O ódio germina melhor no terreno da ignorância. Um caso emblemático.

O MBL – o tal de Movimento Brasil Livre –  conseguiu fechar a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, de arte contemporânea, apresentada pelo Santander Cultural em Porto Alegre.

Sabe-se que o MBL está fazendo vários ataques à arte e à cultura em diversas cidades do país.

Tomando por realidade o que é simbólico, acusaram as pinturas da exposição de promoverem a pedofilia e de atacarem o catolicismo. Então, em reaçāo, passaram a frequentar a exposição Queermuseum, hostilizando os visitantes que apenas desejam ver e refletir sobre os objetos e pinturas expostos.

Desta forma exerciam censura à exposição e aos visitantes. A direção do Santander curvou-se às pressões e acaba de suspender a mostra. Vence assim a ignorância daqueles não conseguem discernir arte de crença, sarcasmo de realidade.

Do portal Sul21.

Abaixo, a triste nota da instituição:

NOTA DO SANTANDER CULTURAL SOBRE A EXPOSIÇÃO QUEERMUSEU

Nos últimos dias, recebemos diversas manifestações críticas sobre a exposição Queermuseu – Cartografias da diferença na Arte Brasileira, inaugurada em agosto no Santander Cultural. Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra.

O objetivo do Santander Cultural é incentivar as artes e promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia. Nosso papel, como um espaço cultural, é dar luz ao trabalho de curadores e artistas brasileiros para gerar reflexão. Sempre fazemos isso sem interferir no conteúdo para preservar a independência dos autores, e essa tem sido a maneira mais eficaz de levar ao público um trabalho inovador e de qualidade.

Desta vez, no entanto, ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é elevar a condição humana.

O Santander Cultural não chancela um tipo de arte, mas sim a arte na sua pluralidade, alicerçada no profundo respeito que temos por cada indivíduo. Por essa razão, decidimos encerrar a mostra neste domingo, 10/09. Garantimos, no entanto, que seguimos comprometidos com a promoção do debate sobre diversidade e outros grandes temas contemporâneos.

Dilma diz que especulação do Santander exige atitude prudente

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A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje (28) no Palácio da Alvorada quatro jornalistas para a sabatina Folha/UOL/Jovem Pan. Kennedy Alencar, Josias de Souza, Ricardo Baltazar e José Maria Trindade sabatinaram a Presidenta.

Dilma acabou de criticar o pessimismo que reina sobre o Brasil com relação à economia. Comparou-o ao pessimismo com relação à Copa do Mundo e que, ao final das contas, não se confirmou.

Os jornalistas perguntaram sobre a carta enviada pelo Santander para os correntistas mais abastados. Dilma evitou comentar sobre o conteúdo da carta em si. Apenas falou que vários segmentos da economia têm como característica especular durante processos eleitorais, e nunca se dão bem. “É muito perigoso especular em situações eleitorais, já tivemos experiências em 2002, e não foram bem sucedidas. E é inadmissível para a sétima economia aceitar qualquer nível de interferência de instituições internacionais no processo eleitoral brasileiro.”

Perguntada sobre se iria processar o banco Santander, Dilma respondeu: “Eu converso primeiro, mas vou ter uma atitude bastante clara em relação ao Santander. Não especulo sobre ações, sou presidenta, tenho que ter uma atitude mais prudente” com relação ao Banco Santander. Dilma comentou ainda que ela recebeu um pedido de desculpas do banco e que este foi “bastante protocolar”.

Dilma também informou que, dos 20 países mais ricos do mundo, apenas 6 fizeram superávit primário no cenário de crise mundial. Um deles é o Brasil, outro é a Arábia Saudita. Ela lembrou que nenhum país se recuperou da crise internacional e citou o índice de desemprego do Brasil, que atingiu a marca mais baixa da série histórica.