Consequências diretas da recessão na produção de carnes: milho perde preço e produtores pedem prorrogação de débitos.

Leia primeiro a notícia abaixo sobre a recessão na avicultura e suinocultura, depois de uma série de fechamentos de mercados externos aos exportadores brasileiros, uma situação que se iniciou com a Operação Carne Fraca e foi agravada por outras operações, não explicadas, deflagradas pela Justiça e Polícia Federal.

Luiz Fernando Pacheco, analista de mercado, prevê tempos sombrios para produtores de milho, principalmente aqueles do Mato Grosso: 

“Embora alguns vendedores ainda tapem os olhos e continuem pedindo preços ao redor de R$ 40,00/saca, a realidade do país não é mais esta, com raríssimas exceções (no Sul, apenas Vacaria continua com este preço e no nordeste, em Irecê, Bahia). Nas demais localidades os preços caíram entre 1% e 9%. As menores quedas ocorreram no MS, porque é um estado exportador de milho e os seus preços foram se adaptando regularmente, à medida em que os negócios iam se realizando”, completa o especialista.

Por outro lado, o Banco do Brasil (BB) anunciou que atendeu o pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e prorrogou as parcelas de custeio e investimento vencidas ou que irão vencer até 31 de dezembro deste ano para produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvem as atividades de avicultura e suinocultura.

A medida foi anunciada nesta quinta-feira (19.04) prevê a prorrogação das operações de custeio por um prazo de dois anos e as de investimento para um ano adicional ao final do contrato para cada parcela adiada. Esse último critério também vale para as parcelas de custeio já prorrogadas.

“O anúncio trará um fôlego para o setor nesse atual momento de crise. O produtor vai conseguir gerir melhor o seu dinheiro e cobrir outros custos, como aquisição de insumos e pagamento de trabalhadores”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.

Acre consegue estabelecer cadeia produtiva da suinocultura. E o Oeste baiano?

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Parece mentira, mas uma parceria entre Governo do Acre e iniciativa privada está inaugurando um frigorífico com capacidade para abate de 800 suínos por dia, com previsão de dobrar a operação em pouco tempo. Aqui no reino do Oeste baiano, no centro de uma grande região produtora de milho e soja, não se consegue estabelecer uma cadeia produtiva da suinocultura, apesar da proximidade com o mercado nordestino.

A carne suína e os embutidos são produzidos em Santa Catarina e atravessam o País, num longo passeio de caminhão, para abastecer o mercado nordestino.

O investimento acreano é da ordem de R$55 milhões e prevê financiamento de galpões de criadores e incentivo à cultura do milho.

O novo frigorífico vai criar 500 empregos diretos (podendo chegar a 1.000) e mais 2.000 empregos indiretos.

Produtores querem mais apoio à suinocultura da Bahia

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Um grupo de suinocultores esteve esta semana com o secretário da Agricultura, Jairo Carneiro, debatendo a estruturação da cadeia produtiva de suínos.

O grupo pediu o apoio do Secretário para solicitar ao Banco do Nordeste (BNB) linhas de financiamento para o setor produtivo e industrial da suinocultura. Eles também discorreram sobre a possibilidade de adquirir para os produtores, através da Conab, milho para nutrição animal e apoio para estruturar a comercialização e industrialização da carne.

Marcelo Plácido, o presidente da Associação de Suinocultores da Bahia, que participa da Câmara Setorial de Carnes, debateu com o secretário Jairo Carneiro a respeito do programa de comercialização da carne suína, que deverá ser lançado este ano. O objetivo do programa é estruturar a comercialização de carnes em boutiques modelo, e incentivar o consumo. “É uma ação pioneira que queremos lançar em três pólos, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Salvador. Esse é um modelo que vai levar qualidade à carne comercializada e mais saúde para os consumidores”, destacou Plácido.

A Bahia é grande produtora de milho, principalmente nos municípios de Paripiranga e Adustina (região Nordeste) e no Oeste. Após ouvir o pleito do grupo, o secretário fez os encaminhamentos necessários e destacou que “o Estado é grande produtor de grãos, matéria-prima para ração animal, e uma das metas da Seagri é criar condições para que essa produção seja transformada em proteína animal”.

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Suinocultura no Oeste tem mercado potencial pela frente.

O preço da carne suína começa o ano em alta nos frigoríficos. Diferentemente das carnes de frango e bovina, que permanecem com preços estáveis ou em queda, o valor da carne suína está em alta nos frigoríficos paulistas. Segundo pesquisa realizada pela Folha, a arroba do animal é comercializada, em média, a R$ 80, acumulando alta de 7,8% em 30 dias.

Luís Eduardo Magalhães e São Desidério têm todo o necessário, principalmente milho e farelo de soja, para formar um grande polo de suinocultura. Dá pena ver caminhões frigoríficos das grandes empresas do Oeste catarinense passarem por Luís Eduardo levando carne suína e derivados para o Nordeste. Assim como a avicultura e a piscicultura estão montando suas cadeias produtivas aqui no Oeste, com vistas ao mercado nordestino, chegou a hora de repensar seriamente a suinocultura.

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Governo socorre criadores de porcos

Os preços do milho no mercado interno e os preços internacionais da soja, acenderam luz vermelha na sala de crise da suinocultura. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anuncia hoje (12) medidas de apoio aos suinocultores. O anúncio será feito durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, prevista para começar às 8h30 no Auditório Petrônio Portela.

Entre as medidas que serão apresentadas pelo ministro Mendes Ribeiro Filho estão a prorrogação de dívidas e a criação de uma linha especial de crédito. Participam da audiência – que vai discutir a atual crise da suinocultura brasileira – os presidentes da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Marcelo Lopes, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro de Camargo Neto, e da Associação Brasileira de Supermercados, João Rabelo Júnior.

Como se tem falado aqui, de há muito, a era da comida barata encerrou um longo ciclo. Quem contava com frango, suíno e carne bovina com baixos preços na mesa do consumidor, inclusive como índice de felicidade geral da nação, sabe que agora os parâmetros são outros.

Suinocultura chegará agora ao Oeste baiano?

A notícia veiculada pelo Ministério da Agricultura de que finalmente os Estados Unidos permitiram a exportação de carne suína brasileira poderá ser um alento para a instalação de um polo suinocultor no Oeste baiano, onde se encontra fartura de insumos básicos, como o milho e soja. Segundo estudos, realizados há dois ou três anos, só para atender o mercado interno da Bahia poderiam ser abrigadas 100 mil matrizes, o que proporcionaria a produção de 2 milhões de porcos, com 80 quilos de peso vivo, ao ano.

Financiamento para investimento, assistência técnica e a criação de uma entidade classista são pautas primárias para a diversificação do agronegócio do Oeste.

Suinooeste pode ganhar novo coordenador

Eduardo Yamashita

Eduardo Yamashita, o ex-secretário de Agricultura de Luís Eduardo, deverá assumir a coordenação institucional e administrativa da Suinooeste, instituição em fase de formatação jurídica que pretende implantar um grande pólo de produção de suínos no Oeste da Bahia. Importantes associações de produtores estão apoiando a criação da instituição, bem como entidades financeiras e governamentais, além de um grande frigorífico ligado ao setor.

Os planos são, num primeiro passo, instalar uma cadeia produtiva com base na produção de 30 mil matrizes e, na sequência, ampliar para 100 mil matrizes. O objetivo de mercado é atender os mercados do norte/nordeste que hoje são atendidos pelas grandes corporações de Santa Catarina.

Esta semana foi feita uma reunião entre representantes das diversas instituições interessadas. O objetivo é aproveitar a fartura de milho e soja na região, principais insumos da suinocultura, e a proximidade com os mercados consumidores.

Suinocultura do Oeste baiano terá encontro em março

A Associação de Suinocultores do Oeste Baiano estará realizando, no dia 16 de março, no CTG Sinuelo das Gerais, com o apoio e co-participação de uma dezena de entidades ligadas ao agronegócio, o I Encontro Técnico de Suinocultura do Oeste Baiano. Este encontro técnico tem como objetivo reunir pesquisadores, profissionais das áreas de ciências agrárias, produtores, órgão de defesa agropecuária do estado, EMBRAPA e as demais entidades envolvidas na cadeia produtiva, visando discutir a implantação, em âmbito regional, do pólo suinicola para que se possa utilizar os grãos e subprodutos, gerando assim desenvolvimento econômico e comprometimento ambiental. É a seguinte a programação do Encontro:

Data: 16 de Março de 2010

Local: CTG Sinuelo dos Gerais – LEM

Recepção e Inscrição: 08:00 Hs

Abertura: 08:30

Primeira palestra: 09:00 hs

MERCADO DA CARNE SUINA

Palestrante: Dr. Rubens Valentini – Ex Presidente da ABCS

Coffee Break – 10:00 hs

Segunda palestra:10:15 hs

SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE SUINOS

Palestrante: Dr. Osmar Dalla Costa – EMBRAPA SUINOS E AVES

Intervalo para almoço: 12:30

Terceira Palestra: 14:00 hs

TRATAMENTO DOS DEJETOS DE SUINOS EM BIODIGESTORES: GERAÇÃO DE BIOGÁS, BIOFERTILIZANTES E CREDITOS DE CARBONO.

Palestrante: Dr. Danilo Gusmão – UNEB / NEPPA

Quarta Palestra: 15:00 hs

LEGISLAÇÃO SANITÁRIA NACIONAL E ESTADUAL

Palestrante – ADAB

Coffee Break: 16:00 hs

Debate técnico: 16:15 hs

POLO SUINICOLA DO OESTE BAIANO

Intermediador: Dr. Marcelo P. Correia – ABS

Encerramento: 17:00 hs

REALIZAÇÃO:

Associação dos Suinocultores do Oeste da Bahia – SUINOESTE, Associação Brasileira de Criadores de Suínos – ABCS, Associação Baiana de Suinocultores – ABS, Prefeitura Municipal de Luis Eduardo Magalhães, Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães, Agencia de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, EMBRAPA Suínos e Aves, UNEB / EJEA

APOIO

SEBRAE, SENAR, AIBA, Fundação Bahia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste