Carros roubados eram vendidos no Sul do Piauí por quantias irrisórias

carros roubados

O Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal realizou novas diligências na região sul do Estado onde faz a apreensão de veículos que foram roubados em diversos estados do país. A parcial da operação já soma 51 veículos recuperados. A PRF-PI conta com o apoio do Detran, e das Polícia Civil e Militar.

São carros roubados dos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Maranhão e ainda do Distrito Federal. Um dos veículos recuperados foi tomado do dono dias depois de ter comprado. “Em um dos casos o dono não teve tempo nem de emplacar e já foi roubado. E outro carro, que tinha sido roubado só há cinco dias em Salvador, já estava no Piauí, adulterado”, relata o Inspetor da PRF, Tony Carlos.

Até ontem, 43 carros, a maioria considerados de luxo, tinham sido apreendidos na região dos municípios de São Raimundo Nonato, Fronteiras, Alagoinha do Piauí, São João do Piauí. Hoje, já mais próximo ao município de Picos, foram outros oito carros recuperados. Um Novo Uno foi o último registro divulgado pela PRF, que estava na cidade de Inhuma.

Ainda ontem o site 180graus havia divulgado, direto da cidade de Anísio de Abreu, onde foi montado um ‘posto de flagrante’, sobre o trabalho realizado na Operação. Entre os veículos apreendidos, muitas caminhonetes e carros novos, entre S10, Honda Civic, Corolla, Onix, Hilux, Tucson e outros modelos. “São carros e motos de luxo, mas temos também uma grande quantidade de carros populares, como Gol, Corsa, Uno, que são mais fáceis de serem repassados por um valor mais baixo”, afirma o inspetor Tony Carlos.

Em alguns casos, veículos de R$ 50 mil são comprados por R$ 10 mil e em um caso específico, uma Picape no valor de R$ 70 mil foi repassada por apenas R$ 6 mil. “As pessoas acabam caindo em um golpe, pois os falsários chegam com uma conversa de que os donos compraram os carros, mas não querem mais, aí vendem em outro estado para o prejuízo ficar com o banco. Aí muita gente se sacrifica, vende animais, terrenos, acreditando que ficarão com o carro por muito tempo e não serão descobertos. Sem falar que há pessoas mais entendidas que sabem da origem inidônea do carro e mesmo assim, acabam comprando. E fazemos o alerta para que a população tenham cuidado com as conversas de pessoas assim”, afirma.