Conab estima produção de 8,2 milhões de t de grãos no estado.

Dados do 12° Levantamento da Safra de Grãos 2018/2019, divulgados nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam que a Bahia deve colher 8,2 milhões de toneladas de grãos, cultivados em um total 3,1 milhões de hectares.

Embora o estudo aponte um aumento de 2% na área cultivada, a produção baiana mostrou uma redução de 15,5% em relação à safra anterior. Um dos principais fatores, segundo a pesquisa, seria os impactos do veranico ocorrido nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que afetou as principais regiões produtoras do estado.

O bom desempenho ficou por conta da pluma de algodão, que cresceu 19,9% e passou de uma produção de 498,4 mil toneladas na safra anterior para 597,6 mil toneladas na safra atual. Estima-se também que o feijão comum cores cultivado no nordeste baiano tenha um crescimento de 150%, passando de 42 mil toneladas para 108 mil toneladas. A colheita do feijão se estenderá até o mês outubro. As lavouras de milho 1ª safra, soja e o sorgo reduziram a produção e juntas totalizam queda de 1,8 milhão de toneladas em relação à safra passada.

Com um crescimento de 6,4% na produção nacional, o Brasil deverá colher 242,1 milhões de toneladas de grãos. Além de ultrapassar os 227,7 milhões da safra anterior (2017/18), os dados confirmam a safra 2018/19 como recorde da série histórica.

Confira o boletim completo.

Safra 2018-2019: Conab aponta produção recorde de 242,1 milhões de t

Com um crescimento de 6,4% na produção, este ano o país deverá colher 242,1 milhões de toneladas de grãos.

Além de ultrapassar os 227,7 milhões da safra anterior (2017/18), os dados confirmam a safra 2018/19 como recorde da série histórica.

O crescimento deve-se à maior produção nas culturas de algodão e milho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso do algodão, a pesquisa realizada pela estatal revelou um crescimento de 35,9% na produção, com volume estimado de 4,1 milhões de toneladas do caroço e 2,7 milhões de t do algodão em pluma.

Entre os motivos estão a taxa de câmbio, a evolução dos preços e outros fatores, que levaram os produtores a expandir a área plantada, principalmente nos estados da Bahia e Mato Grosso.

Com isso, a previsão de exportação da pluma também deverá superar a do ano passado em mais de 50%, alcançando pela primeira vez a marca de 1,5 milhão de toneladas.

Já com relação ao milho, a safra total chega a quase 100 milhões de toneladas. Houve aumento na segunda safra, com crescimento de 36,9% e previsão de produção recorde de 73,8 milhões de t, e queda na primeira safra, com 26,2 milhões de t, 2,3% menor que a anterior.

No quadro de oferta e demanda da Conab, o produto mostra ainda uma expectativa de exportação recorde, de quase 35 milhões de toneladas.

O feijão apresentou bons resultados apenas na segunda e terceira safras, com aumento de 6,3% e 21,2% respectivamente. Mas não foi suficiente para garantir aumento no número total, que fechou 3% abaixo do ano anterior, com cerca de 3 milhões de toneladas nas três safras.

Já no caso do arroz, a produção de 10,4 milhões de toneladas é 13,4% menor que a obtida em 2017/18, devido à redução de área e produtividade ocorridas nos principais estados produtores.

A soja também sofreu redução de 3,6% na produção, atingindo 115 milhões de t. Houve, contudo, o crescimento na área de plantio em 2,1%.

Com o fim da colheita próximo (restam apenas algumas áreas na Região Norte e Nordeste), e mesmo com o decréscimo no percentual, esta consolida-se como a segunda maior produção de soja na série histórica da Conab.

Safra de inverno 2019

A produção de trigo está estimada em 5,4 milhões de t, com uma área de 2 milhões de hectares, 0,2% maior que em 2018. As demais culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) apresentam um leve aumento na área cultivada, passando de 546,5 mil ha na safra passada, para 564,8 mil ha.

Confira aqui o estudo.

As perdas na lavoura podem chegar a R$27 bilhões só na soja

A redução da safra estimada de soja no País, de 20% dos 115 milhões de toneladas esperados no início do plantio, pode significar uma perda de R$27 bilhões a nível de produtor, sem considerar o valor agregado com a transformação do produto e fretes de exportação e de distribuição no mercado interno.

A estimativa especula sobre um deficit de 383 milhões de sacas, estimadas em R$70,00 na boca da colhedeira. Já tivemos anos piores, com perdas de até 60% nos estados do Sul e no Oeste da Bahia, só para dar mais exemplos.

Mas agora a perspectiva de frustração é genérica, atinge todo os estados produtores do País.

Também parece óbvio que a frustração da soja permite uma leitura semelhante da safra de milho, de feijão e de outros grãos, bem como de frutas e da pluma de algodão.

Com a redução da safra, frustam-se também a indústria de insumos e de manufatura de máquinas e implementos.

Com a economia andando aos trancos, a perspectivas de 2019 não são melhores do que aquelas de quando se iniciou o ano de 2018.