Estiagem de fevereiro a abril pode acabar com reservas de água no Nordeste

seca

A seca no Nordeste deve se agravar ainda mais entre fevereiro e abril, segundo a Previsão Climática Sazonal. O documento foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A estiagem na Região, que já dura cinco anos em alguns municípios, pode piorar ainda mais caso a redução das chuvas ocorra conforme a previsão. De acordo com o documento, a tendência é que os reservatórios do Nordeste não se recuperem significativamente durante a estação chuvosa, uma vez que as precipitações devem ficar abaixo da média histórica.

Os pesquisadores também alertam para o “acentuado risco” de esgotamento da água armazenada em represas e açudes. A previsão é de que isso aconteça no período de novembro deste ano e janeiro de 2018, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco.

Ainda segundo o grupo de pesquisa, o aumento do potencial de queimadas – por causa das temperaturas mais altas- a partir do mês de fevereiro gera preocupação na estiagem da região do extremo norte da Região Norte, especialmente nas áreas leste e nordeste de Roraima.

Ministério do Desenvolvimento social entregou 35 mil cisternas em 2016

Brasília – O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) já entregou neste ano 35 mil cisternas para consumo humano e 10 mil tecnologias sociais de acesso à água para produção de alimentos.

Com baixo custo e alto impacto na rotina dos sertanejos, a cisterna transformou o Semiárido – região marcada pela ausência ou escassez de chuvas. Nos últimos anos, o Programa Cisternas beneficiou quase 1,3 milhão de famílias com as cisternas de 16 mil litros em 1.222 municípios de 14 estados.

No caso das cisternas de consumo, cada reservatório atende uma família de até cinco pessoas num período de estiagem de oito meses. Além disso, 180 mil famílias também já foram beneficiadas com as tecnologias de armazenamento de água que viabilizam a produção de alimentos e criação de pequenos animais, entre outras atividades.

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDSA, Caio Rocha, destaca que o programa é altamente eficiente e eficaz. “Com o programa, as famílias tiveram acesso à água de qualidade, o que reduziu vários problemas de saúde. A cisterna acabou com o transtorno que as mulheres enfrentavam em busca de água”, afirma.

Além disso, explica Caio Rocha, as tecnologias sociais de acesso à água garantem a produção dos agricultores familiares, o que gera renda para as famílias, com a comercialização do excedente em feiras locais ou para os programas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

O secretário reforça que o MDSA deve entregar ainda este ano 2 mil cisternas escolares nas áreas rurais. “Por determinação do ministro Osmar Terra, priorizaremos as cisternas nas escolas. Até o próximo ano, vamos entregar 5 mil cisternas e resolver a questão da falta de água nas unidades de ensino”.

Parceria – O Programa Cisternas, do governo federal, é executado pelo MDSA, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Banco do Brasil, Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e organizações da sociedade civil, como a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), o Memorial Chico Mendes (MCM), governos estaduais e consórcios públicos municipais.