Pelo menos 27 soldados morreram nesta quinta-feira, em um atentado suicida executado por um menino de 12 anos vestido com uniforme escolar, na cidade de Mardan, na região noroeste do Paquistão.
— Vinte e sete soldados morreram e 35 ficaram feridos — declarou Mian Iftikhar Hussain, ministro da Informação da província de Jyber-Pakhtunkhwa.
Mardan é uma cidade-guarnição que fica próxima das zonas tribais do noroeste, perto da fronteira com o Afeganistão, área que é um reduto dos talibãs paquistaneses, principal zona de treinamento da Al-Qaeda no mundo e retaguarda importante dos talibãs afegãos.
A pequena cidade fica a 50 km do distrito tribal de Mohmand, onde o Exército executa desde o fim de janeiro uma ofensiva contra os talibãs.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o governo decretou alerta máximo para atentados terroristas.
Os paquistaneses e os norte-americanos sabem que o Afeganistão e o Taliban não são problemas fáceis de resolver. Os russos ficaram 10 anos por lá e sairam depois de um acordo, em que eles entraram com a bunda e os afeganis com o pé. Mais do que um Waterloo, os americanos encontraram ali, com certeza, o Vietnã do século XXI. O fundamentalismo religioso é complicado. Haja vista que, há 2.000 anos, o mais poderoso dos impérios, o Romano, pereceu pelas mãos do cristianismo.
