Uma pane no sistema de check-in da Gol provocou, desde a manhã desta terça-feira, atrasos em 26 voos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre – 12 deles de partida e 14 de chegada. O problema já foi solucionado, mas a Gol ainda registra reflexos em parte das operações.
Um voo para Londrina e outro vindo de Brasília tinham atrasos confirmados para esta noite no Salgado Filho. A falha ocorreu no início do dia apenas no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e desencadeou alterações de horários em todo País. Somente no terminal paulista, mais de 80 voos tiveram atrasos de mais de uma hora nesta terça.
No início desta noite, a Agência de Aviação Civil (Anac) declarou que vai exigir esclarecimentos públicos da Gol pela pane no sistema de emissão de passagens que afetou a companhia. Em nota, a agência disse que estuda um conjunto de medidas mais duras para coibir problemas de pontualidade e regularidade das companhias aéreas.
Durante o período em que ficou inativo o sistema de check-in, equipes precisaram realizar os procedimentos manualmente, o que aumentou o tempo médio de atendimento. A empresa divulgou nota lamentando o desconforto e prometendo agilizar as decolagens.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES, OUTRO PROBLEMA
Dados do Centro de Investigações de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado ao Ministério da Defesa, apontam que o número de ocorrências de acidentes na aviação civil brasileira neste ano já chegou a 83, contando com o ocorrido na última semana entre as praias de Boa Viagem e Piedade, no Recife-PE. Este índice preocupa, pois já ultrapassa os números de ocorrências anuais entre 2001 e 2006.
Desde 2001, o ano com maior número de acidentes na aviação civil foi 2009, com 113 ocorrências. Desta forma, faltando mais de cinco meses para o ano terminar, a tendência é de este recorde negativo ser superado.
Segundo o site Contas Abertas, em contrapartida, a execução orçamentária dos três principais programas relacionados ao setor está abaixo do ideal. Com orçamentos previstos em quase R$ 1,9 bilhão, foram gastos nos primeiros seis meses, o equivalente a 35,4%, em números brutos, R$ 665,3 milhões. Os programas em questão são: Segurança de Voo e Controle do Espaço Aéreo Brasileiro; Desenvolvimento da Aviação Civil e Desenvolvimento da Infraestrutura Aeroportuária.

