Peterhansel e Spinelli duelam novamente no Rally dos Sertões.

Guilherme Spinelli e seu rojão.
Guilherme Spinelli e seu rojão.

Em 2012, Guilherme Spinelli, tetracampeão do Rally dos Sertões, enfrentou um desafio na competição: a chegada do francês Stéphane Peterhansel, melhor piloto da história do off-road. A disputa entre os dois foi acirrada até o fim da prova, quando Peterhansel garantiu o primeiro lugar, ao lado do navegador Jean-Paul Cottret, e Guiga, com Youssef Haddad, chegou em segundo.
Este ano, a rivalidade só aumentou. Guiga, brasileiro, correndo a bordo do ASX Racing, veículo desenvolvido pela Mitsubishi Brasil, pretende fazer de tudo para deixar o francês longe do bicampeonato. “É muito difícil vencê-lo, mas vamos tentar de todas as formas. Ele é o melhor piloto de todos os tempos”, diz Guiga, que lembra que a rivalidade é reservada às provas, já que são amigos. “Frequentamos a casa um do outro, mantemos contato. Somos amigos mesmo”, conta.
Peterhansel é uma lenda viva do esporte, com 11 títulos do Rally do Dakar. Guiga é o maior campeão do Rally dos Sertões nos carros. O francês é especialista em ralis de deserto e excelente piloto em qualquer terreno. Guiga tem mais experiência em estradas. Ou seja, a briga pelo primeiro lugar na 21ª edição do Sertões vai ser disputada.
“Como piloto, fico muito feliz com a participação dele. É muito bom competir com o melhor piloto de rali, me deixa bastante motivado”, afirma o piloto brasileiro. O navegador Youssef Haddad completa: “Em qualquer prova do mundo, eles entram como favoritos. Por isso, temos que dar trabalho. E confiamos no ASX Racing, pela resistência e velocidade.”
Este ano, a prova está bem diferente de 2012. “O roteiro tem muitos trechos inéditos, a condição de terreno é nova, com muito mata-burro, curvas de nível. Não tem tanta areia quanto ano passado”, explica Guiga.

Luís Eduardo Magalhães

sportcar2

A equipe eduardense Sport Car Rally Team terá os pilotos Silmar Nogueira e Alyson Antunes (Sherpa 320), inscritos na categoria Pró Brasil, e, com TR-4 Pajero,  Cristiano Rocha e Anderson Giraldi, (TR4 330), na categoria Production, representantes de Luís Eduardo Magalhães.

A dupla da Sport Car Rally Team recebe o apoio da Semear Agrícola, Cheminova, Stoller, UPL, Nufarm, Helm, Parafuso & Cia, E. A. S. Serviços, Grupo Porto Brasil, Accert Transportes e Logística e Sementes Oilema.

O Rally dos Sertões, com 4.115 km, larga nesta quinta-feira de Goiânia, com chegada na mesma cidade no dia 3 de agosto.

O Sherpa 320, pronto para competir.
O Sherpa 320, pronto para competir, já em Goiânia, nesta terça.

Topvel Prisma Sport Sedan

Dakar chega ao final. Peterhansel confirma vitória.

Robby Gordon, com seu Hummer H3, o carro mais rápido da competição, chegou a ganhar etapas, como a de hoje, mas andou se perdendo e tombando. Acabou disputando sob recurso as etapas finais, sem chance de vitória. Foto publicada em webventure.com.br.

Foram apenas 29 quilômetros de especial para Stéphane Peterhansel chegar ao seu décimo título no Dakar. O francês conduziu seu Mini (preparado pela BMW), entre as cidades de Pisco e Lima, em 25min55s.
O campeão desbancou os seus principais rivais e terminou o rali com uma vantagem de mais de 40 minutos sobre Nani Roma, vice-campeão do rali, na classificação geral. A equipe Mini foi criada este ano, pela BMW, para vencer o Rally Dakar, o que efetivamente ocorreu. O protótipo visa promover o Mini de rua, que na realidade tem pouco a ver com o chassi tubular do carro de competição.
O espanhol, que passou boa parte desta última semana a aproximadamente 20 minutos atrás do francês, teve um atraso significativo na especial de ontem, dando adeus à pretensão de título.
O polonês Krzysztof Holowczyc, que despontou inicialmente com rival nas primeiras etapas, caiu de rendimento na metade final do Dakar, por conta de problemas mecânicos – pela mesma razão, o atual campeão Nasser Al-Attyah abandonou a competição.
Outro potencial rival de Peterhansel, o norte-americano Robby Gordon, chegou a ameaçar a liderança do francês, mas o piloto dos Estados Unidos afastou-se da disputa pelo campeonato nas últimas especiais e ainda correu o restante da competição sob a ameaça de ser desclassificado de vez.
Nascido no pequeno município de Vesoul, Peterhansel já havia levado os títulos nas motos em 1991, 1992, 1993, 1995, 1997 e 1998 – todas pela Yamaha – e nos carros em 2004, 2005 e 2007 – pela Mitsubishi.
Jean Azevedo finalizou sua participação no Dakar com o 13º melhor tempo. Pela primeira vez competindo com uma picape Nissan, o brasileiro cravou exatos 28 minutos ao cruzar a linha de chegada – pouco mais de 5 minutos de defasagem sobre o tempo de Robby Gordon, vencedor de hoje.
Na classificação geral, Jean terminou em 23º. O piloto chegou a figurar entre os quinze mais rápidos, mas tomou uma dura penalidade – 5 horas – por conta de uma atraso durante a chegada na 10º etapa. Informações da Web Venture, onde o leitor pode encontrar a cobertura completa do Dakar.