CONAB diz que safra 2012/2013 é maior ainda.

A safra nacional de grãos do período 2012/2013 chega, no décimo primeiro levantamento, ao recorde de produção de 186,15 milhões de toneladas. O aumento foi de 12,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, quando chegou a 166,20 milhões de toneladas. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que atualizou os números nesta quinta-feira (8).
        O aumento se deve, sobretudo, às culturas de soja e milho segunda safra, que apresentam crescimento nas áreas cultivadas de 10,7 e 17,6%, respectivamente. Quanto à produção, a soja teve aumento expressivo, com incremento de 22,7%, passando de 66,38 para 81,46 milhões de toneladas. Já o milho 2ª safra teve um crescimento de 15,4% e produção estimada em 45,14 milhões de toneladas.
        O total da área cultivada chega a 53,27 milhões de hectares. O destaque é da cultura de soja, que ocupa o maior espaço com 27,72 milhões de hectares, 10,7% maior que o do último período. O milho 2ª safra teve também bom desempenho, com 8,96 milhões de hectares e crescimento de 17,6%. Mais culturas como a do amendoim, da cevada e da aveia tiveram leves aumentos em relação à área.
        As informações para atualizar os dados de produção, área e comportamento climático foram obtidas no período de 22 a 26 de julho, com  os técnicos da Conab visitando as áreas de maior produção dos principais estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste. (Raimundo Estevam/Conab)

Levantamento IBGE

A projeção para a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2013 subiu 1,2% em julho em relação a junho, conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa da sétima estimativa do ano é de que a safra cresça 16,1%, atingindo 187,9 milhões de toneladas. Se for confirmada, a expansão é a maior desde 2003, quando a variação registrada sobre 2002 foi de 27,2%. Em números absolutos, o crescimento esperado é 26,03 milhões de toneladas, próximo ao de 2003, que foi 26,4 milhões de toneladas.

A área colhida estimada para 2013 é 52,8 milhões de hectares, a maior da série histórica iniciada em 1975. O número supera o do ano anterior – 48,8 milhões de hectares, em 8,2%. A projeção de julho para a área colhida também é maior que a de junho, que esperava área 195.451 hectares menor (0,4%).

O arroz, a soja e o milho – as três principais culturas, correspondem a 92,1% da produção e a 85,9% da área colhida. A produção de arroz esperada é 2,9% maior, enquanto a de milho deve subir 12,2% e a de soja, 23,7%.

A soja deve ter aumento de 11,2% na área colhida; o milho, de 7,2% e o arroz, queda de 0,6%.

????????????

arquiteco alterado banner

Ministro já comemora safra de 2013 como a maior do País.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, anunciou hoje (8) que a produção de grãos da safra 2011/2012 deve chegar ao número recorde de 165,92 milhões de toneladas com uma área plantada de 50,81 milhões de hectares.  A projeção do total de toneladas colhidas é 1,9% maior em comparação ao obtido no período 2010/2011. O destaque para a produção de milho com aumento de 71,7% em relação à última safra.

Ribeiro comemorou a “maior safra da história do país” e disse que o resultado pode levar a uma revisão da projeção de 170 milhões de toneladas previstas no Plano Safra 2012/2013. “Talvez venhamos a atingir os 170 milhões de toneladas ainda este ano”, disse.

“Esta é uma notícia que fortalece ainda mais o produtor brasileiro e mostra que o Brasil está cada vez mais caminhando para uma política agrícola com resultados objetivos para a produção”, disse Mendes Ribeiro após reunião com a presidenta Dilma Rousseff sobre os resultados da safra.

A safra de grãos seria ainda maior, segundo Mendes, caso a produção não tivesse sofrido prejuízos por causa da seca nas regiões Nordeste e Sul. A safra nordestina, por exemplo, caiu 22 % em relação à passada. Na avaliação do ministro, o recorde de produção contribuirá para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. “O Brasil é um país agrícola que tem na agricultura uma mola para o crescimento.”

Para a cana-de-açúcar, a previsão é aumentar em 6,5% a produção, passando de 560,36 milhões de toneladas na safra passada para 596,63 milhões de toneladas na safra da temporada, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o 2º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2012/2013, deve crescer também a área de corte destinada ao produto, passando de 8,35 milhões de hectares para 8,52 milhões de hectares.

O aumento esperado para a produção de açúcar é de 8,41%, passando de 35,97 milhões de toneladas para 38,99 milhões. Já a produção total de etanol deverá crescer 3,21%, alta de 22,76 bilhões de litros para 23,49 bilhões. O álcool anidro (usado na composição da gasolina) deverá registrar aumento de 6,85%, e o etanol hidratado (usado em veículos bicombustíveis) tem uma estimativa de crescimento de 0,98%.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas estimativas para a safra nacional de grãos. Em 2012, deve atingir 163,3 milhões de toneladas, 2% superior à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 1,6% maior do que a estimativa de junho. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do instituto é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas.

Matopiba tem 80% dos insumos agrícolas contratados

O diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, afirmou, durante o 9º Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, que começou nesta terça-feira (7/8), em São Paulo, que os setores de defensivos agrícolas e fertilizantes estão obtendo um bom resultado este ano. 
As vendas tiveram um salto em 2012 e para a região do Matopiba (Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia), que tem o foco no plantio de soja, os fornecedores “já estão pensando em 2013”. “Ainda não temos estatísticas precisas, mas não estaria errado em dizer que 80% dos defensivos foram comprados por essa região”, acrescentou. “A antecipação no primeiro semestre foi de 20% em relação ao ano passado”, comentou ele.