Paulo Souto tem candidatura fortalecida.

Os institutos de meteorologia apontam: aumento súbito da temperatura entre as oposições da Bahia. ACM Neto com fortes tendências a apoiar a chapa Paulo Souto – João Gualberto. Geddel Vieira Lima seguiria em rota própria, mas os compromissos  assumidos na pré-campanha ficam para um segundo turno. Lídice da Mata e o seu PSB uniriam-se ao preterido PDT de Marcelo Nilo e a sua larga influência no interior.

Mas isso são meras suposições. De cabeça de juiz, capim Jaraguá e alianças políticas, tudo se pode esperar.

Afinal, quando Wagner e Neto encerram o processo de unção dos candidatos?

João Leão e Geddel Vieira Lima

Por tudo que é lido e ouvido em relação à sucessão estadual, conclui-se, sem medo de errar, que o envelope denominado “óbvios” receberá dois carimbos até o final desta semana. Os governistas decidem pelo nome de João Leão (PP) e a oposição pelo nome de Geddel Vieira Lima (PMDB). Então, os dados estarão lançados. Ainda tem gente que aposta na candidatura do próprio ACM Neto, muito cotado nas pesquisas, mas que insiste em candidatar-se daqui a quatro anos, possivelmente reeleito como prefeito de Salvador. O que não pode se evitar são as dores da “passagem das pedras pelo rim” daqueles que não foram os ungidos, como o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT) e Paulo Souto (DEM).

Como em política e amores surgidos em casa de má fama, as exceções éticas são maiores que a própria regra, depois de alguns dias os prejudicados estarão integrados às campanhas e louvando os candidatos oficiais.

Ainda restará aos preteridos, no caso de derrota em uma ou outra facção, o tradicional e tardio “eu não disse?”, lenimento e consolo de quem perde.

Outro lenitivo esperado pelos mesmos preteridos será a promessa de secretarias gordas, como aquelas da Casa Civil, Infraestrutura, Agricultura, Saúde e Educação, só para citar os melhores exemplos.    

Notícias de uma tragédia futura

Jornalista Cláudio Humberto, em Diário do Poder:

Estão adiantadas as conversas na Bahia para compor uma chapa com Geddel Vieira Lima (PMDB) ao governo e, na vice, o ex-senador ACM Júnior, pai do atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Como diz madame Almerinda, estão fazendo “de um tudo” para se entregar às hostes de Jaques Wagner. Como ovelhas pendurada pelos pés.

Campanha na Bahia se configura como briga de foice no escuro.

A sucessão estadual na Bahia se aproxima de verdades incontestáveis. Tanto a situação, como a oposição, não sabem quem querem, mas sabem que não querem. Resumindo o libreto da ópera: as candidaturas de Rui Costa e Geddel Vieira Lima não estão decolando. Por outro lado, as candidaturas de Otto Alencar e, do outro lado, ACM Neto, já tiraram a biquilha do chão, como se diz na gíria de pilotos.

A verdade é uma só: mesmo que Wagner escolha um cabeça de chapa do PT, agora no final do mês, a exposição demorada ao sol pode queimar a pele do candidato. Aí fica mais fácil para o Governador, em petit comité, afirmar ao seu eleito: “Olhe, sua candidatura não decolou e vamos substituí-lo pelo “cumpanhero” Otto. Do outro lado, se as candidaturas de Geddel e de Paulo Souto permanecerem estagnadas como agora, ACM Neto será intimado a assumir o protagonismo da campanha. Se pesquisas tão precoces valem alguma coisa, a briga entre oposição e situação vai ser uma luta de foice na escuridão da noite. Qualquer um pode ganhar, qualquer um pode perder. Mesmo que quem mande na Bahia sejam os programas sociais e as tais transferências de renda, capitaneadas pelo Bolsa Família, Bolsa Seca, Minha Casa, Minha Vida, tarifas sociais de água e luz, etc.etc.

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Gabrielli se joga no vórtice da sucessão estadual.

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O ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, não se deu por vencido e também se jogou, com força, no núcleo do furacão da sucessão estadual. Patrocinado pelo ex-presidente Lula da Silva e vertentes do Partido dos Trabalhadores, Gabrielli realizou encontro neste sábado, no hotel Fiesta, em Salvador. Segundo o jornaldamidia.com, Gabrielli conta com o apoio dos movimentos sociais, em especial, de dirigentes estaduais e nacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), bem como de setores ligados a agricultura familiar, juventude, movimento dos sem teto, pescadores e blocos afro. O evento, denominado “Encontro com Gabrielli”, também contou com a presença do ex-governador, Waldir Pires, do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, do presidente estadual do PT, Jonas Paulo, do candidato ao PT Municipal, Edson Valadares, além de diversos secretários estaduais, a exemplo das pastas de Educação,  Cultura e Promoção da Igualdade.

Leão balança a juba e diz que PP é independente.

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O jornalista Oswaldo Lyra, da Tribuna da Bahia, faz uma longa entrevista com o deputado João Leão, sobre a situação pré-eleitoral da Bahia, a sucessão estadual, a acomodação da base do Governo e até lança um novo pré-candidato, Jorge Solla, secretário da Saúde. Veja a entrevista na íntegra:

Papas na língua? Essa nunca foi uma das virtudes do deputado federal João Leão. Membro da direção estadual do PP, com perspectiva de ser conduzido para a presidência da sigla na Bahia em dezembro, Leão cita apenas dois nomes do PT para suceder Jaques Wagner no governo, Walter Pinheiro e Jorge Solla. Outro lembrado é o vice-governador Otto Alencar. Além deles, o parlamentar coloca ele e o deputado federal Mário Negromonte como possíveis integrantes da chapa majoritária. E sinaliza: “Se não nos derem nada, nós vamos procurar nosso caminho. Qualquer caminho”. “O PP tem dois candidatos potenciais que podem ser candidatos a governador”, frisa Leão.

Tribuna – O PT tem quatro candidatos de olho em 2014, mas o senhor já anunciou só apoiar se for Walter Pinheiro. O que justifica a decisão?
João Leão
 – Primeiro, eu não anunciei que só apoio Walter Pinheiro. Eu puxei o secretário Solla [Jorge Solla, da Saúde] para o jogo. Eu acho que o secretário Solla faz uma administração que é o que eu quero para a Bahia. Eu quero para a Bahia um excelente candidato para continuar o trabalho que foi iniciado pelo governador Jaques Wagner. Então, você precisa de um administrador de ponta. Que nós, políticos, confiemos nele e o povo confie. Eu só vejo dentro dos quadros atuais do PT duas pessoas que têm a estirpe para ser governador da Bahia. E o senador Walter Pinheiro tem cadastro e tem estirpe. O secretário Solla tem cadastro e tem estirpe. Eu não vejo nos outros candidatos ainda – não tenho nada, absolutamente nada contra Rui Costa, Sérgio Gabrielli e contra Luiz Caetano, absolutamente nada, todos são meus amigos. Aí eles vão dizer: “com um amigo desse, eu não gostaria de tê-lo”. Mas não é, gente. Eu estou querendo o melhor para a Bahia, e o melhor para a Bahia, na minha ótica, dentro dos quadros do PT, é Walter Pinheiro, em primeiro lugar, e Solla. São os dois.

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Cautela e caldo de galinha

Da Coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia, um momento de reflexão sobre a sucessão estadual:

“Tem crescido a simpatia de lideranças do interior do Estado por uma chapa majoritária, em 2014, que contemple o vice-governador Otto Alencar (PSD), o senador Walter Pinheiro (PT) e o deputado federal João Leão (PP). Como o tema é polêmico, já que na base do governador Jaques Wagner há mais pretendentes do que vagas, os três evitam falar sobre o assunto. A palavra de ordem é cautela.”

 

18-06-13

Leão, performático, diz o que o PP quer

leãoJoão Leão, o deputado do Oeste baiano, botando ordem na selva com seu urro inconfundível, fala sobre a sucessão estadual:

“Não tenho nada contra Rui, mas não o vejo como um nome que agregue. Caetano é meu amigo, mas ainda falta muito para ele ser o governador. E Gabrielli assumiu uma secretaria e até hoje não disse a que veio. Por isso, acho que nenhum dos três está preparado para ser governador.”

Leão acha que o seu partido, o PP, deve ficar com a vaga de candidato a Senador ou com a vaga de Vice. E que o Senador Walter Pinheiro é o candidato ideal do PT.

A estratégia do governador Jaques Wagner (PT) para 2014 caiu em um nó que já vinha se armando desde que começou a corrida interna petista pela vaga de candidato ao seu posto, no início de 2012, segundo a coluna Satélite, do Correio*. Embora imponha, até com certa moderação, o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa, líderes dos maiores partidos da base aliada do Palácio de Ondina, PP e PSD, sinalizaram outra opção: querem o senador Walter Pinheiro e ponto. Em reservado, políticos do PSD – segunda bancada da Assembleia, com 10 deputados, e segunda em número de prefeituras, com 72 cidades – segredam que, caso o candidato seja Rui Costa, brigarão para que o vice-governador Otto Alencar voe com asas próprias. Nos próximos dias, vão apertar ainda mais o PT para que decida rápido.

No mesmo movimento pró-Walter Pinheiro caminha o PP, numericamente o terceiro maior aliado do governador, com cinco deputados estaduais e 51 prefeitos, incluindo cidades grandes como Lauro de Freitas, Ilhéus e Jequié. Aos correligionários, o principal líder do partido, o deputado federal Mario Negromonte, que controla as bases pepistas no interior, revelou preocupação com o impasse, que domina também o comando do PT, com cada tendência batalhando seu espaço no bolo da sucessão. Acha que a resistência a Rui Costa é grande no interior e que Pinheiro tem um recall de popularidade que elimina riscos na disputa.

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Começa a corrida ao Palácio de Ondina.

Pinheiro, Ruy e Geddel, apenas 3 dos competidores

O senador Walter Pinheiro e os secretários estaduais de Planejamento, José Sérgio Gabrielli e da Casa Civil, Rui Costa, e o vice-governador Otto Alencar, também secretário da Infraestrutura da Bahia fizeram presença no evento da UPB. É a largada para as eleições de 2014. Pode até acontecer competição entre eles: por exemplo, Otto Alencar, preterido pelo Governador, pode sair pelo seu partido e se não florescer uma candidatura da Oposição (Geddel Vieira Lima), pode reunir as forças opositoras contra a Situação. O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, também dá mostras de que é candidato. 

Sandro Régis: Souto vai receber herança maldita do PT

O site Política Livre afirma hoje que deputado estadual Sandro Régis (PR) escreveu, em seu twitter, que o ex-governador Paulo Souto (DEM) irá receber uma “herança maldita” do PT em 2011. Além da provocação na direção do governador Jaques Wagner (PT), esta declaração de Régis mostra que a aliança PR-PMDB não é ponto pacífico entre os republicanos. O presidente estadual do PR, César Borges, é um dos candidatos ao Senado do deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB), mas vai ter que lidar com estas dissidências, tanto para o lado de Souto, como demonstrado por Régis, quanto para o lado de Wagner, explicitado, entre outros, pelo deputado estadual Ivo de Assis. (Thiago Ferreira)

Um bom desenho de cenário para a sucessão estadual.

O jornalista Paixão Barbosa desenhou um panorama bem próximo daquilo que todos acreditam ser a realidade pré-eleitoral, em seu blog Política e Cidadania:

“Num exercício de futurologia, mas baseado em informações de bastidores e também recolhendo dados publicados aqui e ali, dou aqui os meus palpites para a formação das três principais chapas majoritárias da Bahia nas eleições de outubro deste ano:

1- Jaques Wagner (PT) para governador; Otto Alencar (PP) para vice; César Borges (PR) para senador; Lídice da Matta (PSB) para senador. Aqui pode haver a inversão de posições entre Otto e Lídice, a depender da disposição do primeiro. Somente no caso de um impasse de última hora (no qual ninguém acredita) com o PR de César Borges poderia abrir uma vaga para Waldir Pires.

2- Geddel Vieira Lima (PMDB) para governador; João Cavalcante (PMDB) para vice; Edmundo Pereira (PMDB) para senador; Edivaldo Brito (PTB) ou Eliel Santana (PSC) para senador. O ministro da Integração Nacional não tem muitas opções entre os seus aliados e ainda espera que César Borges bata o martelo, ou não, nas negociações com o governador.

3- Paulo Souto (DEM) para governador; Nilo Coelho (PSDB); José Ronaldo (DEM) para senador; ACM Júnior (DEM) para senador. O prefeito Nilo Coelho pode ser substituído por um parlamentar federal do PSDB, mas, até onde eu sei, o nome do presidente regional dos tucanos, Antonio Imbassahy, não entra nesta composição porque ele pretende mesmo disputar uma vaga na Câmara Federal.”