Pacto pela Democracia condena declarações de Bolsonaro sobre queimadas na Amazônia

Imagem de satélite da NASA

52 organizações da sociedade civil entregam carta ao Planalto na qual afirmam que atribuir a ONGs autoria de incêndios causa indignação

          Um grupo de 52 organizações da sociedade civil enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro reagindo às declarações dele de que ONGs podem estar por trás de queimadas da Amazônia. Na carta aberta, que foi entregue ao Palácio do Planalto, as organizações que fazem parte do Pacto Pela Democracia afirmam receber com indignação as falas do presidente. E ressaltam que atribuir a terceiros a autoria de eventos pelos quais se é responsável é uma prática tão comum quanto nefasta.

          O texto, que é  assinado por entidades como 342 Amazônia, Atados, Bancada Ativista, Fundação Tide Setubal.  Instituto Alana, Idec e Instituto Ethos, afirma também que o presidente tem como dever constitucional proteger o ambiente. De acordo com o texto, a declaração dificulta a atuação das organizações e coloca em risco a vida de ativistas: “Infelizmente, ela parece seguir a trilha de quem também declarou o desejo de varrer do Brasil todos os ativismos”.

          O coordenador-executivo do Pacto pela Democracia, Ricardo Borges Martins, avalia que as declarações de Bolsonaro estão equivocadas ao colocar as organizações como inimigas do interesse público. “Infelizmente, isso tem sido frequente, o que revela um entendimento do presidente de que a sociedade civil não tem muito a contribuir, atuaria apenas para minar o seu governo, o que é um entendimento torpe. A sociedade civil está para ajudar governos a trabalhar políticas para o bem público.”

          Segundo Borges, as falas de Bolsonaro criam na sociedade um sentimento e uma opinião contrária as organizações, prejudicando suas atividades. “As falas do presidente têm repercussão. Ele não pode fazer acusações sem fundamento.”

Leia abaixo a íntegra da carta.

Carta aberta ao Presidente Jair Messias Bolsonaro

Instituições de Barreiras querem tirar a limpo venda do Parque de Exposições.

Entidades da sociedade civil organizada de Barreiras, preocupadas com a possível venda do Parque de Exposições da cidade, entregam hoje na prefeitura um pedido de audiência com a alcaide municipal Jusmari Terezinha. Lideradas pela OAB subseção local, as organizações querem saber da municipalidade se há realmente interesse em privatizar a área do Parque.

De acordo com Cássio Machado, presidente da OAB – Barreiras, caso se confirme a negociação, a Ordem juntamente com a CDL, Comissão da Paz, Maçonaria, Conselho de Segurança, ONG Voluntarius e Associações Comunitárias, acionarão a justiça para impedir o negócio. “Nada justifica a venda do Parque, muito menos a troca por qualquer outro benefício. Não é perdendo que se ganha”, disse Cássio.

Na reunião da sociedade, na última terça-feira (24/mai), na sede da OAB, apenas dois advogados se colocaram contrários ao movimento popular, a ex-procuradora do Município de Luís Eduardo Magalhães, gestão Oziel Oliveira, Larissa Camandaroba, e Alessandro Brandão, procurador jurídico da Câmara de Vereadores de Barreiras. A informação e a foto são do jornalista Fernando Machado, do site ZDA.