Dez anos antes de ser presidente, Lula já rezava pela fé de Roberto Marinho.

O momento da euforia entrou, em 21 dias, na fase da negação. Ao menos é o que dá pra sentir entre eleitores mais esclarecidos, que nos meses de campanha e logo após a vitória estrondosa de Jair Bolsonaro enlouqueciam replicando memes, textos e coisinhas graciosas sobre os seus oponentes.

Hoje já não se toca mais no nome e entredentes alguns Minions apenas dizem que a coisa de fato começou mal. Se entende muito pouco do “loqueteio” que está tomando conta do Governo.

Em um dia pela manhã, uma afirmação bombástica; à tarde, uma contestação de um companheiro de governo; à noite o desmentido.

No meu entendimento, Bolsonaro não conseguirá baixar a poeira desta gestão. Pelo contrário, vai virar um presidente honorífico, refém dos militares de alto coturno do Governo.

Eles mandarão em suas respectivas áreas e Bolsonaro, mais comedido na falação, apenas usará a Bic de Tampa Azul para assinar as decisões do povo de farda.

Em 1992, dez anos antes de sua eleição à Presidência, Lula já visitava o poderoso Roberto Marinho. E em 2017 voltou a visitar o filho de mesmo nome. Bolsonaro resolveu brigar com a Globo. E vai chorar lágrimas de sangue por não reconhecer o poder da Mídia no esclarecimento da população.

Ele optou por redes de TV que, somadas, não tem 1/3 da audiência da Globo. E vai pagar pela sua má escolha.

E o massacre recém começou, com as cagadas homéricas do futuro senador da República, Flávio Bolsonaro, que agora deu de chorar em público e cinicamente enxugar as lágrimas com a bandeira nacional.