A democracia genuína vai prosperar sobre a República de Fancaria.

Prisão de Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, é obstáculo para atenuar crise entre Poderes – Mais Brasília

Se ilude, redondamente, quem acredita que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, não tenha tomado suas últimas decisões sem o apoio informal de amplas camadas das Forças Armadas, do Legislativo e do Ministério Público.

Ninguém pode ter a certeza de que o Alto Comando do Exército está unido e coeso, tanto que, no episódio da demonstração de força da Marinha, chegou a sugerir que o Comandante renunciasse para não atender o convite de Braga Netto e Jair Messias.

Já imaginavam que o episódio do “Fumacê” seria um fiasco completo.

A prisão do arruaceiro e mamateiro Roberto Jefferson estava escrita. Trata-se apenas de um detrito de esgoto flutuante, de um alpinista político que encarapitado num partido de fancaria vende apoio a governos desde os tempos de Collor. Participou da tropa de choque do alagoano que assaltou Brasília e foi apeado, em tempo, do poder.

Uma boa estada em Bangu 8, a ala aristocrática do complexo prisional de Gericinó, faria bem a ele, depois de sucessivos ataques histéricos nas mídias sociais, sempre fortemente armado. Mas, acredito, que o fato de ser um vivente em estádio terminal de vida, surta o efeito de um habeas corpus na próxima semana.

Ao par da constatação de que este senhor, junto com muitos outros periféricos do governo do Messias, redefiniu a palavra canalha, sabe-se agora que as democracias não morrem por movimentos de massa, mas pela escrotidão de apenas alguns puxa-sacos oportunistas.

Creiam ou não os caros leitores, existe gente serena, equilibrada e em pleno uso de suas faculdades mentais em Brasília, tanto nas forças armadas, como na Polícia Federal, no Judiciário e na Procuradoria Geral da República. E que aqueles que se deixam levar por uma mamata ou um punhado de dinheiro são apenas a exceção que confirma a regra.

O Brasil não enlouqueceu. Apenas os portões do Sanatório Geral ficaram destrancados durante um certo período, permitindo aos mais ousados, por vias transversas e interesses exógenos, tomar o poder.

O “Príncipe dos Políticos Vigaristas” é denunciado ao TJ-RJ por incitação à violência.

Presidente nacional do PTB, o neobolsonarista Roberto Jefferson, um dos príncipes dos políticos vigaristas do País, foi denunciado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por incitação à tortura em razão do vídeo divulgado na última sexta-feira (2), em que católicos celebram a Sexta-feira da Paixão, quando Cristo foi torturado até à morte.

A notícia-crime foi protocolada pelo secretário de Ordem Pública do município do Rio, Brenno Carnevale, que relata que o vídeo de Jefferson incita tortura e confrontamento de Guardas Municipais, que realizam ações de fiscalização das medidas de isolamento social.

“Dá um pau neles de cacete. Bate no joelho, no cotovelo, no ombro, pra quebrar a articulação, bate pra quebrar, e eles não vão voltar mais”, diz Jefferson no vídeo, em que afirma também que políticos favoráveis às restrições são “enrustidos”, sugerindo que seriam homossexuais.

O sujeito escroto é tão irresponsável que está jogando crentes fundamentalistas contra a guarda municipal, armada e com direito à própria defesa em caso de agressão.

Eles só desejam isso: batalhas campais, confrontos de rua, para levar o País ao caos completo e a um fechamento do regime democrático. Pela via democrática serão apeados do poder em 2022 e responderão por seus crimes em tribunais de primeira instância.

Mas o que é isso? Existe uma guerra cruenta entre bolsonaristas?

Olha só o nível do incêndio no cabaré:

Mas não pense que são apenas duas frentes. Tem ainda os ataques ao vice-presidente, Hamilton Mourão. O portal Terça Livre, principal porta-voz das ideias malévolas do Governo, agora de um lugar incerto e não sabido – dizem que no México – critica Mourão sobre o caso do 5G:

 

Jefferson espera mandado de prisão em casa.

Foto da revista Veja
Foto da revista Veja

Comentário postado hoje no blogdoJefferson sobre a conjuntura política:

A fogueira arde 
Aprovação do governo Dilma caiu de 43% pra 39%, segundo Ibope/Estado em pesquisa realizada entre 13/17 deste mês. É mais lenha na fogueira que arde literalmente em praça pública pra “queimar” a reeleição da presidente. De grão em grão, as viúvas do Lula vão enchendo o papo. Será que o mau humor do PMDB com Dilma se restringe a cargos ou o partido foi cooptado pela “entourage” lulista? Difícil, pois se Lula for cabeça de chapa em 2014, certamente virá mais à esquerda do campo político, que não é a praia peemedebista. Ou seria esse um mero detalhe? 

Roberto Jefferson, delator do mensalão, aguarda em casa, sob a observação de quatro policiais federais, o mandado de prisão. O ex-Deputado, que também se aproveitou de quantias vultuosas do esquema do Mensalão, merecia ser beneficiado pela delação premiada. Mais: merecia um monumento em frente ao Congresso. Foi ele quem disse pela primeira vez: “O Rei está nu”. Agora, paga por isso

STF determina prisão de Roberto Jefferson

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou hoje (21) a prisão do presidente licenciado do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Jefferson deverá cumprir a condenação em um presídio do Rio de Janeiro.

Barbosa rejeitou pedido de defesa de Jefferson, feito no final do ano passado,  para que o condenado cumprisse prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde. Em 2012, o ex-parlamentar fez uma cirurgia para retirada de um tumor no pâncreas.

O beijo e a propaganda

globo

O site do petebista Roberto Jefferson publica hoje a nota abaixo, que se não servir como constatação e alerta, servirá como argumento para os tais felicianos, isidoros e outros proxenetas da causa anti-movimento gay.

“A Rede Globo obteve grande audiência na noite de ontem com o capítulo final da novela “Amor à Vida”, e com a cena mais aguardada pelos espectadores, o primeiro beijo gay masculino da teledramaturgia brasileira. Vejo com naturalidade a cena e acredito que faz parte deste novo momento da sociedade, em que o antigo preceito bíblico “crescei e multiplicai-vos” está sendo substituído por outro, mais moderno; “amai-vos uns aos outros, e amai-vos umas às outras”.

É preciso que se leve em conta, ainda, que há uma propaganda subliminar mundial, bem urdida, que estimula e enaltece o relacionamento homoafetivo como forma de redução das taxas de natalidade. Afinal, se a população mundial continuar crescendo no ritmo atual, em mais algumas décadas o planeta vai derreter, tal será a necessidade de se alimentar tantas pessoas e ainda manter o ritmo de produção e de crescimento das economias. Um novo caminho, então, para a humanidade, seria haver um equilíbrio entre uniões heterossexuais e homossexuais, como forma de controle de natalidade. É neste contexto publicitário que o beijo gay de “Amor à Vida” está inserido.”

Mais adiante, o denunciador do Mensalão do PT sentencia, com propriedade:

“Apostar nesta estereotipação de conferir a vilania ao homem heterossexual não é o melhor caminho para dobrar as resistências da sociedade conservadora brasileira às uniões homoafetivas.”  

Roberto Jefferson: a imprensa pode tudo?

O ex-deputado Roberto Jefferson, o denunciador do Mensalão, desabafa, em seu blog, em razão do cerco da imprensa à sua casa:

Foto de Marcos Arcoverde
Foto de Marcos Arcoverde

“Sempre fui um ardoroso defensor da liberdade de imprensa; durante todo este mês de cerco, os jornalistas frequentaram as dependências da minha casa, até que me vi e à minha família cerceados nos nossos mínimos movimentos. Não vejo razão para isso, já que admiro a imprensa, devo muito a ela, admiro o trabalho desses profissionais, e jamais negarei qualquer informação. Aliás, é isso que tenho feito esses anos todos.

Ontem, às 11h00 da noite, havia um câmera escondido em uma árvore captando imagens. Isso é jornalismo? Se vou à padaria, à casa de parentes ou caminhar, porque preciso fazer exercícios por recomendação médica, me seguem, me fotografam. Há fato jornalístico nisso ou é apenas mera perseguição? Jornalistas anotam a placa de carros de pessoas que me visitam, vão à agência de automóveis onde pessoas de minha família compram carros há mais de 20 anos. Quero lembrar que nada devo à Receita Federal, que já me inocentou. Se estão indo investigar as placas dos carros para descobrir alguma negociata, desistam.

Espero tê-los em minha convivência de uma forma mais amigável. Fui condenado e já dei declarações resignadas em relação à pena que terei que cumprir, mas parecem querer apenas minha degradação. Jamais fui um dos queridinhos das Organizações Globo, até mesmo por isso não estranho que tenham corrido para dizer que eu os ataquei, e para distorcer minhas palavras e as de minha assessoria. Para tudo na vida há um limite, e para os grandes defensores da liberdade também deve haver um limite de atuação. Ou a imprensa pode tudo?” 

Todos temem a lenda negra do Supremo

Quem poderia conceber Roberto Jefferson alinhado com José Dirceu. Pois aconteceu: os dois entraram com recursos no Supremo, pedindo a retirada de Joaquim Barbosa da relatoria do processo do mensalão, pois a atribuição seria incompatível com a Presidência do STF.

Todos temem o Magistrado que pretende colocar mais de 20 mensaleiros na cadeia. O relator deveria ser, por força de regimento interno, o novo ministro, que agora a Presidenta Dilma escolhe em lista tríplice, em substituição ao ministro Ayres Britto. Joaquim Barbosa já é uma lenda viva na história do judiciário verde-amarelo.

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O bicho vai pegar?

Do blogueiro e presidente do PTB, Roberto Jefferson, o denunciante do Mensalão:

“Roberto Gurgel enviou o depoimento de Marcos Valério, no qual ele acusa Lula de ter contas pagas pelo esquema do mensalão, à 1ª instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado.

A decisão foi em tudo ruim para Lula: será obrigado a se deslocar para BH e a denúncia anexada a processo mais denso, o do BMG, no qual diretores do banco são acusados pelo MP de beneficiar o PT e Valério “mediante empréstimos simulados”.

Para complicar, Valério teria dito em depoimento que Lula autorizou a operação. Se Lula for indiciado, o bicho vai pegar.”

Locare Mod 2

A elegia obrigatória dos alcaguetes.

O deputado Roberto Jefferson merece, após o julgamento da AP 470, um busto na esplanada dos Três Poderes. Se ele não tivesse denunciado o esquema do Mensalão, José Dirceu seria o sucessor de Lula e não Dona Dilma. Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heróico: “Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu.”

Já que não podemos viver entre homens de bem, que louvemos pelo menos os alcaguetes. Roberto Jefferson será condenado, como de fato já está por um câncer no pâncreas. No entanto, a sua frase para José Dirceu, “vossa excelência me desperta os meus mais baixos instintos”, ainda reverbera em nossos corações de estudante. 

Ministros do STF batem boca novamente.

O ministro Ricardo Lewandowski, revisor da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF), conhecida como processo do mensalão, condenou por corrupção passiva o ex-deputado federal do PTB Roberto Jefferson. Em relação à acusação de lavagem de dinheiro, o ministro absolveu Jefferson.

Nesta quarta-feira, Lewandowski iniciou o julgamento dos três réus ligados ao PTB. O revisor disse que o próprio réu confessou, em depoimento à Polícia Federal, que recebeu dinheiro de Marcos Valério. “Tenho como comprovada a participação de Jefferson no recebimento indevido. O réu cometeu o crime de corrupção passiva. Lavagem não restou na espécie, pelas razões já expostas anteriormente. É possível concluir que ele recebeu R$ 4 milhões”.

O revisor citou o depoimento de Jefferson descrevendo que o acordo previa o repasse de R$ 20 milhões do PT ao PTB para ajuda de campanha, admitido também pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. “Desses R$ 20 milhões, o PTB só recebeu R$ 4,5 milhões e a relação [entre os dois partidos] passou a sofrer um abalo”, disse o ministro, contextualizando que, depois disso, o réu veio a público denunciar o esquema.

Lewandowski ressaltou em seu voto que o simples repasse de dinheiro entre partidos não é, por si só, ilegal. “Em princípio, um acordo político entre partidos não é vetado pela legislação, muito menos o repasse entre partidos. O que a lei veda e apena severamente são verbas não contabilizadas pela Justiça Federal, verbas que ultrapassem o teto determinado pela legislação”, disse.

Mas o que chamou a atenção da imprensa e dos presentes foi um novo bate boca entre Lewandowski e o ministro relator, Joaquim Barbosa, divergentes em relação a algumas posições. A querela teve que ser interrompida pelo ministro presidente do STF, Ayres Britto, que acabou determinando meia-hora de interrupção para acalmar os ânimos dos magistrados.

STF julga movimentação de dinheiro que não aconteceu.

O advogado Itapuã Prestes de Messias, defensor de Emerson Palmieri, afirmou hoje (13), durante sustentação oral no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), que o repasse de recursos do PT ao PTB eram legais e destinados ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais. “Para a captação de recursos é possível transferência de um partido ao outro”, disse.

Para Messias, a denúncia é “irresponsável”. “É uma peça tendenciosa, porque pretende ser uma sentença”, disse sobre a peça de acusação do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com MPF, Palmieri participou das negociações em que o PT prometeu repassar R$ 20 milhões para o PTB. O secretário, que atuava como tesoureiro informal do partido de Roberto Jefferson, teria ajudado a negociar R$ 4 milhões do publicitário Marcos Valério para o PTB, tendo recebido esse valor.

Palmieri é acusado de intermediar a compra de apoio político entre o PTB e o PT e responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, podendo ser condenado de sete a 40 anos de prisão.

Na realidade, o PTB não viu nem os 4 milhões. Roberto Jefferson usou o depoimento de Palmieri para incriminar José Dirceu e caracterizar a conspiração do Mensalão. A briga toda foi por falta de dinheiro dos pagamentos prometidos pelo Chefe da Casa Civil para arregimentar partidos na base do Governo.

Advogado de Roberto Jefferson diz que Lula ordenou o mensalão.

No oitavo dia do julgamento da ação penal 470, conhecida como mensalão, foi ouvido o advogado da pessoa que denunciou o suposto esquema, o ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson. Segundo o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou o mensalão. 

 “Ele não só sabia como ordenou o que vinha acontecendo aqui no Congresso”, disse. Com isso, aproveitou para questionar Roberto Gurgel, procurador geral da República, por insistir que Lula não sabia de nada, acusando-o de omissão. Ele foi o segundo advogado a apresentar sua defesa. 

 O primeiro advogado a falar foi Bruno Alves de Mascarenhas Braga, que defende o ex-deputado Carlos Alberto Rodrigues Pinto, também conhecido como Bispo Rodrigues. Ele confirmou que o seu cliente movimentou R$ 150 mil em dinheiro somente para saldar dívidas da campanha eleitoral de 2002.

 Já o advogado Itapuã Prestes de Messias, defensor de Emerson Palmieri, que era primeiro secretário do PTB na época dos fatos, afirmou que o repasse de recursos do PT ao PTB eram legais e destinados ao pagamento de dívidas de campanhas eleitorais. “Para a captação de recursos é possível transferência de um partido ao outro”, disse. Para Itapuã, Palmieri é um dos “denunciantes” do mensalão e portanto não deveria ser incluído como réu. 

 A linha de defesa adotada pelo advogado Ronaldo Dias, defensor do ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) é que ele não participou do esquema do mensalão e que a verba que recebeu do PT era lícita, destinada ao financiamento de campanhas municipais em 2004. 

 Por fim, falou o advogado Inocêncio Coelho, representante do ex-deputado federal José Borba (PMDB-PR). Ele declarou que a denúncia contra seu cliente não é válida, pois está baseada no depoimento do publicitário mineiro Marcos Valério. Segundo Coelho, Valério é uma “personagem cuja própria denúncia afirma que apresentou informações inconsistentes”. Da Band e Agência Brasil.

Roberto Jefferson deixa o Hospital determinado a enfrentar o câncer.

Muito magro e com o rosto marcado pela doença, com dificuldades para falar e andar, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, deixou ontem o Hospital Samaritano, onde se recuperava de cirurgia no pâncreas. Diagnosticado o câncer, Jefferson mostrou otimismo:

“Recebi o diagnóstico de câncer com muita tranquilidade porque sou um guerreiro. Já peitei o PT sozinho, o que eu não vou fazer com um câncerzinho? Dou de pau nele”.

A pressão que Roberto Jefferson recebeu de José Dirceu, então a poderosa eminência parda do Governo Lula, há 7 anos, foi que extravasou na série de denuncias do mensalão. Na época, José Dirceu usou de força contra Jefferson, mas nunca imaginou que iria encontrar pela frente o maluco determinado que encontrou.

Valerioduto do mensalão canalizou R$101 milhões.

Após sete anos de investigação, ao fim de um processo de 50 mil páginas e 600 testemunhas, peritos da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União mapearam o tamanho real do mensalão, esquema de pagamento de propina a parlamentares da base do governo Lula.

Pelo menos R$ 101,6 milhões foram desviados pelo valerioduto, mostram Carolina Brígido e Francisco Leali. Laudo da PF confirma que o esquema usou verbas públicas: pelo menos R$ 4,6 milhões foram repassados pelo Banco do Brasil, por intermédio do Visanet, para a empresa DNA, do lobista Marcos Valério.

O Supremo Tribunal Federal começa a julgar quinta-feira os 38 réus – entre eles, o ex-ministro José Dirceu, apontado como operador político do mensalão, Valério, que pôs bens em nome da filha para fugir do bloqueio judicial, e o ex-deputado Roberto Jefferson, que delatou o esquema e foi cassado por crime eleitoral. Veja mais em O Globo deste domingo.

 

Puro factóide!

Diz o colunista Leandro Mazzini, do portal Congresso em Foco, que o PTB vai exigir ficha limpa (primeiro dos seus filiados) e depois propor, na Câmara, que também os eleitores tenham ficha limpa. A medida pode ser um tiro no pé, já que alguns dos integrantes da alta direção do PTB, entre eles o tenor Roberto Jefferson, estão para ser julgados por sua participação no episódio do Mensalão.

Acordando com a cama úmida.

Roberto Jefferson, o presidente do PTB, cassado no mensalão, atribuindo ao ex-Governador do Rio o incentivo à greve dos policiais fluminenses:

Os policiais cariocas perceberam, em tempo, o que os baianos não viram: quem dorme com Garotinho acorda mijado.

Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão!

O jornalista Paulo Henrique Amorim, notoriamente a soldo do PT, afirma hoje que José Serra pode ir para a cadeia pelos eventuais crimes durante as privatizações do governo FHC. Paulo Henrique só esquece que para entrar na Sala do Tribunal é preciso primeiro retirar o enorme entulho do Mensalão do PT.

Na nossa sincera e cristalina opinião, prevaricou vai pra cadeia. Serra, FHC, Daniel Dantas, José Dirceu, Lula da Silva, Roberto Jefferson. Todos. Tucanos e petistas.

Quem sabe até exumar o cadáver de Celso Daniel, aquele que foi assassinado pelo pessoal do PT por não concordar com a roubalheira. Exumá-lo e levá-lo às barras dos tribunais.

Se não fosse a justiça comprometida e caudatária dos governos, os presídios federais, os únicos que têm vagas, estariam superlotados.

O BBB da Esplanada

Roberto Jefferson, espirituoso como sempre e louco para ver o circo pegar fogo, hoje em seu blog:

Do jeito que a coisa vai, com denúncias surgindo a todo momento contra os mais variados ministros, não demora a presidente Dilma terá que pedir a ajuda da população para decidir quem vai demitir primeiro. Algo como um “BBB da Esplanada”. Vai sentenciar quem será o eliminado da vez, dentre os que estão no paredão. O sistema funcionará na base do “para eliminar o ministro Pedro Novais, aperte 1, para eliminar Mário Negromonte, 2, para eliminar Paulo Bernardo, 3, para eliminar Ideli Salvatti, 4…”. 

Roberto Jefferson: pensando em voz alta.

 Roberto Jefferson, ex-deputado do PTB, pensando em voz alta sobre o escândalo do Mensalão do PT:

“O calor do momento não pode emperrar o raciocínio, característica que nos diferencia dos animais. Pergunto: há assim tantas vantagens em mandar o processo para a 1ª instância, custe o que custar? Talvez alguns estejam sonhando com uma eventual prescrição. Contudo, o caso do mensalão é, sem sombra de dúvidas, a maior e mais importante ação penal que já freqüentou nosso Judiciário e não são poucas as influências externas que atingem o caso. Há a pressão política de nomes como Lula. Há também a pressão, que não deve ser subestimada, da opinião pública e também da opinião publicada. 

Não é à toa que, ao analisar com olhos frios o caso, posso entrever que o destino dado ao Zé Dirceu será a mim estendido. Isso tem muito mais a ver com o que está fora dos autos do que com o que foi juntado nas milhares de páginas do processo. Não digo isso para menosprezar o STF, hoje o tribunal mais corajoso que o Brasil tem. Mas, se até a Corte Máxima do Judiciário pode, mesmo que menos, sucumbir a tantas pressões, o que dizer de um juiz de 1ª instância promovido à celebridade jornalística pela mera distribuição do processo? 

Fico com o STF, que ainda sobrevive como poder autônomo à barafunda em que nossa Democracia foi transformada depois que o Legislativo foi menosprezado e espezinhado pelos planos de poder do petismo.”

Jefferson só não diz em suas divagações  por quanto (R$20 milhões) vendeu o PTB ao PT e porque denunciou a tramóia toda. Não recebeu? Se não recebeu foi a fatura mais cara que o PT deixou impaga, pois, hoje, em juros e correção monetária rende o maior vexame pelo qual o partido passou.

 Em menos de 8 anos, quando o PT for apeado do poder, o dia 14 de maio de 2005 vai ser lembrado como aquele em que a vestal da política brasileira desvestiu o manto e caiu na esbórnia, prostituída pelo que chamou, candidamente, de caixa 2 de campanha.

Roberto Jefferson quer levar José Dirceu junto ao buraco.

‘Eu e Dirceu somos irmãos siameses, o que der para ele no julgamento do mensalão, dá para mim’

Frase do ex-deputado do PTB, Roberto Jefferson, hoje, em seu blog, transcrevendo entrevista que deu ao jornal O Globo. Jefferson sabe que não pode haver a incriminação de uns em benefício de outros. Como Zé Dirceu é a eminência parda da República, sabe que o ex-ministro-chefe da Casa Civil não será condenado. Até porque tem uma metralhadora giratória municiada com as maiores baixezas da petezada.

A grande quadrilha do Mensalão finalmente denunciada.

Dos principais participantes do Mensalão, Gushiken e Silvinho do Land Rover estão fora do processo.

O que o ex-presidente Lula da Silva classificou, cinicamente, como “uma farsa”, o “Mensalão do PT”, maior escândalo da política brasileira desde o impeachment de Fernando Collor de Mello, começou, a partir de ontem, a ser efetivamente julgado, com a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene 37 dos 38 réus envolvidos no episódio.

Para Gurgel, só não existem provas contra o ex-ministro da Comunicação Social, Luiz Gushiken, que deve ser absolvido. O esquema do mensalão foi o principal escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e envolveu autoridades poderosas da época, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a eminência parda da República e sério candidato, na época, a sucessor de Lula.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou a relação do Palácio do Planalto e de ministérios com as bancadas da base aliada e descobriu que o PT coordenava um esquema que usava sobras de doações da campanha de 2002 para fazer repasses sistemáticos aos partidos da base e pagar as dívidas eleitorais.

Foram esses repasses que o denunciante do escândalo, o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), batizou de “mensalão”.

Roberto Jefferson, irritado com as pressões de José Dirceu, tornou-se o principal denunciante do Mensalão, ocupando largo espaço durante a CPI. Orador brilhante, colocou o dedo na chaga do Partido dos Trabalhadores.

Em outro esquema paralelo, o publicitário Marcos Valério mantinha contratos com ministérios e estatais que rendiam propinas para o caixa do PT e dos demais partidos aliados. Um dos contratos mais importantes era com a empresa Visanet, holding de cartões de crédito, onde ele mantinha um acordo especial para desviar dinheiro do cartão do Banco do Brasil-Visa.

As investigações começaram em 2005. Muitos parlamentares recebiam esse dinheiro das propinas sob condição de votar com o governo no Congresso Nacional. Uma ação foi aberta no STF em 2007, após o recebimento pelo tribunal da denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. A expectativa no STF é de que o julgamento do processo comece no fim deste ano ou no início de 2012.

Valdemar diz que não renuncia

Em uma raríssima manifestação pública sobre o processo do mensalão, o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) rechaçou a possibilidade de renunciar ao mandato para retardar a tramitação das ações contra ele e outras 36 pessoas no Supremo.

Há algumas semanas, circularam rumores em Brasília de que ele poderia lançar mão da manobra em 2012 para fazer com que o processo fosse enviado à primeira instância. As ações correm no STF porque ele e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) detêm mandatos parlamentares.

Cunha, no entanto, deve se lançar candidato a prefeito de Osasco no ano que vem, com chances de vitória. Costa Neto seria o único dos 37 restantes no processo com foro privilegiado no Supremo.

Porém, ao menos por ora, ele resiste à ideia, sob o argumento de que já passou uma vergonha pública quando renunciou a outro mandato, em 2005.

“Foi uma vergonha pros meus amigos, pra minha família. Não renuncio nem por reza braba. Podem vir em cima de mim os 39 (sic) que estão sendo processados. Não renuncio por nada desse mundo”, sustentou, há uma semana, à Rádio Metropolitana AM, de Mogi das Cruzes.

Ele confessou ter cometido crime eleitoral, “movimentei no caixa dois da campanha” -, mas disse que será absolvido porque o crime prescreveu. Com informações do Portal IG, editadas por este jornal.

Valdemar está profundamente envolvido também com o escândalo do Ministério dos Transportes, fato que fez com que a presidente Dilma demitisse o Ministro e toda a cúpula do DNIT.

Até esta madrugada, Roberto Jefferson não tinha comentado, em seu inteligentíssimo blog, a denúncia do Procurador Geral da República. Ocupava-se, ontem, de outro escândalo em voga, a troca de comando do suculento Ministério dos Transportes. Como ele atualiza sempre pela manhã, é possível que hoje até o meio-dia ainda tenhamos um delicioso e sarcástico comentário.

 

 

 

Cuidado, Dilma! Temer pode ser o seu Ulysses Guimarães.

O privilegiado Roberto Jefferson avisa, hoje, em blog, que o lamber de feridas entre a Presidente e o PMDB pode resultar em ganhos extraordinários para o maior e mais pragmático partido do País:

-A primeira grande crise política do governo Dilma não serviu de holofote só para Lula. Favoreceu também o vice, Michel Temer, que, na esteira da crise do PMDB com o Planalto (e do malfadado telefonema de Palocci), viu crescer seu capital político. Ele é, hoje, a chave para reaproximá-la do partido, o maior da coalizão governista. Mas o “bombeiro” Temer vai além: trabalha para fazer com que seu partido finalmente desfrute, junto com o PT, do centro das decisões de poder. Dilma que se cuide: Temer ainda poderá se tornar o seu Dr. Ulysses.”

Vitória de Pirro: Governo perde ao adiar indefinidamente votação do Código Florestal.

De Roberto Jefferson, ontem, em seu blog:

“A liderança do governo conseguiu apenas adiar por mais uma semana a confusão em torno da votação do Código Florestal, mas o que obteve mesmo foi uma vitória de Pirro. Primeiro, porque se insistir em tentar regular por decreto o que o pequeno agricultor pode ou não plantar em sua APP, será preciso continuar obstruindo a votação por semanas e semanas. Segundo, porque já há um movimento, liderado pelos próprios aliados, de não votar qualquer outra matéria na Câmara enquanto não for aprovado o Código. Ou seja, medidas urgentes para o Palácio do Planalto, como a MP 521, que entre outras coisas flexibiliza a Lei de Licitações, ficarão na geladeira. O problema para o governo, no caso desta medida, que irá acelerar as obras da Copa, é que a o prazo de validade termina em 1º de junho. Se ficar apostando na procrastinação do Código, o governo vai se complicar.”

Apagão ajudaria Dilma para evitar políticos no segundo escalão?

Diz Roberto Jefferson em seu blog que  há males que vêm para o bem:

Segundo o governo, o blecaute que deixou 47 milhões de pessoas sem energia elétrica no Nordeste na madrugada de ontem provavelmente foi causado por uma pane no software do sistema de proteção de uma subestação. Rápida, Dilma cobrou explicações de vários órgãos e decidiu que vai apressar as mudanças que já vinha fazendo no setor elétrico. Se as denúncias envolvendo o setor já vinham irritando a presidente, imaginem o efeito que o apagão na região em que ela teve mais votos na eleição deve ter provocado. Creio que foi a gota d’água que faltava”.

Dilma vai continuar pressionada pela horda do PMDB. A primeira ação de Dilma deveria ser mandar o Lobão do Apagão para uma aposentadoria indigna. Só o que ele economizaria em tintura para cabelo, já daria para viver muito bem. Parodiando Jefferson, poderíamos afirmar: há malas que vêm por trem. Ou: na vida tudo é passageiro, menos motorista e cobrador.

Fogo amigo no Planalto.

“O futuro governo deverá deixar pelo caminho quantidade explosiva de insatisfeitos e ressentidos por terem sido deixados de fora da arca de Dilma. O fogo amigo já virá em alta temperatura no começo de 2011 (sobretudo porque as eleições municipais já se avizinham), prometendo fazer desbotar rapidamente a foto oficial do primeiro ministério da presidente eleita.”

A afirmação é do presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, “el bruxo”, que abalou os alicerces da República ao denunciar o mensalão instituído por José Dirceu e companhia. Leia mais sobre a repartição do pão e do vinho do Governo Dilma, em análise criteriosa no blog do Jefferson.

Xiitas e sunitas.

Roberto Jefferson, conhecedor como tal do serpentário que se instalou no Palácio do Planalto, em entrevista a Isto é:

Istoé – O presidente Lula diz que pode ajudar a tocar a reforma política. Não seria melhor ele sair de cena?
Roberto Jefferson – Eu penso que o Lula, para ajudar a Dilma, deve assumir a presidência do PT. Ele vai ter de botar freio na turma. Uma coisa é a Dilma. Ela é uma pessoa que pode ser feita de refém muito rapidamente.
Istoé – O PT, então, pode criar problemas para a presidente Dilma?
Roberto Jefferson – Certamente, vai criar. Se não reverterem essas coisas de dossiês, de desconstruírem pessoas, de desconstruírem uns aos outros, ficará complicado. Aquela luta tribal parece uma coisa de xiita, a tribo tal contra a tribo tal.

Dinheiro, amor e loucura.

Diz o respeitado professor e ex-ministro Delfim Netto que só há três maneiras de o ser humano enlouquecer: o amor, a ambição e o estudo sobre a taxa de câmbio. Isto posto, dá para se ter uma ideia da complexidade do tema em discussão no G-20, em Seul (Coreia do Sul), fórum das maiores economias desenvolvidas e emergentes de cooperação e consulta sobre assuntos do sistema financeiro internacional. A expectativa, segundo o “Valor Econômico”, é que o documento a ser assinado ao final do encontro, hoje, não traga medidas concretas, diluindo no tempo as assimetrias do câmbio no mercado global. Do blog do Jefferson. Acesse para ler outras notícias relacionadas.

Chapa puro sangue do PSDB gera reação dos democratas.

O senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) será o vice do correligionário José Serra na chapa presidencial que disputará as eleições deste ano. Fontes do PSDB ouvidas pela Folha já dão como certa a escolha de Dias para a vaga, que, já vinha pressionando a cúpula do partido para ocupar a vice. Por meio do microblog Twitter, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, adiantou a informação: “Falei agora com o Sergio Guerra [presidente nacional do PSDB]. O vice será o Álvaro Dias”, disse. A escolha do senador paranaense vai contra os interesses do DEM, principal aliado do PSDB no plano nacional. Os democratas tentavam evitar uma chapa puro-sangue tucana para emplacar nomes como o deputado José Carlos Aleluia ou Valéria Pires Franco (PA), vice-presidente do partido. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que o seu partido não irá aceitar indicação do PSDB para a vaga de vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB), qualquer que seja ela. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse à Folha que está consultando os partidos da aliança sobre o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Segundo Maia, a única opção que o DEM aceita no PSDB é o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, fora ele, o nome deve sair do DEM. O vice-presidente do Democratas (DEM), deputado Ronaldo Caiado (GO), reagiu com indignação à notícia de que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) seria indicado para a vaga de vice na chapa de José Serra à Presidência da República. Caiado afirmou que defenderá na Executiva do partido a quebra da aliança com o PSDB.

As últimas pesquisas do IBOPE, colocando Dilma Rousseff à frente de Serra, detonaram a ligação de todos os alertas no bunker da campanha tucana. Acabou-se o tempo da campanha “low profile” de Serra. Agora é a vez de decisões cruentas, no longo caminho que se encerrará no dia 3 de outubro.