Caro leitor: coloca na barra de procura do Google a expressão “com o supremo…”. A primeira sugestão da ferramenta de procura é a seguinte: “com tudo”.
“Com o Supremo, com tudo” é a expressão usada pelo senador Romero Jucá, ontem denunciado no mesmo STF, para dizer que o golpe de 2016 estava formatado ao diretor da Transpetro, Sérgio Machado. Conclusão essa que ele chegou depois de conversar com “ministros do Supremo”.
Veja abaixo a reprodução do diálogo entre os dois golpistas:
Em determinado momento da gravação, vazada pela Folha de São Paulo, Jucá diz:
– Conversei ontem com uns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de… sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca’.
Em outro trecho, sugere que um acordo nacional, ou pacto, para “delimitar” a Lava Jato com participação do Supremo.
– Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]… É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, sugere Machado.
– Com o Supremo, com tudo, afirma Jucá.
– Com tudo, aí parava tudo, anuncia Machado.
– É delimitava onde está, pronto, afirma o senador peemedebista.
Como aprendi no secundário, que na época se chamava “Científico”, toda revolução, todo golpe de estado é autofágico. Passado algum tempo começa a digerir os seus próprios líderes. A começar pelos mais corruptos.




A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão e condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento) contra filhos e enteados do líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR).




