Safra de grãos pode ultrapassar 200 milhões de toneladas em 2015

A intenção de plantio para a safra 2014/2015 deve ficar entre 194 e 201,6 milhões de toneladas, com uma variação de menos 0,7 a um aumento de 3,2%. O resultado representa um intervalo de menos 1,46 a um aumento de 6,17 milhões de toneladas frente às 195,4 milhões de toneladas da última safra. Os números são do primeiro levantamento de grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (09).
O resultado se deve à cultura da soja que apresenta um crescimento na produção, mesmo considerando o quadro internacional de superoferta de grãos que reduz a expectativa de preços. O crescimento da oleaginosa deve variar de 3,2 a 7,3% ou o equivalente a 2,71 a 6,28 milhões de toneladas.
Neste primeiro levantamento, as lavouras estão em fase inicial de plantio. Poderá ocorrer, no entanto, alterações na produtividade ao longo da evolução das culturas, devido a efeitos das condições climáticas e fitossanitárias.
Área – A estimativa para plantio deve variar entre 56,23 a 58,34 milhões de hectares, com um intervalo de menos 1,2 a um aumento de 2,5% em relação à safra 2013/14 que totalizou 56,94 milhões de hectares. A variação se deve também à soja que pode crescer de 1,4 a 5,5%, o que equivale a 426,8 e 1.663,6 mil hectares.
A Conab fez a pesquisa de campo do dia 21 a 27 de setembro, levantando informações para a pesquisa em parceria com agrônomos, técnicos do IBGE, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados) e agentes financeiros e revendedores de insumos.(Assessoria de Imprensa da Conab)

 

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Produtores de Goiás têm dificuldades para fechar as contas da safra de verão

??????????????????????Do Mercado e Cia, no Canal Rural

Os produtores de grãos de Goiás estão sofrendo com a falta de espaço para armazenagem do milho e a baixa comercialização antecipada da segunda safra.

– A colheita de milho está trazendo prejuízo, os preços cederam drasticamente – relata o presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia.
A faixa de preço está em torno de R$ 15 na região, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50. Segundo Chavaglia o governo não fez nenhuma intervenção ainda, nem sinalizou que vai fazer.
– Fala-se que tem caixa, mas o produtor tem compromissos a ser cumpridos e achou que pelo menos o preço mínimo seria garantido – diz.

Segundo ele, a Federação de Agricultura de Goiás já pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, para subsídio da produção. A falta de espaço para estocagem intensifica o problema, ao mesmo tempo e que o produtor precisa fazer suas trocas agora, para começar o planejamento para a safra de verão.

Chavaglia afiram que 75% dos produtores já adquiriram seus insumos, mas que os pagamentos podem ser atrasados, pelo dificuldade de achar comprador para o milho.

– Você não acha comprador de volume, os produtores estão colocando o milho em silo bolsa na fazenda e não sabem quando vão comercializar.

A situação está retardando a aquisição de produtos pelos demais produtores, que devem enfrentar um custo muito mais alto do que se previa.

– E a tendência é de preços muito mais baixos para soja, com margem negativa – alerta.

Soja

A comercialização do que restou da safra de soja está lenta e os preços não estão bons. O produtor achou que as cotações iriam se sustentar e os valores reduziram. Segundo o presidente da Comigo, as perdas já acumulam diferença negativa de R$ 5 a R$ 6 por saca.

Chavaglia aposta na liquidação dos 15% a 20% que restam até o final do ano.

– Alguns acham que vai sustentar esse preço, melhorar no fim do ano; outros não. Mas o restante não é muito significativo.

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