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Conab mostra que produção de soja e área de milho levam à supersafra de grãos.
A Safra de Grãos 2020/21 ganhou, no 6º levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um crescimento total na produção de 6 %, para um volume estimado de 272,3 milhões de toneladas ou 15,4 milhões de toneladas superior ao obtido em 2019/20.
Já em relação à estimativa realizada no mês passado, houve um aumento de 4 milhões de toneladas, graças principalmente ao crescimento de 6,7% na área de plantio do milho segunda safra. A pesquisa de campo foi realizada na última semana de fevereiro.
A previsão para o cereal é de uma produção total recorde, com a possibilidade de superar em 5,4% a safra 2019/20 e atingir mais de 108 milhões de toneladas. O volume histórico deve-se à participação assim distribuída: 23,5 milhões de toneladas na primeira safra, 82,8 milhões na segunda e 1,8 milhão na terceira safra.
No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, há possibilidade de crescer 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.
O feijão também marca presença evolutiva e crescimento estimado de 1,6% na produção das três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira está em fase final de colheita, já a segunda, em fase final de plantio. A terceira começa o plantio a partir da segunda quinzena de abril.
Já para o arroz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 11 milhões de toneladas. Pouco mais de 10 milhões de toneladas são colhidas em cultivo irrigado e 900 mil em sequeiro. O algodão segue na mesma linha, com redução de 14,5% na área cultivada e produção de 6,16 milhões de toneladas de algodão caroço, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas de pluma. Para o amendoim, em melhor situação, o crescimento é de 2,7% na área total e produção estimada em 575 mil toneladas, 3,1% acima da obtida em 2019/20.
Área total
A área de plantio apresenta um aumento de 3,6% sobre a da safra anterior, estimada atualmente em 68,3 milhões de hectares. Após a colheita, principalmente da soja e do milho primeira safra, são plantadas as lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno em sucessão, que totalizam cerca de 20 milhões de hectares.
Mercado de Grãos e Fibras
Algodão em pluma continua com um cenário positivo no mercado internacional. Com isso, as exportações no acumulado de janeiro a fevereiro aumentaram 6,4% em relação ao último ano.
No caso do milho, os embarques continuam lentos, com previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, praticamente igual ao que foi observado para a safra 2019/2020.
Para a soja, estima-se a venda de 86,1 milhões de toneladas, com aumento de 3,7% em relação ao último ano. Caso se confirme, será um recorde da série histórica.
Já para o arroz, as exportações em fevereiro estão em ritmo menor, comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, houve queda de 56% no volume exportado, ocasionada pelo menor nível de estoques em dezembro e baixa disponibilidade do produto no início deste ano.
Milho e Soja: mundo em alerta para colheitas e estoques de passagem.

O mundo todo está de olho no plantio norte-americano, sob a perspectiva mundial de prosseguimento da pandemia nos dois principais produtores de grãos, Brasil e Estados Unidos.
O milho, cuja intenção de plantio nos EUA deve somar 95,2 milhões de acres (37,4 milhões de hectares), 1,9 milhão a menos do previsto inicialmente pelo USDA é maior a questão.
Se os EUA saírem logo da pandemia, o consumo de etanol de milho aumenta, tendo em vista que mais de 100 milhões de toneladas do produto são gastos todo ano com o combustível.
No Brasil, as cotações do milho caem lentamente, em função das colheitas da 2ª safra no Centro Oeste.
Na soja, a antecipação das vendas e da compra de insumos criou uma situação favorável, com custos da lavoura em torno de 27 sacas/equivalentes por hectare.
Para um novo cultivo em condições favoráveis na safra 2020/2021, isso significa que o agricultor terá a margem de cerca de 33 sacas para enfrentar os custos de investimento, aporte de novas tecnologias e assistência técnica e uma margem substancial de lucratividade para enfrentar o passivo de débitos.
Com informações do Canal Rural e Globo Rural.




