Sine encaminha 32,5 milhões de trabalhadores para o mercado em seis anos

Alimentador de linha de produção, com 3,3 milhões de pessoas, é o profissional que lidera intermediação pelo Sistema Nacional de Emprego desde 2012

O Sistema Nacional de Emprego (Sine) encaminhou 32,5 milhões de pessoas para o mercado de trabalho nos últimos seis anos. Em primeiro lugar no ranking das profissões mais intermediadas pelo serviço está o alimentador de linha de produção, com 3,3 milhões de trabalhadores. O Ministério do Trabalho assinou, a partir de 2012, Convênios Plurianuais do Sine (CPSINE) com estados e municípios para executar ações, medida que possibilitou ampliar a rede de atendimento presencial.

Das dez profissões mais encaminhadas destacam-se também de faxineiro (2.495.202), vendedor de comércio varejista (2.407.399), operador de caixa (1.265.155), auxiliar nos serviços de alimentação (1.245.632), auxiliar de escritório em geral (1.121.495), repositor de mercadorias (881.993), servente de obras (869.319), operador de telemarketing ativo e receptivo (858.501), trabalhador da manutenção de edificações (765.369). Essas ocupações representaram 50% de todos os encaminhamentos realizados pelo sistema nos últimos seis anos, um total de 15,2 milhões de intermediações.

Mesmo em menor número, profissionais com mais escolaridade também conseguiram trabalho por meio da intermediação do Sine. Entre as 10 profissões com ensino superior mais encaminhadas para oportunidades de trabalho estão vendedor de comércio varejista (105.593), enfermeiro (11.899), nutricionista (11.609), analista de Recursos Humanos (9.952), nutricionista (5.595), contador (2.533), médico clínico (1.999) e fisioterapeuta geral (1.720).

As vagas mais intermediadas coincidem com as mais ofertadas pelas empresas no sistema. No período analisado, foram 5,6 milhões de vagas oferecidas. As cinco mais disponibilizadas: alimentador de linha de produção (1.188.737), faxineiro (875.221), vendedor varejista (786.792), operador de telemarketing receptivo (456.706) e operador de caixa (426.925).

Seguro desemprego extrapola orçamento

Mesmo com a implantação de medidas para combater fraudes no seguro-desemprego, o governo federal aumentou a previsão de gastos com o benefício. Segundo o Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2012, no ano que vem, cerca de R$ 26,5 bilhões devem ser desembolsados com o seguro. O montante representa aumento de 30,5%, equivalente a R$ 6,2 bilhões, em relação ao Ploa de 2011, já que a quantia estipulada para esse programa no ano corrente é de R$ 20,3 bilhões.

Em setembro, o governo federal anunciou que ficaria mais difícil fraudar o seguro-desemprego. Agora, para ter direito ao benefício, o interessado terá de deixar o currículo no cadastro do Sistema Nacional de Emprego (Sine), aonde estão registradas vagas de empregos que são cruzadas com os dados do trabalhador. A partir daí, a pessoa deverá participar da entrevista de emprego que lhe é oferecida, sob pena de, após três recusas não justificadas, não conseguir o pagamento do seguro-desemprego. Do Contas Abertas.

O seguro desemprego é um estímulo ao trabalhador para forçar uma demissão. Se demitido, procura emprego, mas só aqueles que admitem sem assinar a carteira profissional. O que deveria ser um auxílio para pais de família desesperados por demissões ou para os altos e baixos da economia virou reduto de malandros e oportunistas.