Vai com fé no Google, Jucá!

Caro leitor: coloca na barra de procura do Google a expressão “com o supremo…”. A primeira sugestão da ferramenta de procura é a seguinte: “com tudo”. 

“Com o Supremo, com tudo” é a expressão usada pelo senador Romero Jucá, ontem denunciado no mesmo STF, para dizer que o golpe de 2016 estava formatado ao diretor da Transpetro, Sérgio Machado. Conclusão essa que ele chegou depois de conversar com “ministros do Supremo”.

Veja abaixo a reprodução do diálogo entre os dois golpistas:

Em determinado momento da gravação, vazada pela Folha de São Paulo, Jucá diz:

– Conversei ontem com uns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de… sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca’.

Em outro trecho, sugere que um acordo nacional, ou pacto, para “delimitar” a Lava Jato com participação do Supremo.

– Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]… É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, sugere Machado.

– Com o Supremo, com tudo, afirma Jucá.

– Com tudo, aí parava tudo, anuncia Machado.

– É delimitava onde está, pronto, afirma o senador peemedebista.

Como aprendi no secundário, que na época se chamava “Científico”, toda revolução, todo golpe de estado é autofágico. Passado algum tempo começa a digerir os seus próprios líderes. A começar pelos mais corruptos.

 

O acordão nacional do golpe segue de vento em popa. A conspiração continua.

Não sei por que cargas d’água cada movimento de Carmem Lúcia, a presidente da Suprema Corte, e do primeiro mandatário da República, em reuniões fora de agenda, lembra sempre aquele frase entreouvida em um diálogo gravado pela Polícia Federal:

-Temos que fazer um pacto, botando o Michel, com o STF, com tudo.

Se Michel Temer é investigado pelo MPF, uma reunião com que vai julgá-lo, pode até ser legal, mas é absolutamente imoral e antiético.

Leia abaixo a reprodução da conversa do então ministro do Planejamento de Dilma Rousseff, senador Romero Jucá, com Sérgio Machado, diretor da Transpetro, empresa do Grupo Petrobras.

De acordo com a reportagem da Folha, Romero Jucá sugeriu na conversa que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Lava Jato. Jucá foi um dos dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o jornal, os diálogos estão em poder da Procuradoria Geral da República (PGR), têm uma hora e 15 minutos de duração e foram gravados em março, semanas antes da votação na Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista, Jucá disse que não tem “nada a temer” e que não deve “nada a ninguém”. Ele disse também que o diálogo reproduzido pelo jornal faz parte de uma conversa extensa e que o que foi divulgado são “frases soltas”. “Não estou dizendo que houve descontextualização de tudo. As frases que estão ali, são frases que. dentro do contexto da economia e da política, eu tenho repetido isso abertamente”, afirmou.

Leia abaixo a íntegra do que o jornal Folha de São Paulo divulgou.

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Romero Jucá, acusado de roubar de creches em Roraima, inocentado por decurso de prazo no STF

Romero Jucá, figurinha carimbada da conspiração que apeou Dilma Rousseff do poder, como se faz até hoje em outras republiquetas de bananas. 

Investigado por suspeita de desviar verbas federais em obras de creches e poços artesianos numa cidade de Roraima, o líder de Michel Temer no Senado livrou-se da punição porque o crime, cometido há 16 anos, prescreveu nos escaninhos do STF.

A própria procuradora-geral da República Raquel Dodge requisitou o arquivamento. Foi atendida pelo ministro-relator Marco Aurélio Mello. A prescrição foi obra coletiva. A Polícia Federal e o Ministério Público forneceram parte da lenha que assou a pizza, no dizer do jornalista Josias de Souza.

O jornalista informa também que, na primeira instância, “onde ardem os larápios sem mandato, o petrolão já resultou na condenação de 133 pessoas. Entre elas réus graúdos como Lula, Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht. O número de veredictos chega a 177, pois alguns encrencados carregam mais de uma sentença. Vários julgamentos já foram confirmados pela segunda instância. Noves fora as multas, as penas somam notáveis 1.753 anos e 7 meses de cadeia.”

Na foto acima, a única diferença entre eles é que alguns devem muito e outros muitos mais que isso. Ou vão todos para a cadeia ou não vai ninguém.

Agora temos que fazer o listão dos impunes, encabeçados por Aécio Neves, o próprio Jucá (que responde a mais de uma dezena de outros inquéritos), José Serra, o primeiro na sucessão presidencial, Rodrigo “botafogo” Maia e os trocentos picaretas do Congresso e nos governos estaduais. E o campeão de todos, o verdadeiro chefe da Organização Criminosa, o “Temos que Manter Isso”, Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Ninguém quer o fim da Lava-Jato, nem da chamada Operação Mãos Limpas de Banânia.

O que ser quer é menos seletividade, menos cores partidárias e maior amplitude das investigações e das condenações.

Filhos do líder do Governo no Senado, Romero Jucá, são alvos de operação da PF

Por Ana Paula Andreolla, TV Globo, Brasília, para o G1

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão e condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento) contra filhos e enteados do líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR).

A assessoria da PF informou que, durante a investigação – batizada de Anel de Giges – foi identificado o desvio de R$ 32 milhões dos cofres públicos por meio do superfaturamento na compra da Fazenda Recreio – propriedade localizada em Boa Vista – e na construção do empreendimento Vila Jardim, projeto financiado com recursos do programa Minha Casa Minha Vida na capital de Roraima.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, há indícios de irregularidades na fiscalização e aprovação do empreendimento por parte de funcionários da Caixa Econômica Federal.

Ao todo, os policiais federais cumprem 17 mandados judiciais: 9 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. As diligências ocorrem em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte.

Segundo a assessoria da PF, os investigadores conduziram coercitivamente os suspeitos para prestarem esclarecimentos sobre as suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a Fazenda Recreio.

Reina absoluta respeitabilidade no cabaré da República

Você, meu caro e douto leitor, seria capaz de ligar esses três fatos? Vamos lá.

Primeiro fato: na calada da noite, fora da agenda, Temer recebe a próxima procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no Palácio Jaburu, lá mesmo onde recebeu o bandidão Joesley Batista. Isso depois de entrar com pedido de suspeição sobre a atuação do atual procurador, Rodrigo Janot.

Segundo fato: o  ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, voltou a negar hoje (10) que tenha promovido “ação de qualquer natureza contra o ministro [do Supremo Tribunal Federal] Edson Fachin”.

Terceiro fato: o ministro Edson Fachin separa os inquéritos de Temer e Rodrigo Rocha Loures, o homem da corridinha com a mala, manda o estafeta para a Justiça Federal do DF e declara que suspende a tramitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.

Se você concluir que afinal a sangria foi estancada, estará entendendo quase tudo. Então, reveja o diálogo entre o senador Romero Jucá, o tricoteiro de quatro agulhas, e o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, nos dias que antecederam o impeachment de Dilma e previa essa desejada tranquilidade no respeitável cabaré da República.

 

Cala a boca, Jucá! Pelo bem da classe política.

juca

Depois de afirmar que a Operação Lava Jato jogou “uma nuvem sombria” sobre a classe política, o senador Romero Jucá, que não é conhecido por sua discrição, saiu-se com esta pérola:

“Todo mundo está citado. Vingança e execução em praça pública não são as melhores formas de se resolver a política.”

Pelo andar da carruagem, Jucá nem precisaria estar dando essas ideias ao povo.

Pelas previsões de Madame Almerinda e levando em conta a falta de vagas nos presídios, em pouco tempo os 12 estádios da Copa de 2014 estarão lotados com a classe política. E não será, certamente, nas arquibancadas. Quando as prisões chegarem aos três poderes, em todos os níveis federativos, teremos mais gente no gramado de que quando da realização de toda a Copa.

As execuções de que Jucá fala, não serão realizadas em praça pública. Mas nas dependências dos estádios, sob as arquibancadas, discretamente.

O que a Oposição queria era mesmo estancar a sangria da Lava Jato

Estão faltando muitos em Curitiba
Estão faltando muitos em Curitiba

Agora tudo começa a se explicar. O jornal Folha de São Paulo estampa hoje matéria jornalística, sob o título “Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato”, em que denuncia uma gravação de conversa entre o atual Ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Na conversa, os dois concordam que o impeachment de Dilma poderia estancar “a sangria” da Lava Jato. Com a conversinha mole de “salvar o País”, o que se vê é um “salve-se quem puder geral”. Aos poucos, conclui-se que a grande conspiração partiu daqueles que paralisaram o País para se escapar da investigação ampla, geral e irrestrita da Lava Jato. Inclusive o candidato que perdeu as eleições nas urnas em 2014, Aécio Neves.

Veja a matéria completa na Folha.

 

Buriti Ford feira

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Barraco leve no Senado: Sarney é contido por Collor para não agredir Demóstenes.

A discussão que quase virou briga aconteceu quando Sarney sugeriu a inversão de pauta de votação sobre a regulamentação da Emenda 29.
Irritado, Demóstenes Torres disse que não permitia que palavras usadas por Sarney na reunião que firmou o acordo fossem utilizadas para justificar a aprovação do requerimento.
– É burlar, de maneira torpe, o entendimento (de colocar a regulamentação da Emenda 29 em votação) – disse Demóstenes.
– Estou cumprindo o regimento – rebateu Sarney, mandando que a palavra “torpe” fosse retirada das notas taquigráficas.
Sarney estava na Mesa e Demóstenes embaixo, no plenário. Visivelmente descontrolado, Sarney desceu da Mesa acompanhado do senador Fernando Collor (PTB-AP) e partiu em direção de Demóstenes.
-Você me deve desculpas! Você me respeite! – esbravejou Sarney para Demóstenes, de dedo em riste e sendo contido por Collor para que não avançasse mais.
Demóstenes ouviu calado.
– Eu ia falar o quê para um homem de 80 anos? Ele sabe que está errado. Mas para voltar a ficar bem com o governo resolveu ajudar no tratoraço da Emenda 29 que ele mesmo colocou em votação semana passada, deixando a base em uma saia justa – disse Demóstenes.

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou para a sessão desta quarta-feira (7) a votação da regulamentação da Emenda Constitucional 29 (PLS 121/2007). O projeto, do ex-senador Tião Viana (PT-AC), assegura recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde vindos da União, dos estados e dos municípios.

Ministério da Agricultura também está LOTEADO por ladrões.

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado levanta indícios de que mais um esquema de desvio de recursos e dilapidação do patrimônio público corroi o Planalto. Desta vez, os escândalos envolvem o Ministério da Agricultura, tendo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, como posto avançado, e o ministro Wagner Rossi, do PMDB, como virtual comandante do esquema.

O esquema de corrupção foi denunciado por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. Jucazinho foi exonerado na semana passada do cargo de diretor financeiro da Conab. A demissão aconteceu depois de VEJA revelar que ele havia autorizado um pagamento de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família e que hoje tem como “sócios” um pedreiro e um vendedor de carros – laranjas dos verdadeiros donos, evidentemente.

CPI das ONGs termina antes de começar.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da CPI das ONGs, minutos após abertura da reunião da comissão, na tarde desta terça-feira (23), encerrou o encontro ao alegar que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), solicitou a suspensão para propor um acordo à oposição.

Segundo o parlamentar, a oposição é minoria e não teria como barrar a operação do governo para rejeitar a ata de convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, convocado a depor sobre o desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para campanhas petistas.

“Conversa fiada não tem acordo nenhum. Íamos derrubar tudo. Quando ele (Heráclito Fortes) viu que estava em minoria acabou com a sessão. O único acordo é acabar com a CPI das ONGs, disparou o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), ao confirmar a manobra da oposição.

Essa história do Bancoop e das ONGs ligadas ao Governo tem potencial para jogar uma grande quantidade de matéria fecal no ventilador. Os deputados e senadores assalariados nunca deixarão o escândalo proliferar.