Turbulência obriga aeronave TAM a fazer pouso de emergência, com 12 feridos

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Uma forte turbulência ocasionou um pouso de emergência de um voo da TAM na madrugada desta segunda-feira (2), no Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE). O pouso ocorreu à 1h43, segundo a Infraero. A aeronave tinha saído de Madri, Espanha, e seu destino era o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, Grande São Paulo. A TAM informou que 168 pessoas estavam a bordo do avião que operava o voo JJ-8065 e que alguns passageiros e tripulantes ficaram feridos durante a turbulência. Segundo informações da Rede Record, ao menos 12 pessoas se machucaram.

Ainda segundo a companhia aérea, “a aeronave aterrissou em segurança, e os feridos foram encaminhados para atendimento médico. Todos já foram liberados, com exceção de dois passageiros que permaneciam em observação no hospital para exames complementares”. A TAM informou que lamenta o ocorrido e que “está prestando a assistência necessária a seus passageiros e funcionários”.

Nesta manhã, de acordo com a Infraero, a aeronave ainda permanecia no aeroporto de Fortaleza. A TAM enviou uma tripulação reserva para o local para levar os passageiros até o aeroporto de Guarulhos, no voo JJ9362, com decolagem prevista para 13h30. Do portal R7.

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oexpressoreal

Morre o piloto do vôo TAM para Paris que alternou Salvador

O piloto da TAM, empresa de aviação, morreu nesta segunda (6) após passar por um mal-estar durante o voo JJ 8054, que partiu do aeroporto do Galeão (RJ) com destino a Paris, mas fez um pouso forçado em Salvador por conta da situação do piloto. Conhecido como Mazaruni, o aviador sofreu um AVC e ficou em coma induzido, mas não resistiu ao derrame cerebral e faleceu ainda no período da tarde.

A companhia aérea  e a família não atualizaram as notícias sobre o estado de saúde do piloto. Mas, a notícia do falecimento  vazou no site “Fórum Contato Radar”, que é um  site especializado em aviação. Colegas de trabalho do piloto se manifestaram e lamentaram o ocorrido. Também, diversos profissionais da aviação afirmaram que os profissionais da TAM estão trabalhando sob pressão, já que a companhia aérea demitiu mil profissionais recentemente, e que a empresa enfrenta uma crise financeira.

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Maxxi Rome

Brasileiros voltam aos ônibus interestaduais?

Os tempos de volatilidade dos preços das passagens aéreas parecem ter passado. O prejuízo contábil de R$1 bilhão de reais, entre as duas maiores empresas do País, Gol e TAM, oportuniza agora até a redução de aeronaves, depois de aumentarem suas frotas em mais de 40 unidades entre 2010 e 2011. A Azul cresceu tanto que já está com 52 aviões. As empresas querem agora é rentabilidade, com taxas de ocupação maiores e passagens acima do custo operacional. Brasileiro pobre volta então a viajar longos trechos interestaduais de ônibus. 

Lição final do acidente da Air France é a mesma de outros

A lição deixada pelo acidente do vôo 477 da Air France é a mesma de outras tragédias: um acidente não tem uma única causa, é apenas a soma de pequenos e decisivos incidentes. Neste caso, a falha das sondas pitot; a decisão de rota alternativa para não enfrentar uma tempestade de proporções; a relativa imperícia dos dois pilotos que não entenderam o que estava ocorrendo ou entenderam tardiamente; a ausência do comandante, mais qualificado para tomar uma decisão.

O mesmo aconteceu no último acidente da TAM em Congonhas: a pista curta e escorregadia; o reverso pinado ou isolado; atitudes díspares entre comandante e co-piloto e a indecisão final entre arremeter ou “quebrar” o avião, através de um cavalo-de-pau.

Há mais tempo, o acidente do Fokker-100, também em Congonhas, que matou 100 pessoas passou também por uma série de incidentes: o reverso que abriu já na decolagem; a insistência do co-piloto em levantar a rotação da turbina que entrou em reverso, ao ponto de quebrar os cabos de conexão da manete direita e, finalmente, a indecisão do comandante, que poderia ter decidido voar em mono e pedir prioridade para o retorno à pista ou alternar para Guarulhos.

Repetimos: uma tragédia é apenas o somatório de pequenas incapacidades, mecânicas ou humanas. Aviões não são construídos para cair. Ou melhor, não caem, são derrubados.

Veja os diálogos do piloto, co-piloto e comandante. Eles estão realmente perdidos e não sabem o que está acontecendo com a aeronave.

2h10min51: alarme estol dispara

“Temos os motores. O que está acontecendo?”, diz o segundo copiloto, às 2h11min3s.
“Não tenho mais o controle do avião agora. Não tenho mais nenhum controle do avião”, responde o primeiro copiloto, que comanda o avião no momento. “Tenho a impressão de que a gente conseguiu velocidade”.

Às 2h11min43s, há um barulho na porta da cabine. O comandante de bordo volta à cabine, depois de ter sido chamado pelo segundo copiloto enquanto descansava. Fazia nove minutos que ele estava ausente da pilotagem.

“Hey, o que vocês estão fazendo?”, diz o comandante.
“O que está acontecendo? Eu não sei”, afirma o primeiro copiloto. “Eu não sei o que está acontecendo.”

Às 2h11min45s, o alarme estol para de soar por sete segundos, e depois retorna de forma descontínua. Os diálogos prosseguem da seguinte maneira:

2h11min58s (primeiro piloto): “Tenho um problema, eu não tenho mais o variômetro. Não tenho mais nenhuma indicação (de velocidade).”
2h12min04s (primeiro copiloto): “Eu tenho a impressão que estamos a uma velocidade maluca, não? O que vocês acham?”
2h12min19s (primeiro copiloto): “Agora está bom, agora deveríamos ter voltado a estabilizar as asas, mas ele não quer.”
(comandante): “Asas estabilizadas. Horizonte seguro.”
2h12min13s (segundo copiloto): “O que você acha? O que você? O que é preciso fazer?”
2h12min15s (comandante): “Eu não sei. Está descendo.”
2h12min26s: (primeiro copiloto): “A velocidade?”

Às 2h12min27s, o alarme estol volta a soar. O segundo copiloto prossegue:

“Você está subindo… Você está descendo, descendo, descendo, descendo.”
(primeiro copiloto): “Eu estou descendo agora?”
(segundo copiloto): “Descendo.”
2h12min32s (comandante): “Não, você está subindo agora!”
2h12min33s (primeiro copiloto): “Eu estou subindo? Ok, então vou descer.”
2h12min42s: (primeiro copiloto): “Na altitude, estamos em quanto agora?”
2h12min44s (comandante): “Não é possível…”
(primeiro copiloto): “Qual é a altitude?”
(segundo copiloto): “Como assim em altitude?”
(primeiro copiloto): “Sim, sim. Estou descendo agora, não?”
(segundo copiloto): “Sim, você está descendo.”
(comandante): “É… Você… Você coloca as asas na horizontal.”
(segundo copiloto): “Coloque as asas na horizontal.”
(primeiro copiloto): “É o que eu estou tentando fazer.”
(comandante): “Coloque as asas na horizontal.”

2h12min46s: O alarme estol para de apitar por dois segundos, retorna e depois para novamente às 2h12min57s.

Primeiro copiloto: “Estou tentando virar ao máximo à esquerda.”
2h13min25s (primeiro copiloto): “O que está… Como pode que a gente continue descendo tanto?
2h13min28s (segundo copiloto): “Tenta ver o que você consegue fazer com os comandos do alto. Os básicos, etc.”
2h13min32s (segundo copiloto): “Ao nível 100.”
2h13min36s (segundo copiloto): “Nove mil pés.”
2h13min39s (segundo copiloto): “Sobe, sobe, sobe, sobe.”
2h13min40s (primeiro copiloto) “Mas eu estou empinando muito há algum tempo.”
(comandante): “Não, não, não, não sobe.”
(segundo copiloto): “Então desce.”
2h13min45s (segundo copiloto): “Então me passa os comandos, me passa os comandos.”

2h13min55s: Alarme estol é acionado pela última vez, durante oito segundos.

2h14min5s (comandante):”Atenção, você está empinando.”
Segundo copiloto assume o comando do avião: “Estou empinando?”
(primeiro copiloto): “Bom, é o que é preciso fazer, nós estamos a quatro mil pés.”
2h14min18s (comandante):”Vá, puxe!”
(primeiro copiloto): “Vá, puxe, puxe, puxe, puxe.”

2h14min28s: Fim das gravações

Como se pode ver, toda a crise a bordo durou pouco mais de 3 minutos. Na situação de stol, a única coisa a fazer é tomar uma atitude de vôo que favoreça o ganho de velocidade e aumente a sustentabilidade. Mesmo a baixa altitude, em torno de 1.300 metros, era necessário que se baixasse o bico do avião, que reduziu drasticamente sua velocidade após alguns minutos na posição “cabrada” ou com o nariz para cima, em que o arrasto aerodinâmico era grande.

 

Gol e TAM lideram ranking de aéreas mais inseguras.

As companhias aéreas brasileiras TAM e Gol permanecem nas últimas posições no ranking anual de segurança divulgado pela instituição alemã Jet Airliner Crash Data Evaluation Center (Jacdec) e publicado este mês pela revista Aero International. A lista traz a classificação das 60 maiores empresas de aviação civil do mundo. Assim como no ano passado, a TAM ocupa a última posição. A Gol, por sua vez, ultrapassou a China Airlines, chegando ao 58º lugar.
Nas primeiras sete posições estão empresas que não registraram nenhum acidente grave nos últimos 30 anos. São elas: Qantas, Finnair, Air New Zealand, TAP Portugal, Cathay Pacific, All Nippon e Air Berlin. O ranking cria um índice baseado no número de acidentes (considerando mortes e perda de aeronaves) e na quantidade de passageiros transportados por quilômetro rodado durante os últimos 30 anos.
A TAM tem seis acidentes registrados desde que foi criada, em 1980, contabilizando 336 mortes. A Gol, fundada em 2001, teve um acidente, em 2006, com 154 mortes. Em 2010, morreram 829 pessoas em acidentes aéreos, ante 766 no ano anterior. No entanto, nenhum dos casos envolveu alguma das 60 maiores companhias aéreas do mundo, o que gera poucas alterações no ranking.
Em nota, a TAM afirmou que segue os mais elevados padrões de segurança do mundo, atendendo rigorosamente os regulamentos das autoridades brasileiras e internacionais, citando a americana Federal Aviation Administration (FAA) e a europeia European Aviation Safety Agency (EASA).
Já a Gol diz que o ranking não leva em consideração as causas dos acidentes. Em nota, a companhia informa que não foi o agente causador, conforme aponta relatório conclusivo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), no único acidente do tipo envolvendo avião da companhia, em 29 de setembro de 2006.

Um acidente não tem uma única causa: é uma série de pequenos incidentes. A Gol realmente não pode ser culpada do acidente de 2006, quando concorreram, na tragédia, um controlador aéreo e dois pilotos relapsos. Por outro lado, a TAM teve alta parcela de culpa nos seus acidentes. Num, teve o reverso de uma turbina do F100 aberto em plena decolagem e o co-piloto insistiu em dar aceleração na turbina defeituosa, quando poderia completar o processo com apenas um motor. No segundo, também em Congonhas, apesar de saber que não tinha reverso numa das turbinas, o piloto insistiu em pousar numa pista acanhada, inundada por chuva forte e ainda acelerou a turbina direita para tentar uma manobra arriscada de dar um cavalo-de-pau.

ANAC suspendeu venda de passagens da TAM.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu nesta segunda-feira (29) a venda de bilhetes da companhia aérea TAM para todas as rotas domésticas com decolagem prevista até a próxima sexta-feira ( 3). O objetivo é evitar a ampliação dos problemas para os passageiros.

A Anac informou que a TAM está apresentando atrasos e cancelamentos acima da média do setor. A expectativa, segundo a Anac, é que a situação esteja normalizada até quarta-feira (1), pois caso contrário, novas medidas serão adotadas.

A Anac iniciou uma auditoria na empresa, enviando inspetores para o centro de operações da companhia e para aeroportos de São Paulo. Até que seja concluída a auditoria, no prazo estimado de uma semana, também ficam suspensos todos os pedidos de acréscimos de voos na malha da TAM. Do portal G1.