João Leão, o deputado do Oeste baiano, botando ordem na selva com seu urro inconfundível, fala sobre a sucessão estadual:
“Não tenho nada contra Rui, mas não o vejo como um nome que agregue. Caetano é meu amigo, mas ainda falta muito para ele ser o governador. E Gabrielli assumiu uma secretaria e até hoje não disse a que veio. Por isso, acho que nenhum dos três está preparado para ser governador.”
Leão acha que o seu partido, o PP, deve ficar com a vaga de candidato a Senador ou com a vaga de Vice. E que o Senador Walter Pinheiro é o candidato ideal do PT.
A estratégia do governador Jaques Wagner (PT) para 2014 caiu em um nó que já vinha se armando desde que começou a corrida interna petista pela vaga de candidato ao seu posto, no início de 2012, segundo a coluna Satélite, do Correio*. Embora imponha, até com certa moderação, o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa, líderes dos maiores partidos da base aliada do Palácio de Ondina, PP e PSD, sinalizaram outra opção: querem o senador Walter Pinheiro e ponto. Em reservado, políticos do PSD – segunda bancada da Assembleia, com 10 deputados, e segunda em número de prefeituras, com 72 cidades – segredam que, caso o candidato seja Rui Costa, brigarão para que o vice-governador Otto Alencar voe com asas próprias. Nos próximos dias, vão apertar ainda mais o PT para que decida rápido.
No mesmo movimento pró-Walter Pinheiro caminha o PP, numericamente o terceiro maior aliado do governador, com cinco deputados estaduais e 51 prefeitos, incluindo cidades grandes como Lauro de Freitas, Ilhéus e Jequié. Aos correligionários, o principal líder do partido, o deputado federal Mario Negromonte, que controla as bases pepistas no interior, revelou preocupação com o impasse, que domina também o comando do PT, com cada tendência batalhando seu espaço no bolo da sucessão. Acha que a resistência a Rui Costa é grande no interior e que Pinheiro tem um recall de popularidade que elimina riscos na disputa.

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