Safra de grãos na Bahia é 8,2% maior em 2022. Soja é destaque.

Segundo a SEI foram colhidas 11,4 milhões de toneladas, resultado de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares

A produção de cereais, oleaginosas e leguminosas da Bahia fechou 2022 com crescimento de 8,2% frente a 2021, registrando novo recorde. O estado colheu 11,4 milhões de toneladas, de acordo como o décimo segundo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.

Os dados baianos são apurados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A produção baiana é fruto de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares, uma expansão de 5,5% na comparação anual. A produtividade média nas lavouras de grãos ficou em 3,36 toneladas/hectare.

Principal cultivo de grão no estado, a soja registrou safra de 7,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 6% acima do verificado em 2021.

A oleaginosa – que tem peso forte na pauta de exportações – atingiu recorde pelo terceiro ano consecutivo. A área plantada no estado é estimada em 1,8 milhão de hectares (7,2% superior ao observado em 2021). Foi apurada uma produção de algodão (caroço e pluma) de 1,35 milhão de toneladas, alta 6,4% em relação a 2021. A área plantada com a fibra (290 mil hectares) superou em 8,3% a do ano passado.

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, somaram 2,84 milhões de toneladas, que representa uma expansão de 13,6% na comparação anual. Com relação à área plantada (700 mil hectares), o IBGE aponta uma expansão de 4,5% em relação à da safra passada. Já a lavoura do feijão totalizou 244 mil toneladas, representando avanço de 28,9% na comparação com a safra de 2021.

Atividade econômica baiana cresce 1,5% no primeiro trimestre de 2013

No primeiro trimestre de 2013 o conjunto da economia baiana registrou expansão de 1,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. Já em relação ao 4º trimestre de 2012, quando são descontadas as influências sazonais, a atividade econômica registrou crescimento de 1,48%. Já o PIB brasileiro registrou, no primeiro trimestre, expansão de 1,9% em relação ao primeiro de 2012 e 0,6% na comparação com o quarto do ano anterior. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Geraldo Reis, diretor-geral da SEI, avaliou o índice: “O resultado do primeiro trimestre (1,5%) ficou ligeiramente abaixo de nossas expectativas, quando comparado ao mesmo período do ano passado, e abaixo também da taxa de crescimento para o Brasil (1,9%)”, afirma Reis.

Entretanto, pontua o secretário do planejamento do Estado, José Sergio Gabrielli, “quando comparado ao trimestre imediatamente anterior, o PIB baiano apresentou taxa de crescimento de 1,48%, enquanto o nacional cresceu 0,6%. Isso evidencia um ritmo de retomada do crescimento da indústria de transformação do estado, que registrou expansão de 6,4%”, destaca Gabrielli.

Indústria: Dinamismo determinado pela transformação

No primeiro trimestre de 2013 a indústria baiana (transformação + extrativa + construção civil + Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana), teve crescimento de 3,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2012.

Dentre os segmentos da indústria, o crescimento que mais contribuiu e foi decisivo para a formação da taxa foi da indústria de transformação. No primeiro trimestre de 2013 a transformação baiana registrou expansão de 6,4% no valor adicionado. Esse crescimento foi determinado, em grande parte, pelo aumento na produção de refino de petróleo e álcool (20,2%), veículos automotores (25,7%) e borracha e plástico (16,0%).

A indústria extrativa também apresentou crescimento no primeiro trimestre (2,0%), determinado especificamente pelo aumento na produção de gás natural, a qual teve expansão de 11,0% no primeiro trimestre. Já a extração de petróleo contribuiu negativamente com queda de 10,2%.

Já produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana acumulou crescimento de 2,1% no primeiro trimestre, enquanto que a construção civil apontou queda de 3,8%, revertendo o longo período de expansão pelo qual passou o setor nos últimos anos.

Setor de Serviços registra crescimento de 0,9%

No primeiro trimestre de 2013 o setor de serviços registrou expansão de 0,9% na comparação com o primeiro trimestres de 2012, influenciados pelo setor administração pública, principal segmento dos serviços, que cresceu 1,3%, e pelo setor de transportes, que acumulou um crescimento de 6,2%. Já o segmento do comércio varejista sofreu queda de 1,5%, devido às reduções nas vendas dos setores de atacado e varejo de combustível (-14,9%) e material de escritório e informática (-12,8%). Outro fator que influenciou na queda do segmento foi a diminuição de 4.200 postos de trabalho no setor, no período.

Agropecuária: Seca ainda causa prejuízos à lavoura baiana

O PIB do setor agrícola do 1º trimestre apontou retração de 4,2% na atividade. Mais uma vez a queda na produção agrícola teve como principal fator motivado a seca que há dois anos atinge a Bahia. De acordo com os dados do LSPA do IBGE, no primeiro trimestre de 2013 os grãos registram retração de 6,3%, sendo que o algodão teve queda de 17,3%, a soja (-17,7%), cacau (-8,3%) e a cana-de-açúcar (-1,3%). Por outro lado, foi verificada expansão da produção de feijão (65,4%), milho (16,3%) mandioca (7,6%) e café (2,8%).

Sobre os setores de Agropecuária e Serviços, Reis pontua: “De uma forma geral, a retração da agropecuária está ainda relacionada aos efeitos da seca, mas o arrefecimento do setor de serviços, e particularmente o comércio, está dentro do que acreditamos ser uma tendência de diminuição do ritmo de crescimento do consumo, que, conjunturalmente, está associado aos efeitos da inflação e uma certa exaustão da demanda pelo crédito. Em uma perspectiva mais estrutural, mantém-se a tendência de diminuição do ritmo de crescimento do consumo e de um retorno de crescimento dos investimentos, dando, portanto, maior equilíbrio entre os pilares da estratégia de crescimento econômico. Nesse contexto, a nossa projeção de uma taxa de crescimento para a Bahia de 2,5% em 2013 está bastante alicerçada, pois, tradicionalmente, o segundo e o terceiro trimestre apresentam maiores taxas de crescimento da atividade econômica, o que sinaliza que a Bahia deverá obter, para 2013, um resultado semelhante aos resultados nacionais”.

Empresário baiano menos confiante na economia

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, revelou redução do nível de confiança dos setores da economia baiana, registrando queda de 46,5 pontos. O índice atingiu 71,7 pontos no mês de junho, permanecendo na zona de Otimismo Moderado.

No que diz respeito à atividade econômica, o indicador aponta uma tendência de arrefecimento, iniciada no mês de dezembro do ano passado, no setor da Agropecuária. O índice desse setor declinou em 145,5 pontos em relação ao mês anterior e registrou -107,6 pontos, encontrando-se na zona de Pessimismo Moderado. No que se refere ao setor da Indústria, a queda foi de 25,6 pontos e o indicador chegou a -89,8 pontos, mantendo-se na zona de Pessimismo Moderado. O setor de Serviços e Comércio apresentou declínio em relação ao mês anterior de 42,3 pontos e permanece na zona de Otimismo Moderado, com 167,2 pontos.