R$674,96. O fantástico salário mínimo de 2013

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) entregou, nesta segunda-feira, a versão final do relatório do Orçamento de 2013, com salário mínimo de R$ 674,96 para o ano que vem. A proposta original do governo era de aumento do mínimo de R$ 622 para R$ 670,95, mas o cálculo da inflação foi reajustado e o mínimo deve acompanhar.

A votação do Orçamento de 2013 no plenário do Congresso está marcada para esta quarta-feira. Nos últimos anos, houve dificuldade para aprovar o Orçamento, mas o texto sempre acabou sendo aprovado antes do recesso parlamentar. Se o Orçamento não for votado, o Congresso não pode entrar em recesso, no dia 22 de dezembro.

De acordo com Jucá, cálculo da inflação em 2012 foi reajustado e, por isso, houve o pequeno aumento no valor do mínimo. O reajuste representará um gasto adicional de R$ 1,360 bilhão, segundo o relator. “Cumprimos a lei, com o reajuste da previsão da inflação. Por isso esse aumento do mínimo”, afirmou Jucá. Leia mais no G1.

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Salário mínimo aumenta R$48,00 no próximo ano

O Ministério do Planejamento fixou em R$ 670,95 o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2013. Essa é a proposta que o governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado nesta quinta-feira (30) ao Congresso Nacional.

O novo valor é 7,9% maior que os R$ 622 pagos atualmente. O novo valor do mínimo passa a ser pago a partir de fevereiro, referente ao mês de janeiro. O reajuste inclui a variação de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 mais 5% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no ano.

A previsão do governo é a de que cada R$ 1 de avanço no mínimo gere despesas de R$ 308 milhões ao governo. Com isso, o aumento de R$ 48 concedidocausará impacto de cerca de R$ 15,1 bilhões aos cofres públicos.

Senado deverá votar projeto do mínimo até a madrugada.

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A base governista está confiante em relação à aprovação, sem emendas, do projeto do Governo sobre o percentual de aumento do salário mínimo. “Da base de 62 senadores, vamos ter a garantia mínima de 54 votos”, calcula o líder do PT e do bloco de apoio ao governo (PR, PDT, PSB, PCdoB e PRB), senador Humberto Costa (PE). Já o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), está resignado com o resultado. “Certamente seremos derrotados”, admitiu o tucano, que apresentou duas emendas, uma para salário de R$ 600 e outra que veta a fixação do valor por decreto.

Outras duas emendas foram apresentadas pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP): salário de R$ 700 e reajuste escalonado de 100% até 2015. Rodrigues explica que conseguiu chegar ao valor, com base em cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). A instituição considera que o “salário mínimo necessário”, em dezembro de 2010, seria de R$ 2.227,53.

Caso alguma das quatro emendas – duas do PSDB e duas do PSOL – seja aprovada hoje, a proposta terá de passar novamente por votação na Câmara, o que frustaria  expectativa do Executivo de que os salários de R$ 545 fossem pagos a partir da próxima semana. “A presidenta quer quer o novo mínimo entre em vigor no dia 1º de março, portanto, já pagando o reajuste no mês que vem”, afirma o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).

A votação das quatro emendas e a votação simbólica do projeto deve entrar na madrugada. Com informações do site Brasília Confidencial.

Perto da meia-noite, a votação encerrou-se, com votação maciça no projeto governamental, como era esperado. Agora, deputados da oposição entrarão com recurso no Supremo Tribunal Federal sobre a aprovação da correção automática do salário mínimo até 2015 através de decreto presidencial.

Governo passa mínimo de R$ 545,00. Oziel vota contra R$ 560,00.

O Governo Federal conseguiu passar por uma larga margem, na noite de hoje, 16, o salário mínimo de R$ 545,00, contra a emenda do DEM que previa R$ 560,00. A emenda do PSDB de R$ 600,00 foi derrotada por uma margem ainda maior.

Oziel Oliveira (PDT-BA) também votou contra a emenda do DEM. Mas segundo informações do site Política Livre votou a favor da emenda de R$ 600,00, que dificilmente passaria. Ou votou enganado, como fez o seu vizinho de gabinete, o deputado Tiririca. Veja no site do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) quem votou contra e a favor da emenda do Democratas.

Hoje o serpentário vai estar lotado.

Sabe o quê aquelas 513 pessoas estarão discutindo hoje no serpentário da Esplanada dos Ministérios? Se o caro leitor vai ter ou não direito a mais 15 reais por mês, o que em termos mais terrenos lhe dá direito a mais 5 kilos de arroz e um kilo de feijão. Por mês. Eles, no entanto, ganham o equivalente a 7.500 kgs de arroz e 2.300 kilos de feijão, fora mordomias que equivalem a 73 toneladas de arroz. Pode? Poder não pode, mas como são eles quem decide, a gente vai levando.

A desigualdade social no País reside menos na falta de vergonha dos políticos do que na nossa falta de ânimo.

Não fizeram uma campanha de milhões de assinaturas para conseguir que só políticos fichas-limpa fossem candidatos? Pois que façamos agora uma campanha para a redução de 90% dos seus salários e ajudas de custo. Com 10 mil reais por mês estariam muito bem pagos.

Garanto que a cara do Congresso Nacional muda em 48 horas.

Mínimo brasileiro só ganha da Bolívia, Peru e Uruguai na América do Sul

Mesmo com as conquistas recentes dos últimos anos – um aumento real de 53,4% desde 2003, primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, o mínimo de R$ 510 que passa a vigorar no dia 1º de janeiro ainda deixa o país à frente apenas de Peru, Uruguai e Bolívia no valor do benefício calculado em dólares. Tomando como base o critério da Paridade do Poder de Compra (PPC) – que leva em conta os diferentes preços de produtos em países diversos -, o Brasil terá um mínimo equivalente a US$ 376, com uma taxa cambial média de R$ 1,72.

Esse valor é quase igual ao mínimo da Venezuela (US$ 377) e fica atrás dos benefícios concedidos pelo Paraguai, Colômbia, Chile e Equador. E ainda é 80% menor que o mínimo da Argentina (US$ 676), que possui o salário mais alto da região. Quando se compara com as nações desenvolvidas, o quadro é ainda pior. Frente aos EUA (US$ 1.207), por exemplo, o mínimo brasileiro atinge apenas um terço do valor do americano.

Comparado aos europeus, o Brasil só fica à frente de nações que até poucos anos atrás faziam parte do bloco socialista, como Letônia, Lituânia e Bulgária. O salário brasileiro ainda é metade do português (US$ 751) e cinco vezes menor que o francês, de US$ 1.889. Frente ao líder do continente, Luxemburgo (US$ 2.348), o valor do benefício nacional representa apenas um sexto.

Para o coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre, os ganhos mais recentes ainda não compensaram a perda do poder de compra do salário mínimo nas últimas décadas. Segundo ele, caso seja mantido um crescimento anual de 5% da economia, ainda seriam precisos mais de quinze anos para que o país voltasse ao pico histórico de valor real do benefício, ou seja, o equivalente a R$ 1.589 atingido em janeiro de 1959. Com informações do jornal Brasil Econômico.