Golpistas detidos na Papuda e Colmeia reclamam de superlotação. Bem vindos ao sistema prisional do Brasil.

A Gazeta | Superlotação nos presídios do ES cai em 2020, mas segue acima dos 62% | Gazeta Online

Cela superlotada em presídio do Espírito Santo. Imagem publicada em A Gazeta. Informações do Metrópoles.

Extremistas detidos após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro se queixam superlotação, “comida ruim”, mau cheiro e outros problemas nas celas do Complexo Penitenciário da Papuda e da Penitenciária Feminina de Brasília, popularmente conhecida como Colméia.

Segundo o defensor público da Tutela Coletiva de Presos do Núcleo de Execuções Penais, Felipe Zucchini, os extremistas estão em celas separadas dos demais detentos na Papuda e da Colméia. No entanto, mesmo essas unidades estão superlotadas.

“Se considerado o número de camas disponíveis, que em regra são 8 por cela, esta seria a quantidade ideal para ninguém dormir no chão. Nas visitas recentes se registrou a presença de 16 a 22 nessas celas. Importante destacar que em outras unidades da Papuda, como o CIR (Centro de Internamento e Reclusão), é comum encontrar celas com mais de 22 pessoas, muitas vezes há mais de 30 pessoas em espaços semelhantes”, contou. O problema se repete na Colméia, onde há casos de celas com 16 detentas.

Os golpistas do 8 de janeiro são bem vindos ao sistema prisional do Governo Bolsonaro, aquele mesmo que sempre afirmou que bandido bom é bandido morto.

Em junho de 2018, durante a campanha eleitoral em que já demonstrava o estúpido que ia ser, Jair disse: “Presídio cheio é problema de quem cometeu crime”.

Ou como disse outro imbecil: “Se tem 22 pessoas na cela é porque cabem 22.”  

 

Temer vai assinar indulto por mais vagas nas prisões.

Após pedido de Jair Soares Júnior, Defensor Público Geral, o presidente Temer voltou atrás e anunciou que concederá indulto de Natal.

O motivo não é nenhuma filigrana da Justiça. Bem longe disso, é abrir vagas nas superlotadas prisões brasileiras, calabouços infectos governados por facções criminosas.

São 686 mil presos em todo o País, a grande maioria afastada de qualquer possibilidade de trabalho, educação, atendimento médico preventivo, consumida pela droga e pela AIDS.

O número de vagas no País é de 407 mil. A população carcerária é 68% maior.

Presos de Barreiras se amotinaram de novo depois de tentativa frustrada de fuga

Da redação Nova Fronteira

Durante boa parte da manhã de hoje, 05, os detentos do Complexo Policial de Barreiras, Oeste da Bahia, se motinaram e promoveram um quebra-quebra nas celas daquela unidade prisional. Eles estavam revoltados porque a Polícia Civil impediu no final da tarde ontem uma fuga em massa de detentos que estavam na cela sete. Os presos tinha feito um buraco na parede da cela e pretendiam fugir pelo pátio da delegacia.

Devido o plano de fuga ter dado errado, um dos presos acabou sendo agredidos por seus companheiros de cela e precisou ser atendido por uma equipe médica de socorristas do Samu. O detido acabou sendo atingido supostamente a golpe de chuço no couro cabeludo, tórax e perna esquerda, também sofreu um corte na cabeça desferido provavelmente por um dos ferros retirado de uma das grades.

O delegado Francisco Carlos de Sá e outros agentes civis precisaram jogar bombas de efeito moral no interior das celas para acalmar os ânimos dos mais exaltados. O delegado ainda solicitou a presença de policiais militares e do Promotor Alex Mouro para dar cobertura durante a entrada no interior da delegacia para realizar um levantamento dos danos causados pelos detentos.

De acordo com Francisco de Sá, os presos serão relocados para outra ala do Complexo Policial enquanto pedreiros promovem o fechamento do buraco e de outros danos que possam ter ocorrido.

O comando do 10º BPM enviou para o local equipamentos como escudos e capacetes para serem utilizados durante a invasão. Com espaço para abrigar 28 presos, atualmente o Complexo Policial de Barreiras está com 67 internos que aguardam o julgamento.

 

Presídios bárbaros só alimentam ódios

Para quem não gostou da matéria – e até para quem gostou –  “Que se invoque novamente a lei de proteção dos animais”, aqui publicada, no sábado, parece interessante a leitura da Revista Forum sobre o assunto, um comparativo de vários sistemas carcerários no mundo e a eficácia na recuperação dos condenados. A Suécia  fecha cárceres, por falta de detentos, e comprova: presídios bárbaros só alimentam ódios; para combater criminalidade e reincidência, a receita é outra. Veja o que se fala sobre o Brasil no artigo escrito por Cibelih Hespanhol:

“O Brasil, que ocupa o quarto lugar no ranking de população carcerária, possui cerca de 500 mil presos, num índice de 274 detentos por 100 mil habitantes. Além disso, o número de detentos é 66% maior do que a capacidade que o sistema brasileiro possui de abrigá-los nas prisões. Em junho do ano passado, a ONU declarou em relatório oficial a necessidade do país “melhorar as condições de suas prisões e enfrentar o problema da superlotação”. Casos de violação dos direitos humanos, torturas físicas e psicológicas são recorrentes em presídios brasileiros: no Rio de Janeiro, um preso é morto a cada dois dias, principalmente de tuberculose e AIDS.”

Alertado, corrijo-me, espero que em tempo: nos esquecemos, na matéria original, de lembrar a missão dos policiais, que assumindo a função de carcereiros, sem ter obrigação legal de fazer, convivem também no ambiente insalubre e perigoso das cadeias. Há pouco tempo, o Sindicato da classe chegou a determinar que os policiais, cuja missão precípua é investigar, inquerir e instruir o processo de indiciamento, abandonassem a função de carcereiros. Acabaram não fazendo isso, preocupados com a segurança da população e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia  acabou fazendo vistas grossas ao assunto.

Espera-se que, diante dos fatos expostos, o Ministério Público da Bahia represente contra o Secretário da Administração Penitenciária e contra o Governador do Estado, autoridade responsável pela situação desesperadora do sistema carcerário do Estado.

Ministério Público e Tribunal de Justiça liberam 90 presos em Jequié.

Promotores de Justiça, titulares das comarcas da Regional de Jequié, tiveram papel fundamental no Mutirão Carcerário 2012, realizado no município (distante 358km de Salvador), pelo Tribunal de Justiça. Durante três semanas, eles analisaram pleitos e pareceres e chegaram à concessão de 169 benefícios dentre indultos, progressões de regime e livramento condicional e, após a realização de uma audiência admonitória coletiva, foram liberados 90 presos. Com capacidade para 416 pessoas, o conjunto prisional de Jequié mantinha 846 detentos, sendo que 517 em prisão definitiva e 329 em prisão provisória.

Novas fugas de presidiários, agora em Brumado. Qual a solução para nossos presídios?

Segunda Grande Guerra: Brasil já teve campos de concentração.

Treze presos fugiram da custódia da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior, localizada na cidade de Brumado, no sudoeste da Bahia, na noite de terça-feira (25). Um deles foi recapturado na madrugada desta quarta-feira (26), segundo informações do delegado coordenador da 20ª Coorpin, Leonardo Rabelo.

Segundo o delegado coordenador, os presos improvisaram uma escada humana e usaram cordas feitas de lençóis, conhecidas como Tereza, para chegarem ao teto da área de banho de sol, onde forçaram as vigas e escaparam. Rabelo informou que a fuga aconteceu às 21h e que os policiais de plantão perceberam a movimentação e impediram que outros detentos fugissem.

Todos os fugitivos estavam em uma mesma cela. Trinta e um detentos permaneceram na custódia e, de acordo com a polícia, serão transferidos ainda nesta quarta-feira (26) para presídios em cidades próximas. A polícia informou também que os fugitivos estavam na lista de presos que deveriam ser levados para outras unidades.

A custódia da 20ª Coorpin, segundo informações de Leonardo Rabelo, tem sete celas e capacidade para 28 presos, mas abrigava quase 50 pessoas no momento da fuga. A polícia faz buscas pela região para localizar os outros 12 fugitivos. Do G1.

Estes presidiários estavam no paraíso. Se eles soubessem que em Luís Eduardo Magalhães, 2 celas, construídas para abrigar 12 presos, abrigam sempre mais de 70, voltavam correndo para o seu ninho.

A solução dos presídios da Bahia, bem como no resto do País, passa pelos presídios industriais, pelos presídios agrícolas e pelos campos de concentração.

Se nas guerras, soldados acostumados ao combate são contidos em campos de concentração; se pobres moram em barracos de lona por anos; se os integrantes do Movimento Sem Terra levam à frente sua reivindicações em acampamentos de lona; se os fragelados da Paraíba e da serra fluminense moram em barracos de lona por mais de um ano, por que não manter os nossos presos ao sol, trabalhando, plantando a sua comida e sem que o Estado gaste fortunas com sua manutenção?

Cercas de arame farpado, cachorros treinados, uma meia dúzia de metralhadoras e um novo Código Penal, adaptado à nossa realidade, são suficientes para conter nossos presos. Urge também um campo de concentração especial para nossos políticos corruptos, condenados depois de um julgamento célere e justo.

Durante a II Grande Guerra, tivemos campos de concentração no Brasil, onde foram confinados italianos, alemães e japoneses, em vários estados. Veja no link.