Toffoli recebe relatórios do COAF sobre 600 mil pessoas físicas e jurídicas. Salve-se quem puder!

Do Poder 360.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, determinou ao Banco Central que lhe enviasse cópias de todos os Rifs (Relatórios de Inteligência Financeira) produzidos nos últimos 3 anos pelo extinto Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Com a medida, terá acesso a dados sigilosos de quase 20.000 relatórios mencionando aproximadamente 600 mil pessoas (412,5 mil físicas e 186,2 mil jurídicas).

De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgada nesta 5ª feira (14.nov.2019), entre os nomes mencionados nos relatórios há integrantes da família Bolsonaro. A PGR (Procuradoria Geral da República) estuda questionar a determinação de Toffoli.

A justificativa da determinação do ministro é entender o procedimento de elaboração e tramitação dos relatórios financeiros. Com isso, Toffoli ou qualquer outro servidor por ele autorizado terá acesso aos dados.

O pedido do presidente do STF é de 25 de outubro de 2019. Foi feito no âmbito do processo que suspendeu investigações com dados do Coaf sem prévia autorização judicial. Em julho, Toffoli aceitou o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, e barrou o uso de dados sem autorização da Justiça.

Flávio é alvo de uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre operações bancárias suspeitas de servidores e de ex-servidores da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), entre eles o ex-assessor Fabrício Queiroz.

Toffoli definiu que deve-se esperar o julgamento do STF sobre o assunto, marcado para 21 de novembro. Desde a decisão, ao menos 700 ações e investigações foram paralisadas Justiça.

 

Audácia do Bofe: Marun diz que quer impeachment do ministro Barroso do STF

Marun, em foto de O Globo: da dancinha ridícula a impichador de ministros do STF.

“O governo não está pensando em impeachment do ministro Barroso, mas eu estou”, disse Marun, em entrevista coletiva ao lado do ministro da Justiça, Torquato Jardim, no Palácio do Planalto.

“Estamos diante de um sucessivo desrespeito à Constituição em sucessivas decisões do ministro Barroso”, acrescentou.

Marun disse que não conversou com o presidente Michel Temer sobre o assunto, mas admitiu que trocou mensagens com parlamentares sobre o tema e que considera, se for o caso, se licenciar do cargo de ministro para fazer o pedido, que precisa ser feito ao Senado.

Na noite anterior, ao saber da decisão de Barroso que alterou o decreto de indulto de Natal assinado por Temer em dezembro passado, Marun reagiu com irritação e acusou Barroso de usurpar prerrogativas constitucionais do presidente. Em seguida, sugeriu que o governo poderia recorrer ao Conselho Nacional de Justiça contra Barroso, conforme reportagem do portal Terra.

Ministros do STF batem boca em nível próximo das lavadeiras de beira rio

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso trocaram ofensas na sessão da Corte na tarde desta quinta-feira(26).

A discussão ocorreu durante o julgamento sobre a validade da uma decisão que envolve a extinção de tribunais de contas dos municípios. O estopim para o início da briga ocorreu após Mendes criticar a situação financeira do Rio de Janeiro, estado de origem de Barroso.

Depois do fiasco, enfim uma decisão lúcida e equilibrada no STF

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O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).

O objetivo, segundo o magistrado, é evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela Suprema Corte.

A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do Executivo federal. A notícia foi veiculada pelos veículos da Globo próximo às 23 horas de Brasília.

Pelo que se denota que Dilma Rousseff só será eleita mesmo, para o terceiro mandato, no próximo ano, depois do recesso parlamentar. Agora, os golpistas saem de férias, porque, afinal, ninguém é de ferro.

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STF determina suspensão dos depoimentos da Operação Lava Jato

Zavascki
Zavascki

Estava demorando. A Polícia Federal, O Ministério Público Federal e o STF, na pessoa do ministro Teori Zavascki, estão encontrando diferenças relevantes na condução das investigações da Operação Lava Jato. Veja a nota da Polícia Federal e logo a seguir a nota da Procuradoria Geral da República:

Em referência aos inquéritos que investigam pessoas com prerrogativa de foro no âmbito da Operação Lava Jato, a Polícia Federal informa:

  1. A PF recebeu o prazo inicial de 30 dias para o cumprimento de todas as diligências e oitivas das mais de cem pessoas arroladas nos inquéritos. Para isso, o órgão reforçou o número de policiais dedicados a atuar exclusivamente no caso e vem executando integralmente as diligências determinadas pelo Supremo Tribunal Federal;
  2. Entre as determinações do STF, não consta uma ordem de preferência a ser observada para os depoimentos. Deve-se ressaltar, inclusive, que todas as oitivas realizadas até o momento contaram com a participação de membros do MPF;
  3. No dia 13.04.2015, a PF solicitou prorrogação do prazo para a conclusão dessas diligências e elencou outras providencias consideradas essenciais para aprofundar as investigações, reforçando as provas dos inquéritos. Esses pedidos observam o Regimento Interno do próprio STF, especialmente o artigo 230-C, que faculta ao órgão esse procedimento;
  4. A Polícia Federal tem o compromisso em elucidar os fatos investigados e aguarda para retomar a execução das diligencias;
  5. Como Polícia Judiciária da União, a PF age com o devido respeito a todas as instituições, bem como ao ordenamento jurídico brasileiro, velando por suas prerrogativas e autonomia funcional.
Rodrigo Janot, Procurador Geral da República
Rodrigo Janot, Procurador Geral da República

Nota da PGR/MPF

O Ministério Público Federal esclarece que as investigações referentes à chamada Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) estão em curso e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem determinado regularmente a realização de diligências a partir de diretriz fixada no estrito interesse do esclarecimento dos fatos.

A ordem de coleta de provas nos inquéritos é fundamental para o êxito da investigação e, como a responsabilidade pelo oferecimento da denúncia e pela sustentação da prova no STF é do procurador-geral da República, cabe a ele decidir a estratégia de investigação, como foi expressamente reconhecido pelo ministro relator do caso. Assim, para garantir a agilidade, utilidade e eficiência das investigações, é absolutamente imprescindível que toda e qualquer diligência seja realizada de acordo com a diretriz estabelecida pelo titular da ação penal.

Nesse contexto, o procurador-geral da República determinou à Polícia Federal a suspensão de alguns depoimentos, por entender que essas medidas seriam mais proveitosas se realizadas de forma coordenada com outras diligências já em curso.

O Ministério Público Federal está empenhado na efetiva elucidação dos fatos investigados e cumprirá, com firmeza e imparcialidade, seu compromisso constitucional de investigar e processar todos aqueles que comprovadamente estiverem envolvidos em atos de corrupção.

A decisão do ministro Teori Zavascki sobre a suspensão dos depoimentos pode ser vista aqui.

 

Fux será o novo relator da Ação Penal 470, o Mensalão do PT

Marcos Valério, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, João Cláudio Genu, Breno Fischberg, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, José Roberto Salgado, Kátia Rabello e Simone Vasconcelos garantiram hoje, com o acolhimento do ministro Celso Mello, do STF, da teoria dos embargos infringentes, o direito de reabrir o processo da ação penal 470, pelo crime de formação de quadrilha. O ministro Luiz Fux foi sorteado para ser o novo relator do processo.

Ao longo do processo com certeza será provado que não houve o Mensalão, assim como não aconteceram os propinodutos de Minas Gerais (PSDB), do GDF (DEM) e do metrô e trens de São Paulo (PSDB). Ratifica-se assim o adágio popular de que cadeia foi feita pra gente pobre, analfabeta e, preferencialmente, negra ou mestiça. A Justiça brasileira ainda vai passar para a história como exemplo acadêmico da ineficácia, do clientelismo e do favorecimento ilícito.

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Renovação do TJ-BA, decidida pelo CNJ, foi derrubada no Supremo

A Seccional baiana da OAB emitiu nota pública esta semana destacando que os advogados da Bahia lamentam profundamente a decisão proferida pelo Ministro Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determinava ao Tribunal de Justiça do Estado o preenchimento de 11 vagas para o cargo de desembargador dentro do prazo de 60 dias a contar do início de agosto. Para a OAB-BA, o fato representa um atentado à advocacia e à cidadania do nosso Estado. “É profundamente lamentável que um Ministro do STF, que deve zelar pelo pleno funcionamento e celeridade do Poder Judiciário Brasileiro, objetivando o atendimento da prestação jurisdicional, profira decisão em desrespeito àqueles princípios constitucionais”, diz a nota. Leia o texto na íntegra.

 

Segundo o Bahia Notícias e Congresso em Foco, Oziel lidera lista no STF

Bahia Notícias, hoje, 25, em notícia postada às 12h:

O deputado federal Oziel Oliveira (PDT) lidera o ranking de congressistas candidatos que mais têm investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo levantamento feito pelo site Congresso em Foco. São quatro ações penais (crimes da Lei de Licitações, eleitorais e de responsabilidade) e seis inquéritos (crimes da Lei de Licitações e eleitorais). De acordo com o mesmo levantamento, dos 92 congressistas que disputarão as eleições municipais, 36 são alvos de investigação na Corte, o que corresponde a 40%. Entre os partidos, o PMDB lidera a lista de candidatos com problemas junto ao STF: nove deputados. Em seguida, aparece o PT, com seis integrantes investigados. O PSDB é a terceira sigla, com quatro correligionários.

Deputado Roberto Britto volta a ser processado no STF.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Agravo Regimental na Ação Penal (AP) 512, na qual o deputado federal Roberto Britto (PP/BA) responde por compra de votos nas eleições para prefeito de Jequié (BA), nas eleições municipais de 2000. O recurso foi interposto contra decisão do relator da AP, ministro Ayres Britto, que determinou a retomada da ação penal.

Em maio de 2004, o Ministério Público Eleitoral da Bahia denunciou Roberto Britto, junto com mais três pessoas, por captação ilícita de votos para supostamente favorecer sua candidatura a prefeito, por meio da doação de terrenos públicos para a população de baixa renda durante a campanha eleitoral. Em agosto de 2005, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) recebeu a denúncia e suspendeu condicionalmente o processo por dois anos, com a condição de que os acusados comparecessem e informassem mensalmente ao juízo eleitoral suas atividades. Continue Lendo “Deputado Roberto Britto volta a ser processado no STF.”

Como o STF amacia o caminho dos mensaleiros.

Lewandowski: um juiz nomeado pelo PT, amaciando a vida dos petistas.

A conversa do ministro-chefe do Supremo Tribunal Federal, ao telefone, entreouvida num restaurante de Brasília, em agosto de 2007, em que declara a um amigo que aquela corte estava agindo com uma faca ao pescoço, imposta pela imprensa, no julgamento do caso do Mensalão, deve se tornar  uma das páginas mais negras do judiciário brasileiro.

A tendência de “amaciar para o José Dirceu”, anunciada ao telefone por Ricardo Lewandowski, todos já sabiam que  existia. Mas dita pela boca pela maior autoridade do Judiciário do País, é um fato inédito.

Veja a íntegra do texto, comentado pelo colunista de Veja, Augusto Nunes. Aliás, a Veja desta semana traz uma longa matéria sobre a corrupção no Judiciário e a guerra que o CNJ vem travando para quebrar essa corrente de maldades.

Estadão: STF blinda políticos processados

 O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de cometer crimes. Um procedimento adotado no ano passado como exceção, que visava a proteger as investigações, acabou tornando-se regra e passou a blindar deputados, senadores e ministros de Estado. Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo em aproximadamente 200 inquéritos mostrou que os nomes dos investigados são ocultados.

Apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação. O Estadão já havia revelado, em dezembro do ano passado, a adoção dessa prática no STF.

Juízes querem cercear a ação do CNJ.

A decisão dos juízes federais de contestar, no Supremo Tribunal Federal, o poder do Conselho Nacional de Justiça de regular e investigar irregularidades cometidas por magistrados “é uma iniciativa infeliz, que pretende cercear o trabalho bastante positivo do CNJ”, diz o professor Pedro Estevam Serrano, titular de Direito Constitucional da PUC-SP. Essa posição adotada pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), segundo ele, “não é algo juridicamente adequado nem útil à sociedade”.

É uma briga antiga, com pretexto novo. Em julho, o CNJ adotou a resolução 135, para uniformizar os procedimentos ligados à atuação administrativa e disciplinar dos juízes. Estes viram no ato uma extrapolação de poder. Só caberia ao conselho, entende a AMB, investigar assuntos já julgados por tribunais inferiores.

O STF deve julgar a Ação de Inconstitucionalidade (Adin) pedida pela AMB na quarta-feira. Ela tem como relator o ministro Marco Aurélio de Mello – que, até onde se sabe, vê com simpatia a causa dos juízes. Serrano não percebe, no episódio, indícios de espírito corporativo, assim como não critica a luta do Judiciário por melhores salários. Ele adverte: “Deviam parar de considerar o salário do magistrado uma referência para os demais Poderes”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Daqui a 4 dias estará prescrito crime de “formação de quadrilha” do Mensalão.

Em 27 de agosto de 2011,  prescreve o crime de formação de quadrilha dos integrantes do mensalão. 

O Ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, mantém o processo do mensalão arquivado com a finalidade de beneficiar os 38 integrantes da referida quadrilha cujo chefe é José Dirceu, na época Ministro da Casa Civil do Governo Lula.
Trata-se do maior escândalo financeiro e moral deste País. 
Cabe lembrar que o ministro Joaquim Barbosa foi nomeado por Lula e, por alegar um problema de coluna, tem faltado sistematicamente às sessões daquele Tribunal. Argumenta que o referido problema o impede  de concluir o relatório, mas não o impede de ser encontrado pela imprensa, bebericando com amigos em vários bares da capital Paulista.
No caso de acorrer a prescrição do referido crime, que foi cometido contra a nação brasileira, ficará registrado para a história a grande contribuição imoral deste Ministro para a oficialização dos crimes políticos, enlameando a mais alta corte de justiça do país. 

Na verdade, se o povão pouco está ligando para os crimes do mensalão, por que Joaquim Barbosa iria ligar? Por que iria se julgar aquilo que foi referendado nas urnas, com o apoio da maior campanha de propaganda e o maior desperdício de dinheiro público?

 

Hoje uma mãe perdeu dois bebes na porta da maternidade da Santa Casa de Belém, por falta de vaga para internamento e por omissão de socorro. Quanto dos recursos desviados pelo esquema do mensalão, originados de negociatas com empreiteiras, empresas e bancos estatais e de economia mista, seria suficiente para manter a saúde pública do País, uma educação melhor e mais segurança? O povo sabe que tem direito a saúde, educação e segurança. Mas não sabe e não entende porque esses recursos não chegam ao seu destino.

 

Pobre País! A sétima economia do mundo ainda está entregue a quadrilhas e os seus crimes permanecem impunes ou são procrastinados até a prescrição, como agora.

A Constituição “conforme” o STF na ótica de Ives Gandra

Em relação aos últimos incidentes jurídicos relacionados com a definição de união estável entre parceiros do mesmo sexo, notadamente aquele acontecido em Goiás, é bom inteirar-se deste artigo de IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 76 anos, advogado de notório saber, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, e atualmente ministro do Tribunal Superior do Trabalho.

“Escrevo este artigo com profundo desconforto, levando-se em consideração a admiração que tenho pelos ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro, alguns com sólida obra doutrinária e renome internacional. Sinto-me, todavia, na obrigação, como velho advogado, de manifestar meu desencanto com a sua crescente atuação como legisladores e constituintes, e não como julgadores.

À luz da denominada “interpretação conforme”, estão conformando a Constituição Federal à sua imagem e semelhança, e não àquela que o povo desenhou por meio de seus representantes.
Participei, a convite dos constituintes, de audiências públicas e mantive permanentes contatos com muitos deles, inclusive com o relator, senador Bernardo Cabral, e com o presidente, deputado Ulysses Guimarães.

Lembro-me que a ideia inicial, alterada na undécima hora, era a de adoção do regime parlamentar. Por tal razão, apesar de o decreto-lei ser execrado pela Constituinte, a medida provisória, copiada do regime parlamentar italiano, foi adotada.
Por outro lado, a fim de não permitir que o Judiciário se transformasse em legislador positivo, foi determinado que, na ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, parágrafo 2º), uma vez declarada a omissão do Congresso, o STF comunicasse ao Parlamento o descumprimento de sua função constitucional, sem, entretanto, fixar prazo para produzir a norma e sem sanção se não a produzisse.
Negou-se, assim, ao Poder Judiciário, a competência para legislar.

Nesse aspecto, para fortalecer mais o Legislativo, deu-lhe o constituinte o poder de sustar qualquer decisão do Judiciário ou do Executivo que ferisse sua competência.
No que diz respeito à família, capaz de gerar prole, discutiu-se se seria ou não necessário incluir o seu conceito no texto supremo -entidade constituída pela união de um homem e de uma mulher e seus descendentes (art. 226, parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º)-, e os próprios constituintes, nos debates, inclusive o relator, entenderam que era relevante fazê-lo, para evitar qualquer outra interpretação, como a de que o conceito pudesse abranger a união homossexual.
Aos pares de mesmo sexo não se excluiu nenhum direito, mas, decididamente, sua união não era -para os constituintes- uma família.

Aliás, idêntica questão foi colocada à Corte Constitucional da França, em 27/1/2011, que houve por bem declarar que cabe ao Legislativo, se desejar mudar a legislação, fazê-lo, mas nunca ao Judiciário legislar sobre uniões homossexuais, pois a relação entre um homem e uma mulher, capaz de gerar filhos, é diferente daquela entre dois homens ou duas mulheres, incapaz de gerar descendentes, que compõem a entidade familiar.

Este ativismo judicial, que fez com que a Suprema Corte substituísse o Poder Legislativo, eleito por 130 milhões de brasileiros -e não por um homem só-, é que entendo estar ferindo o equilíbrio dos Poderes e tornando o Judiciário o mais relevante dos três, com força para legislar, substituindo o único Poder que reflete a vontade da totalidade da nação, pois nele situação e oposição estão representadas.

Sei que a crítica que ora faço poderá, inclusive, indispor-me com os magistrados que a compõem. Mas, há momentos em que, para um velho professor de 76 anos, estar de bem com as suas convicções, defender a democracia e o Estado de Direito, em todos os seus aspectos, é mais importante do que ser politicamente correto.
Sinto-me como o personagem de Eça, em “A Ilustre Casa de Ramires”, quando perdeu as graças do monarca: “Prefiro estar bem com Deus e a minha consciência, embora mal com o rei e com o reino”.


Maldade contra professores: STF julga quarta-feira ações pelo fim do piso nacional.

O Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) deverá julgar na próxima quarta-feira (30/1) uma ação direta de inconstitucionalidade que pede o fim do piso nacional dos professores e ensino básico das escolas públicas brasileiras. O piso foi questionado, em outubro de 2008, pelos então governadores do Ceará (Cid Gomes) , Mato Grosso do Sul (André Puccineli), Paraná (Roberto Requião), Rio Grande do Sul (Yeda Crusius) e Santa Catarina (Luiz Henrique da Silveira).

Eles alegam que houve violação do pacto federativo, pelo fato de o Congresso ter imposto aos Estados o pagamento mínimo aos professores da rede pública. Na época, os governadores disseram que seus Estados não tinham recursos para garantir o pagamento do piso de R$ 950,00, que em 2011 foi reajustado para R$ 1.187,08.

OAB protesta: falta um ministro no STF.

A cinco dias da retomada dos trabalhos do Judiciário, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, encaminhou nesta quinta-feira (27) uma carta à presidente Dilma Roussef cobrando a nomeação do 11° ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). No texto, a entidade afirma que a cadeira vazia tem provocado “inúmeros prejuízos” à Justiça, como no julgamento da aplicação da Lei da Ficha Limpa. “Por se tratar da mais alta Corte de Justiça do País, para a qual acorrem demandas de vital importância com vistas à normalidade do estado democrático de Direito, a falta de um ministro, aliada a eventuais ausências de outros, desorganiza o trabalho interno das turmas e representa uma sobrecarga sobre os demais integrantes.” Com informações da Folha.

Peluso é o novo presidente do STF.

Foto de Fábio Rodrigues Pozzebom ABr

O ministro Cezar Peluso foi eleito ontem o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos magistrados mais antigos da atual composição, Peluso vai ocupar o lugar deixado por Gilmar Mendes, que comandou a Suprema Corte nos últimos dois anos, numa gestão de altos e baixos.
Além do presidente, os magistrados também elegeram para vice-presidente o ministro Carlos Ayres Britto.
O pleno do STF é composto por 11 integrantes. Peluso e Ayres Britto irão conduzir os trabalhos da Suprema Corte entre 2010 e 2012 e também presidirão o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A solenidade de posse dos novos dirigentes está marcada para o próximo dia 23 de abril.

De perfil discreto, porém firme, Antonio Cezar Peluso tem 42 anos de magistratura. Primeiro ministro nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma escolha considerada técnica, assumiu uma vaga no STF em junho de 2003. Desde então, tem defendido a Constituição com rigor.

Como relator do pedido de extradição do italiano Cesare Battisti, o ministro considerou ilegal o refúgio concedido ao ex-ativista político pelo governo brasileiro e apresentou um voto de 151 páginas a favor da extradição. Foi acompanhado por outros quatro ministros na extradição, mas foi vencido quando o Supremo decidiu que o presidente da República pode não seguir a decisão da Corte. Com informações do portal G1 e Agência Brasil.

Nada a lamentar no caso Arruda, sr. Presidente.

Foto: Marcello Casal Jr ABr

As notícias da noite dizem que o presidente Luiz Inácio teria achado lamentável a situação que levou José Roberto Arruda à prisão. E que pediu cautela ao Ministro da Justiça na exposição do Governador do DF. Que circunstâncias levam o Primeiro Mandatário da Nação lamentar a situação e preservar a imagem do Governador? Ainda falta muita gente naquele cárcere da Polícia Federal. Da camarilha de Arruda, da camarilha que informou a Polícia Federal sobre o esquema de corrupção do Governador – leia-se aí Joaquim Roriz – e principalmente da turma dos corruptores, os empresários que salgaram-se nos cofres públicos. O Primeiro Mandatário da República devia pedir, sim, maior rigor com todos aqueles que dilapidam o dinheiro do povo em todo o País. Aquele mesmo povo que lhe vota quase 80% de confiança em pesquisas.

Luiz Inácio não pode declinar de seus direitos, nem dos seus deveres. Em momento algum, em qualquer circunstância.

A decretação da prisão do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça foi comemorada por parlamentares do seu ex-partido e também de outras legendas. O ex-líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), um dos integrantes do partido que mais trabalhou pela expulsão de Arruda do DEM, disse que a sociedade brasileira está comemorando a decisão. “Foi uma assepsia na política para a vida brasileira”.
Segundo Caiado, a decisão do STJ está sendo comemorada porque resgata a crença que ainda “podemos sonhar com a política praticada em parâmetros da ética e da moralidade”. Caiado não acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda habeas corpus a Arruda. “O STF não vai dar guarida para quem está debochando das instituições e da população”.