Tragédia da Serra fluminense se repete.

petrópolisA Rodovia BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, está com seis pontos de interdição, na altura de Petrópolis, na região serrana do estado, em razão dos deslizamentos de terra provocados pela forte chuva que atinge o município desde o final da tarde de ontem (17). Já são contados 10 mortos, inclusive dois técnicos da Defesa Civil, centenas de desabrigados e danos materiais de monta, com invasão de enxurradas e deslizamento de encostas.

Pelo terceiro ano seguido, acontecem tragédias na Região. Por trás de tudo, uma história de ocupação urbana desordenada, leniência das autoridades e malversação de polpudas verbas destinadas às obras de contenção.

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Continua o drama da Serra fluminense. Autoridades não explicam desmando.

foto de Vladimir PlatonowAs chuvas que atingem o Rio de Janeiro já desalojaram 2.465 pessoas e deixaram desabrigadas 706, de acordo com boletim divulgado na tarde deste domingo (7) pelo governo do estado. Em Angra dos Reis, subiu de 65 para 320 o número de desalojados, além dos 160 desabrigados.

Em Mangaratiba, a quantidade de desalojados passou de 90 para 500. O município tem ainda 90 desabrigados. O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, afirmou que o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido para todas as localidades atingidas pela enxurrada.

Segundo o gestor, o abastecimento de água deve ser retomado nesta segunda-feira (7) à noite. Cardoso declarou ainda que a prefeitura monitora a água dos abrigos e deve concluir a “limpeza grossa” das áreas inundadas na terça-feira (8). O prefeito disse que nenhum caso de diarreia foi registrado até o momento e que a vacinação necessária tem sido feita. “Já tem mais de 200 casas vistoriadas. Tem uma quantidade de casas enorme totalmente comprometidas”, afirmou sobre a vistoria realizada pela Defesa Civil nas residências atingidas pela enxurrada. Informações da Agência Brasil.

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Zeca Pagodinho, que trabalhou ativamente no resgate de moradores, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, diz que a atuação dos políticos e gestores públicos na série de desastres da região lhe dá nojo. Como dizia meu velho Pai, enquanto não se executar, em praça pública, um corrupto, unzinho apenas, o Brasil não tem jeito.