Estiagem: Bahia tem mais quatro municípios em situação de emergência

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A Bahia já soma 111 municípios com reconhecimento de Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública, na maioria por conta da estiagem. No Diário Oficial da União de 02 de setembro quatro municípios foram reconhecidos: Brejolândia, Capim Grosso, Ibipeba e São Felix do Coribe.

O estado da Bahia enfrenta a pior seca dos últimos 30 anos. A estiagem levou a perda de lavouras, matou animais e afetou a produção de leite. Com o reconhecimento, os municípios podem solicitar o apoio federal para ações emergenciais de enfrentamento à seca e estiagem como também permite que as prefeituras tenham direito a outros benefícios, como a renegociação de dívidas no setor de agricultura.

Santa Rita de Cássia invadida pelo rio Preto

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O rio Preto está procurando seus antigos brejos nas ruas de Santa Rita de Cássia. A progressista cidade amanheceu embaixo d’água hoje na região ribeirinha. O povo corre para salvar os seus pertences, sem saber o que fazer com as novas chuvas que se avizinham. O Prefeito já decretou o estado de emergência na cidade, com o objetivo de fazer algumas obras necessárias à drenagem das águas.

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Situação de emergência chega a 144 municípios baianos

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Municípios apostam em cisternas de polietileno para conviver melhor com a estiagem

Os decretos de situação de emergência têm se tornado cada vez mais frequentes em 2014 no estado da Bahia: 144 dos 417 municípios do Estado estão com dificuldades por conta da seca. Esse número equivale a 35% dos municípios baianos. Apesar da gravidade dos números, a situação tem sido atenuada por conta da presença cada vez maior das cisternas de polietileno. Pelo menos 58 cidades foram beneficiadas com a instalação de 46.584 reservatórios que permitem o armazenamento de 16 mil litros de água, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses.

É o caso da dona Marisete Santos Oliveira, de 45 anos, que vive em Santa Teresinha, cidade de 10 mil habitantes do Centro-Norte baiano, distante 200 km de Salvador. “Com a chegada dessa cisterna a vida da gente mudou e muito. Todo mundo aqui sofria sem ter onde armazenar água, quando chovia. No verão, a situação era ainda pior. Todo dia a gente ia longe para buscar água no barreiro, uma água que só a gente sabe como sofria para pegar”. O agricultor Gilberto Santos de Oliveira, de 28, também destacou a mudança com a chegada do reservatório. “Agora a gente só precisa ir no terreiro de casa e pegar água, sem dificuldade nenhuma. Eu não aguentava mais ver minha mãe carregando lata d’água na cabeça pelo mundo a fora, pra poder colocar o que beber dentro de casa”, lembrou

De acordo com a Acqualimp, uma das fornecedoras das cisternas de polietileno no País, o material utilizado na fabricação dos equipamentos é adequado à região. “A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147º C, sendo que na região a temperatura máxima pode oscilar em torno de 50 º C em períodos de clima mais severo, o que desmistifica a informação incorreta de que as cisternas derretem no calor do semiárido.”, explicou Amauri Ramos, diretor da companhia.

A Acqualimp disponibiliza uma linha gratuita para atender aos beneficiados. Eles podem contatar a companhia em caso de dúvidas e até pedir a troca do reservatório, que tem cinco anos de garantia para defeitos de fabricação, quando necessário. O telefone 0800-081-6060 está disponível de 2ª a 6ª das 8h às 17h.

Aqueles brasileiros do Sul, Norte, Sudeste e Centro Oeste precisam aprender a economizar água com famílias numerosas do Nordeste que buscam sobreviver com menos de 60 litros de água por dia. E também com centenas de milhares de caboclos que nem isso têm.

Aquelas prefeituras que ficam armazenando cisternas, sem coragem de distribuí-las e também de abastecê-las  precisam ser intimadas por órgãos estaduais e federais a cumprirem suas obrigações.

 

Governo reconhece 158 cidades baianas em estado de emergência.

A Bahia reconhece atualmente 158 cidades em “situação de emergência” em decorrência da longa seca, conforme decreto publicado pelo governo nesta sexta-feira (23) no Diário Oficial do Estado. A quantidade é resultado de catalogação feita pela Coordenação de Defesa Civil (Cordec), que indica a ocorrência de “fatores anormais e adversos” nos últimos meses em todas as cidades relacionadas. O estado tem 417 municípios.

De acordo com o decreto, a escassez  pluviométrica implica em “graves prejuízos” à atividades como agricultura e pecuária e “danos à subsistência e à saúde da população”, o que pode gerar “profunda gravidade socioeconômica”. Ações de minimização de danos serão adotadas nos próximos 90 dias nas cidades afetadas. Do G1.