Se cogita na expulsão de Giachini e Eltinho do PP

A união dos vereadores Sidnei Giachini e Eltinho com a base de Oziel Oliveira não deve passar em branco nos círculos mais fechados do Partido Progressista em Luís Eduardo Magalhães. Giachini revoltou-se primeiro durante o início da campanha, quando foi preterido como candidato a vice-prefeito, um erro primário em que ficou marcado pela frente de partidos que apoiou Humberto Santa Cruz. Depois, mais tarde, quando o Partido da República caiu e o escolhido foi Alecrim, novamente rodou sua baiana.

Com isso achava que poderia ser recompensado com a Presidência da Câmara. Mais uma vez foi preterido e aliou-se então ao seu adversário visceral, Oziel, para fazer oposição ao candidato do Prefeito.

Perdeu. E ao contrário do que asseverou Quincas Borba, nem as batatas restaram aos vencidos.

Agora fala-se que Sidnei e Eltinho podem ser objetos de ação de infidelidade no PP, com duas sanções graves: expulsão e pedido de cassação a tramitar no seio da Câmara.

Pessoalmente não acredito que Humberto, um pragmático de marca e sinal, permita qualquer movimento nesse sentido. Vai preferir ficar com o apêndice caudal de Giachini – e também de Eltinho – firme na sua mão, para ser usado em momento oportuno.

Não me canso de repetir para amigos e leitores: Humberto tem aquela cara de desentendido, mas sabe, definitivamente, o que faz e sempre o faz com segurança extremada. Sabe que, na vida, os rios tem muitas voltas e nem sempre o melhor atalho é seguir a corrente caudalosa.