto dinheiro foi desviado, o procurador confirmou que o esquema começou pouco antes das eleições de 2006.

O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, não foi denunciado junto com José Roberto Arruda e outros 37,  porque sua idade avançada impediria a punição, segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Roriz fará 76 anos no mês de agosto

Na época do suposto esquema, Roriz era senador e chegou a ser citado nas investigações que resultaram na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

Nos parece óbvio que é muito confortável e oportuna a denúncia do Mensalão do DEM quando está em vias de iniciar o julgamento do Mensalão do PT. O que não se entende é por que as quadrilhas agora tem que ter 38 componentes. Será alguma convenção internacional?

Procurador da República quer imagens da greve da Polícia Militar.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou, nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, ofício ao governador da Bahia, Jaques Wagner, pedindo o envio das gravações relacionadas à greve dos policiais militares do estado que fazem referências a possíveis condutas de pessoas com prerrogativa de foro que demandariam apuração. Segundo Gurgel, tais gravações têm sido divulgadas em matérias jornalísticas a partir de interceptações regularmente efetivadas pelo governo da Bahia. 

Já na Procuradoria da República na Bahia, o coordenador criminal Vladimir Aras determinou a autuação de notícia-crime para apurar o movimento reivindicatório ilegal de policiais militares que vem causando gravíssimo quadro de instabilidade na segurança pública da Bahia, na capital e em diversos municípios do estado desde o dia 1º de fevereiro deste ano. A notícia-crime será distribuída a um dos procuradores da República em Salvador.

A notícia-crime foi instaurada considerando que, em tese, os suspeitos incorreram em crimes previstos na Lei de Segurança Nacional: praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte (art. 15); tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos estados (art. 18); apoderar-se ou exercer o controle de aeronave, embarcação ou veículo de transporte coletivo, com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou a passageiros (art. 19); e incitar à prática de qualquer dos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (art. 23, IV).

Ministério da Justiça e PGR tem encontro sobre Ministério dos Transportes.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou hoje (20) ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que a Polícia Federal já recolheu o depoimento inicial do policial militar João Dias Ferreira, autor das denúncias sobre o suposto esquema de desvio de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Os dois se reuniram durante cerca de 15 minutos para conversar sobre a denúncia e outros temas. De acordo com o Ministério da Justiça, Cardozo não entrou em detalhes sobre o conteúdo do depoimento dado ontem (19) por Ferreira à PF.

O policial militar, de quem o Ministério do Esporte exige a devolução de R$ 3,16 milhões supostamente desviados do programa, denunciou um esquema de corrupção no Segundo Tempo, criado pela desenvolver ações que incentivem a prática de esportes entre crianças pobres.

As denúncias de Ferreira – preso no ano passado sob a suspeita de participar do desvio de recursos do programa – envolvem o ministro dos Esportes, Orlando Silva. O esquema movimentou mais de R$ 40 milhões em oito anos, segundo o policial militar. Da Agência BR.

Só gostaríamos de saber como José Eduardo Cardozo vai influir no julgamento do “Caso Manuela D’Ávila”, conhecidas que são suas relações com a moça.

Justiça quer devolução do dinheiro do mensalão do DEM

A Justiça do Distrito Federal condenou seis empresas a devolver aos cofres públicos R$ 240,8 milhões por contratos firmados sem licitação, no esquema que originou o mensalão do DEM. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”, em reportagem publicada na edição desta quinta-feira.
O suposto esquema, denunciado por um secretário do governo do DF, tratava-se de pagamento de propina de empresários a integrantes do governo. O escândalo envolveu o ex-governador José Roberto Arruda e a deputada federal Jaqueline Roriz, que correu o risco de perder o cargo, mas foi absolvida pela Câmara dos Deputados.  
Esta semana, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que há provas contra todos os envolvidos no caso. Ele disse ainda que não há uma data para oferecer denúncia.

O País passa por um limbo de desorientação e desespero.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa determinou a notificação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) para que apresente resposta à denúncia oferecida contra ela no último dia 26, perante a Suprema Corte, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nos autos do Inquérito 3113. De acordo com o artigo 4º da Lei 8.038/90, o  prazo para apresentação dessa resposta é de 15 dias.

A deputada foi denunciada pela suposta prática do crime de peculato (artigo 312 do Código Penal – CP). O procurador-geral da República sustenta que, na condição de candidata a deputada distrital, ela recebeu “maços de dinheiro das mãos de Durval Barbosa (ex-secretário de Estado no Distrito Federal – DF e conhecido como o delator do “mensalão do DEM no DF”), a mando de José Roberto Arruda (ex-governador do DF), como retribuição pelos favores políticos feitos pela então candidata”.

Roberto Gurgel juntou aos autos depoimentos prestados por Durval Barbosa, bem como gravação por ele fornecida de uma cena em que Jaqueline Roriz teria recebido R$ 50 mil em dinheiro. Os recursos teriam sido obtidos junto a prestadores de serviços de informática do governo do Distrito Federal.

Além da propina, cujo total seria de R$ 100 mil recebidos em espécie, o procurador-geral da República afirma que a acusada teria sido beneficiada, ainda, com aparelhos “Nextel” pertencentes ao Distrito Federal “cujas contas continuaram a ser pagas com recursos públicos”, e com o poder de indicar um nome para o cargo de administrador regional de Samambaia (DF).

Contam os historiadores que o desespero dos pilotos e navegadores do século 15 ao atravessar o Equador, rumo ao Sul, no momento em que perdiam o contato com a Estrela Polar, era notável. Só depois descobriram o Cruzeiro do Sul e começaram a navegar com mais tranquilidade.

O Brasil passa por este mesmo limbo de desorientação e desespero, vivendo os primórdios de uma democracia jovem e imatura. Como a França, depois da queda da Bastilha, voltou a coroar Napoleão imperador e permitiu a volta da família real em meados do século 19, no Brasil de hoje muitos pensam que a volta de um regime forte, da censura à imprensa e da quebra das garantias constitucionais poderia ser solução para o desmando e corrupção.

Enganam-se. A pior democracia é de maior relevância que o governo do déspota mais esclarecido.

A farsa de Lula vista pelo Estadão.

“Agora, a “farsa” de Lula tornou a ser exposta em sua inteireza. O procurador-geral Roberto Gurgel, que sucedera a Antonio Fernando e acabou de ser mantido para um segundo mandato pela presidente Dilma Rousseff, pediu anteontem ao Supremo que condene à prisão 36 dos 40 denunciados por crimes que incluem formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.”

O caro leitor não pode deixar de ler o editorial de sábado, 9, do jornal O Estado de São Paulo. O editorialista resume o que foi e como foi o episódio do Mensalão. Clique no link, em vermelho, para acessar.

A grande quadrilha do Mensalão finalmente denunciada.

Dos principais participantes do Mensalão, Gushiken e Silvinho do Land Rover estão fora do processo.

O que o ex-presidente Lula da Silva classificou, cinicamente, como “uma farsa”, o “Mensalão do PT”, maior escândalo da política brasileira desde o impeachment de Fernando Collor de Mello, começou, a partir de ontem, a ser efetivamente julgado, com a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene 37 dos 38 réus envolvidos no episódio.

Para Gurgel, só não existem provas contra o ex-ministro da Comunicação Social, Luiz Gushiken, que deve ser absolvido. O esquema do mensalão foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e envolveu autoridades poderosas da época, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a eminência parda da República e sério candidato, na época, a sucessor de Lula.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou a relação do Palácio do Planalto e de ministérios com as bancadas da base aliada e descobriu que o PT coordenava um esquema que usava sobras de doações da campanha de 2002 para fazer repasses sistemáticos aos partidos da base e pagar as dívidas eleitorais.

Foram esses repasses que o denunciante do escândalo, o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), batizou de “mensalão”.

Roberto Jefferson, irritado com as pressões de José Dirceu, tornou-se o principal denunciante do Mensalão, ocupando largo espaço durante a CPI. Orador brilhante, colocou o dedo na chaga do Partido dos Trabalhadores.

Em outro esquema paralelo, o publicitário Marcos Valério mantinha contratos com ministérios e estatais que rendiam propinas para o caixa do PT e dos demais partidos aliados. Um dos contratos mais importantes era com a empresa Visanet, holding de cartões de crédito, onde ele mantinha um acordo especial para desviar dinheiro do cartão do Banco do Brasil-Visa.

As investigações começaram em 2005. Muitos parlamentares recebiam esse dinheiro das propinas sob condição de votar com o governo no Congresso Nacional. Uma ação foi aberta no STF em 2007, após o recebimento pelo tribunal da denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. A expectativa no STF é de que o julgamento do processo comece no fim deste ano ou no início de 2012.

Valdemar diz que não renuncia

Em uma raríssima manifestação pública sobre o processo do mensalão, o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) rechaçou a possibilidade de renunciar ao mandato para retardar a tramitação das ações contra ele e outras 36 pessoas no Supremo.

Há algumas semanas, circularam rumores em Brasília de que ele poderia lançar mão da manobra em 2012 para fazer com que o processo fosse enviado à primeira instância. As ações correm no STF porque ele e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) detêm mandatos parlamentares.

Cunha, no entanto, deve se lançar candidato a prefeito de Osasco no ano que vem, com chances de vitória. Costa Neto seria o único dos 37 restantes no processo com foro privilegiado no Supremo.

Porém, ao menos por ora, ele resiste à ideia, sob o argumento de que já passou uma vergonha pública quando renunciou a outro mandato, em 2005.

“Foi uma vergonha pros meus amigos, pra minha família. Não renuncio nem por reza braba. Podem vir em cima de mim os 39 (sic) que estão sendo processados. Não renuncio por nada desse mundo”, sustentou, há uma semana, à Rádio Metropolitana AM, de Mogi das Cruzes.

Ele confessou ter cometido crime eleitoral, “movimentei no caixa dois da campanha” -, mas disse que será absolvido porque o crime prescreveu. Com informações do Portal IG, editadas por este jornal.

Valdemar está profundamente envolvido também com o escândalo do Ministério dos Transportes, fato que fez com que a presidente Dilma demitisse o Ministro e toda a cúpula do DNIT.

Até esta madrugada, Roberto Jefferson não tinha comentado, em seu inteligentíssimo blog, a denúncia do Procurador Geral da República. Ocupava-se, ontem, de outro escândalo em voga, a troca de comando do suculento Ministério dos Transportes. Como ele atualiza sempre pela manhã, é possível que hoje até o meio-dia ainda tenhamos um delicioso e sarcástico comentário.

 

 

 

TSE vai processar quase 20 mil doadores de campanha eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 15.921 pessoas físicas que podem ter extrapolado o limite legal de doações a campanhas de 2010. O resultado foi encontrado a partir do cruzamento de informações entre as contas eleitorais e a base de dados fiscais de doadores de campanhas. Mais de R$ 72 milhões foram excedidos do limite permitido pela Lei das Eleições. No caso de pessoas jurídicas, foram encontrados 3.996 doadores supostamente irregulares.

Segundo a Lei das Eleições, doações acima dos limites podem levar ao pagamento de uma multa entre cinco e dez vezes o valor excedido. Doadores que extrapolam estão sujeitos à proibição de participar de licitações públicas e de celebrar contratos com o Poder Público por cinco anos.

Na semana passada, o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, enviou ao procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, a lista com as pessoas físicas e jurídicas suspeitas de extrapolarem o limite legal. O Ministério Público Eleitoral tem cerca de um mês e meio para apresentar ações contra doadores que passaram do limite.

Não deve constar nesta lista nenhum político do Oeste baiano. Por aqui, as pessoas fazem campanha com pouquissimo dinheiro, quase nada. Ou não? Ou o dinheiro circula só na mala preta?

Ministério Público lança plano estratégico nacional nesta segunda.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, participa na próxima segunda-feira, 14 de março, à tarde, do lançamento do primeiro planejamento estratégico nacional do Ministério Público. O projeto, coordenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), vai envolver os 14 mil promotores e procuradores de todos os ramos do Ministério Público do Brasil, tanto nos estados como da União – Ministério Público Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal e Territórios. Até julho eles definirão diretrizes comuns para as instituições.

A presidente da Comissão de Planejamento Estratégico do CNMP, conselheira Claudia Chagas caracteriza o planejamento como uma oportunidade de diálogo e compartilhamento de experiências. “É também o momento para encontrarmos nossas convergências e estabelecermos objetivos comuns e ações integradas, respeitando sempre a autonomia e as peculiaridades de cada instituição”, afirma. “Esperamos com isso apresentar à sociedade um Ministério Público que privilegie a unidade como caminho para alcançar maior eficiência”.