Temer, entreguista, aliviou regras para petroleiras da Inglaterra, diz jornal inglês

Ministro britânico pressionou Governo do Brasil em favor das gigantes petroleiras

Original do Sputinik Brasil

O ministro do Comércio do Reino Unido, Greg Hands se encontrou com o vice-ministro brasileiro de Minas e Energia, Paulo Pedrosa com o objetivo de fazer o governo brasileiro aliviar tributações e regulação ambiental em favor da Shell, British Petroleum e Premier Oil. Conseguiu.

O relato do encontro consta em telegramas obtidos pelo Greenpeace e reproduzidos com exclusividade pelo The Guardian. De acordo com o jornal britânico, Hands viajou ao Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte em uma visita para ajudar empresas britânicas de energia, mineração e água a fazer negócios no Brasil.

A Pedrosa, Hands expressou preocupação em torno das regulações de licenças ambientais no Brasil. Ouviu do vice-ministro que este pressionaria colegas no governo em torno das medidas propostas pelas petrolíferas.

Embora o governo do Reino Unido tenha negado a prática de lobby para enfraquecer o regime de licenciamento ambiental brasileiro, as negociações se provaram exitosas. Em agosto, o Brasil propôs redução tributária de bilhões de dólares para perfuração marítima. Dois meses depois, BP e Shell ganharam a maior parte das licenças no leilão do pré-sal brasileiro.

O Greenpeace acusou o Departamento de Comércio Internacional (DIT na sigla em inglês) de agir como um “braço de pressão da indústria de combustíveis fósseis”. A negociação acontece em um momento em que o governo conservador da primeira-ministra Theresa May advoga pela implantação do Acordo de Paris e critica o governo do presidente americano, Donald Trump, pelo desprezo a questões ligadas a mudanças climáticas.

Em nota ao The Guardian, o DIT se defendeu, dizendo que não praticou lobby.

“Não é verdade que nossos ministros praticaram lobby para afrouxar as restrições ambientais no Brasil — [o tema da] reunião foi sobre melhorar o processo de licenciamento ambiental, garantindo condições equitativas para as empresas nacionais e estrangeiras e, em particular, ajudando a acelerar o licenciamento e torná-lo mais transparente, o que, por sua vez, protegerá os padrões ambientais”, diz o comunicado.

No leilão do pré-sal, a Shell levou duas áreas de exploração como operadora e uma como participante e se tornou a segunda maior produtora do Brasil, após comprar a gigante BG. Já a BP venceu como participante em duas áreas, ambas lideradas pela Petrobras, e se disse “ansiosa por avançar em um ritmo rápido” de acordo com declaração do chefe global da área de produção e exploração da empresa, Bernard Looney, citado pela Época.

Como sempre afirmamos em O Expresso, o colonialismo bandido só existe porque existem traidores. O Calabar do Jaburu deveria ser enforcado em praça pública, junto com seu pinto entupido, para exemplar as gerações futuras.

Há 3 anos, com o petróleo rondando US$130 no mercado externo, pagávamos R$3 por um litro de gasolina. Agora, com o petróleo a US$50, pagamos mais de 4 reais pelo mesmo litro de gasolina batizada de 90 octanas ou menos.  

Oh! Que surpresa! A Shell diz que tem interesse no pré-sal.

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Em meio às discussões sobre alterações no marco regulatório do pré-sal, para permitir a participação de empresas estrangeiras na operação dos campos de águas profundas, a Shell confirmou, nesta segunda-feira, que tem interesse em atuar no segmento. Para Ben van Beurden, CEO global da empresa, a abertura a outras petroleiras além da Petrobrás diminui o risco da operação e amplia os investimentos no País. A informação é do Estadão, numa longa reportagem.

Todos devem ler. A Shell quer “dividir” os riscos de prospecção do pré-sal.

Depois de batalha campal, consórcio de 5 empresas vence leilão do Campo de Libra

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Manifestantes contrários ao leilão do Campo de Libra conseguiram romper, há pouco, barreira formada por integrantes da Força Nacional de Segurança e se aproximam do Windsor Barra Hotel, onde se realiza hoje (21) a primeira rodada de licitação do pré-sal. O grupo agora é contido por uma barreira da Polícia do Exército.

Policiais reprimiram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O gás chegou a entrar na recepção do hotel e pôde ser sentido por pessoas que estavam do lado de dentro.

Manifestantes com bandeiras verdes e amarelas ocupam as areias da praia da Barra da Tijuca e gritam palavras de ordem contra a privatização. Eles também entoaram o Hino Nacional.

Além das manifestações, uma greve dos petroleiros paralisa as atividades em plataformas, refinarias e unidades de tratamento de combustível da Petrobras em 12 estados do país, conforme informou o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi.

Um manifestante, de terno e gravata, conseguiu furar os bloqueios da Força Nacional e chegar à porta do Windsor Barra. Em frente ao hotel, Luiz Carlos Ramos da Cruz, que disse ser engenheiro eletricista, mostrou uma bandeira do Brasil e gritou contra a “privatização do pré-sal”.

Policiais federais o abordaram e o conduziram, sem resistência, para a área exterior ao bloqueio.Da Agência Brasil.

Consórcio liderado pela Shell e Total vence Leilão de Libra. Petrobrás e duas empresas chinesas completam o Consórcio.

O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC arrematou nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União.

Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital.

Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União.

O leilão, realizado no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, foi marcado ainda pelos protestos do lado de fora e que deixaram pelo menos cinco pessoas feridas. Para conter os manifestantes, homens da Força Nacional de Segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.