Estatística da AIBA mostra redução de 10% na safra da soja

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A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) consolidou, no dia 25 de maio, os dados do 3ORelatório da Safra 2011/12, após reunião do Conselho Técnico da entidade e instituições diversas.

As áreas de exploração agrícola mais recentes, localizadas na região de transição entre a caatinga e o cerrado da Bahia, são as que estão sofrendo mais severamente os efeitos da maior estiagem dos últimos 30 anos no estado, naquela região. Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi são alguns dos municípios mais atingidos.

Nas áreas novas, as médias das perdas chegam até 80% na produção da soja. A oleaginosa é geralmente a primeira cultura introduzida nas áreas recém abertas de cerrado, e, por isso, reflete em maior grau o problema.

O algodão também sofre as consequências da seca, mas as perdas estimadas, até então, são de 10%. Já o milho, dentre as três principais commodities produzidas na região, foi a que menos sentiu os efeitos da estiagem, pois a maior parte das lavouras de milho conseguiu fechar o ciclo produtivo antes do agravamento da situação, observado especialmente em algumas microrregiões. A produtividade média para o milho está estimada em 155 sacas por hectare, 3% acima da expectativa dos 1º e 2º Levantamentos da Safra 2011/12, porém 5% abaixo do que foi registrado no período 2010/11.

“Com todo o problema climático, algo que não se via desde a safra 2001/ 2002, ainda teremos um bom resultado geral na região, com soja perdendo em produtividade 14%, o milho, 5% e o algodão 10%. E é preciso que se diga que estes números são comparados à safra anterior, que foi recorde de produtividade nas três culturas. Isso é uma demonstração de que a aplicação de alta tecnologia na agricultura é um grande mitigador de risco climático”, diz o presidente da Aiba, Walter Horita.

Para o diretor do Conselho Técnico da Aiba, Antônio Grespan, pode-se concluir que, nesta safra, o produtor que fez rotação de cultura foi recompensado. “Em que pese o maior risco climático que a cultura do milho apresenta, quando a estiagem iniciou, as lavouras estavam com seu potencial de produção consolidado. A diversificação na matriz produtiva deu mais uma prova de sua eficácia. O produtor precisa ter opções para estabilizar suas receitas, tanto diante de frustrações climáticas, como das  flutuações do preços das commodities. A rotação contribui tanto para a sustentabilidade ambiental, como para a econômica”, analisa Grespan.

Participaram da reunião de validação dos dados do Conselho Técnico da Aiba,  a Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa),Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB), Associação dos Produtores de Soja da Bahia (Aprosoja-BA), Associação dos Produtores de Sementes da Bahia (Aprosem-BA), Banco do Brasil, HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães. Continue Lendo “Estatística da AIBA mostra redução de 10% na safra da soja”