
Correntina: pré-candidato, Capitão Getúlio, fala sobre a sucessão municipal




Está cada vez mais definida a arquitetura da sucessão municipal em Barreiras. Com os problemas de saúde que o prefeito Antônio Henrique enfrentou está cada vez mais claro que Antônio Henrique Júnior, o Toinho, será o seu sucessor. Toinho tem se aproximado do empresário Moisés Schmidt e pode compor com ele uma frente alinhada com a base do Governo Estadual.
Por outro lado, Jusmari Oliveira, que esteve próxima a Zito Barbosa, parece ter sido aconselhada por seu líder e guru, o senador Otto, afastando-se de uma posição frontal a Toinho Jr. Não apoia, mas também não faz Oposição, deixando Zito em um mato com muito pouco cachorro.
O que ainda não está definida é a posição do prefeito em exercício, Paê Barbosa. Mesmo que deixe o cargo em meados de fevereiro, ele teria que reassumir no final de março, com a renuncia de Tonhão, obrigado pela lei eleitoral por ser parente de primeiro grau de seu candidato.
Resta, então, saber quem será o candidato da terceira via, que por enquanto ainda tem o nome do vereador Carlos Tito divulgado pelos homens do bico grande. Carlos Tito, sestroso, ainda não deixou o PDT, e depois dessa marola grande, criada pelo presidente do PSDB, Caduda Braga, ainda pode ser candidato à reeleição na Câmara.
O resto é tudo candidato de 4.000 votos e abaixo, que não devem ter papel decisivo nas eleições de 2 de outubro.
Aposta do empresário Jair Francisco: Luís Eduardo Magalhães terá quatro candidatos nas próximas eleições. Entre eles, o que já confessou sua intenção, como Rogério Faedo, e candidatos carimbados como Fábio Lauck, que sempre reafirma sua posição de participante do grupo de Situação.
Além destes dois, supra mencionados, faltam os nomes corretos de DEM ( Luciano Trindade) e PSDB (Ondumar Júnior), além do candidato do radialista Oziel Oliveira.
Também o PMDB pode ter candidato na cidade.
Nem o nome do apostador, Jair Francisco, está de todo afastado. Ele está atualmente no DEM, mas tem um pé no PSDB. E se ficar uma bola pingando na área, ele chuta com certeza.
Por Itapuan Cunha
Profissionais liberais como contadores, economistas, engenheiros, advogados, jornalistas, professores, comerciantes, industriais, de antemão já estariam alijados de prestar serviços ao município e a livre concorrência será altamente prejudicada.Tudo porque o famigerado nepotismo abomina a capacidade de muitos, dando vez ao exclusivo apadrinhamento de parentes, irmãos, cunhados, sobrinhos, sogros, avós, etc.
A vida da cidade fatalmente esbarraria nas entrelinhas de um regime fechado, onde uma família no poder dominaria a tudo e a todos, gerando então incontidos desagrados aos habitantes.
Há muitos anos, por exemplo, uma família domina todos os setores de uma vizinha cidade. A política, a economia, o comércio, os transportes, os prestadores de serviços e até o poder legislativo, são de domínio daquela família.
A composição de poder da vizinha cidade, após a eleição municipal de 2002, foi a seguinte:
1 – O prefeito;
2 – Vice-prefeito, seu primo;
3 – Secretário de Educação, Cultura e Lazer, irmão;
4 – Secretário de Administração e Finanças, outro irmão;
5 – Secretária de Saúde, irmã;
6 – Secretária de Ação Social, esposa;
7 – Engenheiro Civil, outro irmão, que morava em Salvador;
8 – Diretoria de Finanças, cunhada;
9 – Chefe de Transporte e Diretor de Compras da Maternidade, outro irmão;
10 – Tesoureiro, primo;
11 – Contabilidade, primo;
12 – Assessor de Gabinete, primo;
13 – Chefe de Transporte, primo;
14 – Diretor da Maternidade, outro irmão;
15 – Bioquímico da Maternidade, primo;
16 – Presidente da Cooperativa de Trabalho, primo da mulher;
17 – Assessora da Secretaria de Educação, sogra do irmão;
18 – Empreiteiro de Pinturas, cunhado da sogra do irmão;
19 – Tesouraria, cunhado do irmão.
Por analogia, pensemos na próxima eleição para prefeito de Barreiras, quando o antigo prefeito de São Desidério, Zito Barbosa, que pelas pesquisas atuais desfruta de boa chance de se eleger, conseguir seu intento.
Se isto ocorrer é bom nos prepararmos para acolher toda equipe que por muito tempo ele comandou no vizinho município.
Já dizia o saudoso jornalista Nelson Rodrigues, em sua vasta trajetória de vida, que “toda unanimidade é burra”. Então, caso nossa cidade, através do seu eleitorado, opte pela escolha do Sr. João Barbosa de Souza Sobrinho, o Zito, para comandar nossos destinos, é bom que desde já nos preparemos para conviver com novas caras na prefeitura, preferencialmente a família Barbosa.
A reflexão não é minha, o destino de Barreiras deve ser decidido por seus habitantes, que têm o poder de escolha do próximo dirigente. Por Itapuan Cunha.
Dez entre dez dos pré-candidatos de Barreiras são nulidades de carteirinha e identificação funcional. Cabe aos eleitores achar a honrosa exceção.
Pesquisa pré-eleitoral realizada em Barreiras, mais de um ano antes das eleições de 2016, trouxe uma nova perspectiva sobre a sucessão. A pesquisa não foi registrada e portanto não pode ser divulgada. No entanto, são dignas de nota a alta rejeição do atual gestor municipal, de quase a metade dos consultados, e a colocação do pré-candidato Zito Barbosa mais de 20 pontos à frente da consulta.
Também é emblemática, na pesquisa espontânea, a baixíssima citação de Jusmari Oliveira, menos de 1% e, um pouco acima, de sua eventual herdeira política, Kelly Magalhães.
Um jornalista confidenciou a este editor, ao comentar a pesquisa: “Há um ano da eleição de 2012, em 2011, Jusmari tinha mais de 70% de rejeição e perdeu o pleito por menos de mil votos”.

Faltam poucos mais de 500 dias para o início das campanhas eleitorais de 2016. Ao que parece, ao menos em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, não haverá um “ano morto” em 2015 para as articulações políticas.
Os cidadãos que disputam o poder mal vão esperar o carnaval para detonar as suas estratégias de luta pelo poder.
Com os orçamentos plurianuais (4anos) atingindo algo em torno de 3 bilhões de reais, os dois municípios vão atrair esforços especiais para a tomada do poder.
Nas duas comunas, o Governo do Estado detêm a Banda A e a Banda B da política e por isso deve se isentar de influir nas eleições municipais. Resta agora saber quem representará a Oposição, as chamadas terceiras vias.
Em Barreiras, destacam-se os nomes de Caduda Braga (PSDB), vereador Carlos Tito (PDT), Zito Barbosa (PMDB) e Dó Miguel (PSDB) como eventuais candidatos dessa terceira via e ou mesmo como francos desafiadores da reeleição de Antônio Henrique ou de eventual preposto.
Em Luís Eduardo Magalhães, o nome mais cogitado ainda é do médico Luciano Trindade, que concorreu, com relativo sucesso, em 2008, unindo-se com Humberto Santa Cruz em 2012, mas afastando-se do seu Governo em 2014, partindo-se do pressuposto que a Situação teria um candidato e outro sairia das hostes do casal Oliveira.
Como diz o progressista João Leão, com seu tradicional humor, “só existem dois grandes prazeres na vida: fazer filhos e comandar uma cidade.”
Nem a tragédia que atingiu a família de Ondumar Ferreira Borges parece ter quebrado a determinação do grupo político, que atualmente governa Luís Eduardo Magalhães, de ter como seu candidato e sucessor o empresário Fábio Lauck. Ontem, no rescaldo da tragédia, comentava-se que Fábio continua sendo candidato único, francamente apoiado por Humberto Santa Cruz, talvez ligeiramente enfraquecido, eleitoralmente, com a perda de Ondumar, que formaria com ele uma chapa imbatível.
O candidato de Humberto continua sendo Fábio, com chances reais de vitória na campanha eleitoral de 2016.
Por seu turno, os desafiantes de Humberto e Fábio ainda não parecem ter escolhido um candidato, no impedimento legal de Oziel Oliveira e provavelmente também de Jusmari Oliveira. Foto de Sigi Vilares, em evento público recente.