Nos tempos de Oziel era assim: recorta buraquinho, assopra o buraquinho, limpa o buraquinho, pinta de preto o buraquinho, mas tampar o buraquinho que é bom ninguém tampava. O problema principal é que os buraquinhos são unidos, começam a se reunir e formam um buracão.
O trecho da rua Paraíba, que começa na rua São Francisco e um pouco mais acima margeia a Cidade Universitária é um exemplo acabado do legado do prefeito Oziel de Oliveira, em Luís Eduardo Magalhães. Depois de 4 anos fazendo remendos no trecho, a rua agora é um pandemônio de buracos.
Exige pronta resposta da Secretaria de Infraestrutura e não é apenas com montinhos de asfalto sobre os buracos. Principal via de acesso dos moradores do Norte da Cidade ao comércio da rua São Francisco, a Paraíba virou um inferno de buracos, água e lama.
Ontem à noite aconteceu um acidente de trânsito envolvendo dois veículos no centro de Luís Eduardo Magalhães. A colisão aconteceu no cruzamento da Rua Paraíba com a Avenida JK envolvendo um VW Gol e uma BMW. Segundo informações o VW gol seguia pela Rua Paraíba e foi surpreendido pela BMW que trafegava pela Avenida JK. Uma equipe da SUTRANS esteve no local, a Polícia Militar registrou o acidente. Uma equipe do SAMU 192 foi acionada e socorreu duas mulheres que estavam na BMW, elas tiveram pequenas escoriações.
Os eduardenses tem um mau hábito no trânsito: por acreditarem que o fato de estar numa via preferencial lhes dá plenos poderes, aceleram e não imaginam que alguém possa avançar na transversal. Ainda falta sinalização em algumas partes da JK, que obviamente é a preferencial. Como é tradição na cidade que as vias norte-sul são as preferenciais – a Paraíba é uma delas – o povo ainda vai amassar muitos as suas latinhas antes de aprender.
Um motociclista colidiu com um Astra na Rua Paraíba, quando o carro tentava estacionar. Apesar dos danos na moto e alguns arranhões, o motociclista estava indignado. Não devia: escapar com vida de uma colisão forte e bem em frente ao Pronto Socorro Gileno de Sá são dois lances de sorte.
Os pilotos de motocicleta adoram andar rápido e algumas vezes ultrapassam pela direita. Foi o que aconteceu. O motorista do Astra abriu um pouco a trajetória para estacionar (não se sabe se estava com o pisca ligado) e de repente lá estava o motociclista, em baixo do carro.
Alguns corajosos resolveram atravessar o rio. Alguns ficaram pelo caminho.
As volumosas chuvas que caíram hoje à tarde, sábado, em Luís Eduardo Magalhães formaram um novo rio na cidade, com interrupção do tráfego de veículos na avenida Paraíba e muitas casas inundadas. O canal das proximidades do posto Ale e da Escola Municipal Ottomar Schwenber não resistiu ao grande volume de águas e acabou espraiando-se nas ruas e casas da região.
O vereador Ondumar Marabá, presente no local, afirmou que “apesar disto ser um problema antigo, precisamos tomar uma providência, desapropriando casas e alargando o canal e quem sabe criando um parque de lazer nas margens do canal”.
Jair Francisco, empresário e líder do setor, tem uma posição mais ampla: “Precisamos fazer um projeto global de águas pluviais para Luís Eduardo, com levantamento altimétrico. Se o nível de asfaltamento da cidade for aumentando, o problema vai aumentar. O Prefeito precisa elaborar um projeto de escoamento das águas e submeter esse projeto à sociedade, em audiência pública”.
O prefeito Humberto Santa Cruz, que se deslocava de um dia de campo ocorrido no Município, afirmou que já nesta segunda-feira vai deslocar máquinas da prefeitura para desobstruir o canal e fazer obras emergenciais. Disse ainda que determinará o início de um amplo projeto de viabilidade técnica para a elaboração de soluções plenas para o problema.
O vereador Ondumar Marabá vai pedir providências na tribuna da Câmara.
Este mototaxista foi valente, mas ficou pelo meio do caminho e deixou o passageiro a pé.
A bicicleta às vezes é o melhor veículo. Este passou sob os aplausos do grande número de pedestres que esperava o nível da água baixar.
Humberto estava num dia de campo quando soube do ocorrido. Afirmou que vai interromper o feriadão do pessoal da Secretaria de Infraestrutura para fazer obras emergenciais no canal.